Nunca alguém publicamente se referiu ao lateral do FC Porto nesses termos: nem foi patinho feio, nem é indiscutível. Mas... Talvez não seja mentira que ambos os adjetivos estejam corretos. É certo que a plateia do Dragão nunca morreu de amores pelo lateral, mas também é inegável o crescimento que dele se tem visto nos últimos tempos.
Ansioso, precipitado em alguns momentos, com uma desconcentração própria de quem precisaria de disciplina rígida. Os adeptos pouco toleraram as suas falhas, mas Sérgio Conceição não o deixou cair e, passando algo despercebido, concluiu a época passada com 45 jogos no total.
Aliás, o pós-paragem trouxe uma verdadeira consolidação no onze. Mesmo com a ameaça Tomás Esteves, que aproveitou a ausência de Manafá por castigo nas Aves, o camisola 18 não vacilou e fez uma reta final com praticamente todos os minutos - tirando esse tal jogo nas Aves, que os dragões empataram, e o seguinte, contra o Boavista, em que entrou ao intervalo e ajudou a desbloquear até ao 4x0.
Em suma, há oito jogos que joga sem falhar qualquer minuto. Ou seja, há já muito tempo que Corona deixou de ser opção de recurso para a lateral. E há muito que Saravia teve o espaço totalmente barrado na equipa. Tomás Esteves também não parece estar, por agora, no mesmo patamar e o próprio reforço Carraça, que não figurou nas 20 opções para o jogo contra o SC Braga, terá bastante para pedalar para ameaçar Wilson Manafá.Na conferência de imprensa após o jogo com os arsenalistas, questionámos Sérgio Conceição sobre esta evolução e se o técnico partilhava da visão. A resposta foi ampla, incluiu o trajeto, a «humildade» e a principal característica que o treinador viu nele: velocidade. Tal como Zaidu, disse o próprio [ver vídeo abaixo]. Perante a saída de Alex Telles, estará à vista novo projeto de ascensão?
3-1 | ||
Sérgio Oliveira 45' Alex Telles 45' (g.p.) 89' (g.p.) | André Castro 21' |