Há uma estrelinha que continua a guiar o Benfica para a liderança da Liga NOS. Assim se pode explicar a vitória em Moreira de Cónegos. Assim ou na eficácia, já que a equipa de Rui Vitória registou uma exibição perto do paupérrimo contra um Moreirense que também ajudou a que isso acontecesse.
Uma vantagem que as águias estiveram longe de justificar em pleno. Iniciativa tiveram, como é normal e previsível nestes jogos, se bem que sem um Moreirense encolhido no seu último terço. Aliás, a olho nu quase podemos dizer que nesse terço não se passou mais tempo que no oposto. No fundo, a primeira parte foi quase sempre jogada a meio.
Benfica com bola, com espaço a iniciar a construção, mas com muito poucas ideias na passagem para a fase seguinte. Jonas andou desaparecido, Rafa foi quase sempre travado em falta e Salvio... bem, por mais argumentos táticos que se usem, começa a ser mesmo complicado perceber porque é que o argentino continua a ser titular com tão outras boas soluções.
Dramé, o melhor, foi quase sempre o destino de ataque que os seus colegas encontraram, embora, no global, também não tenham sido assim tantos os calafrios de Ederson na primeira parte.
No fundo, uma bola parada (e o crescimento dos adeptos à meia hora de jogo) explicavam um resultado desnivelado na primeira parte. Era, depois, necessária uma gestão emocional.
Uma gestão que não foi nada fácil de fazer. Esta não é uma boa fase exibicional do Benfica e isso, apesar de não fazer passar a ansiedade da bancada para a equipa, reflete-se na precipitação.
Foram cerca de 25 minutos de inúmeros passes falhados, ausência de criação de oportunidades e, por seu lado, abordagens defensivas em falso que Boateng e Neto não conseguiram aproveitar.
Com as substituições (aliadas ao desgaste dos vimaranenses), o técnico encarnado conseguiu finalmente algum controlo, que se acentuou com Samaris em campo - até devia ter entrado antes.
Sem arte, mas com fato-macaco, o Benfica chegou outra vez à liderança.