Dérbi vimaranense... Tão bem que sabe. E ainda melhor se tivermos em conta as particularidades deste encontro. Comendador Joaquim de Almeida Freitas quase cheio, tempo fantástico, tapete verdinho e em excelentes condições. Jogava-se a Europa, desde Guimarães, entre duas das formações mais bem trabalhadas do futebol português, com cunhos muito pessoais de ambos os treinadores. No final de uma batalha intensa rodeada por uma atmosfera incrível, sorriu o Vitória. Mas o Moreirense, a arrebatar de história por todos os cantos, caiu de pé.
Os astros para um belo encontro de futebol estavam alinhados: tempo acessível, ambiente fantástico e duas identidades bem próprias e vincadas em ambos os lados. Só faltava o espetáculo dentro de campo.
Nós sabemos que pomos muitos vídeos e fotos dos adeptos do @VitoriaSC1922 , mas como não o fazer? Fomos... Conquistados 😏😅 Deixamos uma promessa: É o último da época! #VitóriaSC #LigaNOS #Moreirense pic.twitter.com/UcCDjwB78v
— zerozero (@zerozeropt) 19 de maio de 2019
O Vitória de Luís Castro, empurrado por uma impressionante moldura humana no Comendador Joaquim de Almeida Freitas - já um habitué -, e o Moreirense de Ivo, que recebeu um agradecimento especial por parte dos seus com direito a um cântico exclusivo. A bola rolava e não havia forma de desviar atenções. Afinal, estava um novo dérbi vimaranense à porta.
Embora não concedendo superioridade a nenhuma das formações no primeiro tempo - o Vitória teve mais ímpeto -, a partida começou rasgadinha. Os flancos esquerdos iam mostrando serviço e até foi Davidson quem sofreu a falta, em zona perigosa, para o primeiro remate. O livre de Ola John, ainda assim, não saiu com as medidas certas.
Na outra área respondeu Fábio Pacheco, um dos mais influentes da equipa cónega na presente temporada, com o remate perigoso. Foi precisamente o mote para o que aí viria. Do lado de Pedro Nuno surgiu um remate à entrada da área que sobrou para Texeira, na cara de Miguel Silva, desviar para golo. O uruguaio não festejou por respeito à formação que o acolheu na primeira experiência em solo luso.
Luís Castro mostrava-se interventivo no banco de suplentes e o Vitória acabou por não acusar a desvantagem. Através de uma jogada simples e eficaz, Davidson empurrou para o fundo das redes de Trigueira. Distâncias equivalentes e um resultado que se manteve até ao fim, não fosse a jogada surpreendente de Rochinha - belos apontamentos como falso nove -, à la Messi, ter terminado com uma finalização menos conseguida.
Permaneceu assim. Bola cá, bola lá. Atacas tu, ataco eu. O perigo teve, numa primeira instância, cores verdes e brancas. Iago, Pedro Nuno,
O problema é que o Vitória, com o tal fator extra, aproximava-se em demasia e de forma bem objetiva. Davidson ameaçou e Osório, de cabeça - dúvidas em relação à sua posição -, não perdoou. E ainda houve tempo para o 1x3, antes do último apito de Carlos Xistra.
E acabou assim: Vitória de Europa, Moreirense histórico. Assim terminou a Liga NOS 2018/19. Não é um adeus, mas sim um até já!