Vítor Campelos: «Que os meus jogadores percebam que são 11 contra 11»

À 6ª jornada da Liga Portugal bwin, o Desportivo de Chaves prepara-se para defrontar o segundo «grande» do futebol nacional. Depois da vitória em Alvalade (0-2), na 4ª ronda, a equipa de Vítor Campelos joga agora em casa do FC Porto (sábado, 20h30). 

Na antevisão ao duelo na cidade invicta, o técnico dos flavienses falou das dificuldades naturais que uma partida desta natureza apresenta para a sua equipa: «Sabemos da exigência e do que o jogo nos vai pedir, por isso queremos ser uma equipa muito organizada e muito concentrada, com grande atitude competitiva. Para ter um bom resultado teremos de fazer uma excelente partida e é para isso que nos estamos a preparar», disse.

O FC Porto passou por um turbilhão de emoções a meio da semana, com a derrota por 1-2 em Madrid, frente ao Atlético. No entanto, Vítor Campelos não conta tirar dividendos dessa situação: «O FC Porto em qualquer altura e em qualquer momento é extremamente forte e sabemos que, com um resultado menos positivo, qualquer equipa quer jogar e reverter o resultado», referiu. 

Para motivar os seus jogadores e formar uma consciência de vitória, Vítor Campelos recorreu ao exemplo: «Que os jogadores percebam que dentro do campo estarão 11 contra 11, que o FC Porto tem excelente equipa, bem trabalhada, mas dizer aos meus jogadores que muitos deles se calhar dentro de um ou dois anos também podem jogar no Porto ou noutra equipa e têm de acreditar neles, no trabalho.»

De regresso à 1ª Liga esta temporada, o Desportivo de Chaves perdeu apenas na ronda inaugural, na receção ao Vitória SC, contando, por agora, com oito pontos em cinco jogos. Ainda assim, Vítor Campelos confessa que até podiam ser mais: «Estamos confiantes pelo que temos feito, podíamos já ter mais pontos pelo que temos feito e pela qualidade de jogo - com uma ou outra situação que nos é alheia podíamos se calhar ter mais pontos.»

A propósito das saídas de Batxi e Kevin Pina, Vítor Campelos optou por um discurso mais positivo do que propriamente de lamento: «Estamos extremamente felizes. Demonstra que ajudamos na evolução dos nossos jogadores. Ainda mais do que ser reconhecido como treinador, quero que jogadores cheguem a certa altura da vida e se recordem de mim e da equipa técnica enquanto os ajudamos a evoluir como jogadores e, sobretudo, como seres humanos. Para nós são medalhas, o Batxi, o Kevin, o Alexsandro...», disse.