Sporting e Rio Ave empataram uma bola em Vila do Conde, num jogo em que o resultado acaba por ser muito simpático para os leões. A turma de Alvalade realizou uma das piores exibições da temporada, ao contrário dos vilacondenses, mas uma grande penalidade caída do céu acabou por salvar o leão e diminuir os estragos.
Quanto aos onzes, Carvalhal lançou Al Musrati para o lugar do castigado Tarantini, enquanto que Silas viu-se obrigado a regressar aos sistema de quatro defesas, apostando num meio-campo orfão de criatividade, composto por Eduardo, Doumbia e Wendel, sendo que Bolasie também regressou à titularidade.
O Sporting entrou já pressionado pelo triunfo do Braga sobre o Benfica, mas, como tem sido hábito, os leões conseguiram complicar ainda mais o cenário logo a abrir. Cruzamento de Felipe Augusto no seguimento de um canto, ao qual Al Musrati corresponde ao segundo poste, assistindo Lucas Piazón para o primeiro da partida, ainda antes de estarem completados os dois minutos, numa entrada de sonho do vilacondenses.
Ao contrário do atletas leoninos, os homens de Carvalhal estavam confortáveis no jogo, com Taremi, Nuno Santos e Lucas Piazón a formarem uma sociedade interessante, à qual se juntava o lateral Diogo Figueiras, sempre muito intervertido no ataque - Max negou o golo ao Nuno Santos numa das melhores jogadas da primeira metade. A passividade leonina no processo defensivo - Coates era a exceção - só aumentava o ímpeto adversário e foi sem surpresa que o Rio Ave chegou ao intervalo em vantagem (1x0).
Apesar dos péssimos indicadores ao longo dos primeiros 45’, Silas optou por não mexer ao intervalo, mas o Sporting voltou a entrar muito mal e o técnico viu-se obrigado a lançar Jovane pouco depois do reatar da partida. Já o Rio Ave continuava por cima, com Diego Lopes e Taremi a protagonizarem as primeiras oportunidades da segunda parte.
A vida já estava difícil para o leão, mas pode sempre ficar pior…e ficou. A cerca de 20 minutos do final da partida, Sebastian Coates travou Taremi em falta junto à grande área e recebeu o segundo amarelo e a consequente ordem de expulsão. e que já era difícil parecia agora impossível.
A partir daqui, assistiu-se a um jogo mais partido, com as duas equipas em busca do triunfo, mas com o Rio Ave a ficar mais perto. Primeiro foi Taremi a testar a atenção de Max e depois foi Carlos Mané a desperdiçar na cara do jovem guardião dos leões, quando tinha tudo para fazer o golo. O resultado não se viria mesmo a alterar, para felicidade do Sporting e infelicidade do Rio Ave, que realizou uma grande exibição e merecia outro desfecho.
O Rio Ave jogou como quis e esteve sempre muito confortável no jogo. De tal forma que a certa altura ficavam dúvidas sobre quem era o grande e, acima de tudo, o suposto favorito.
Quando se aposta num meio campo formado por Eduardo, Doumbia e Wendel não se pode esperar grande criatividade, mas o que se passou foi muito pior do que qualquer adepto leonino imaginaria antes da partida. Um deserto de ideias e uma incapacidade brutal para incomodar em ataque organizado.