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LeBron James deseja levar Lakers ao sucesso

O novo reino do Rei

2018/10/17 01:22
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Entusiasmo de volta a Los Angeles

*Texto de Márcio Pereira

Depois de anos debaixo das luzes da ribalta e dos holofotes apontados para si, os Los Angeles Lakers parecem estar de volta aos grandes palcos. A equipa californiana conseguiu convencer o melhor jogador do mundo a mudar-se para Los Angeles a fim de tentar fazer algo acontecer já este ano. Aguardando pela contratação de outra superestrela para fazer companhia a LeBron James, os fãs dos viram chegar alguns jogadores experientes mas de qualidade questionável. O grupo de trabalho tem talento jovem e o universo da NBA está à espera para ver o que serão capazes de fazer estes Lakers que se tornaram no novo reino de King James.

Na época passada os Lakers acabaram na 11ª posição da conferência Oeste e ainda longe dos lugares de playoff - uma classificação final que espelhou o valor real da equipa. Com o objetivo principal de fazer evoluir o core jovem em mãos, o treinador Luke Walton pouco ou nada mais podia aspirar fazer a não ser ver alguns jogadores darem os primeiros passos na liga e outros a irem desbloqueando o potencial previamente reconhecido. Foi um ano em que houve melhorias significativas e Kyle Kuzma, Josh Hart, Brandon Ingram e Lonzo Ball mostraram poder vir a ser o futuro do franchise. O hype criado em torno da chegada Ball à liga fez os Lakers aparecerem ainda em algumas manchetes durante os primeiros tempos. Estranhamente, o motivo de tais destaques nunca chegaram a ser o jogador em si, mas sim o pai e as suas declarações que raramente caiam bem no seio da liga. A sensação que se vivia na altura era que tais episódios só viriam a prejudicar e atrasar o desenvolvimento não só de Lonzo - derivada à pressão mediática que se fez sentir sobre o jogador -, como também dos próprios colegas de equipa. Apesar de tudo, o resultado acabou por ser 35 vitórias na época e, não fossem as lesões de Ingram e Ball (que falharam mais de 20 jogos cada) poderiam até ter sido acrescentadas mais umas seis ou sete vitórias. Mais importante que tudo, ficaram sinais claros de que este elenco jovem de jogadores podia e pode mostrar mais e melhores resultados se tivessem consigo jogadores experientes e que saibam o que é ganhar.

Brandon Ingram esteve em destaque na pré-temporada ©Getty / Harry How

Nesse sentido, os Lakers não fizeram por menos. A ambição da equipa foi renovada com a chegada daquele que é considerado o melhor jogador mundo, LeBron James. O novo camisola 23 da franquia assinou por quatro anos com o histórica franquia de Los Angeles por 154 milhões de dólares. Ao longo da carreira, o King tem mostrado ao que consegue meter qualquer equipa no mapa do título. Já o tinha feito em Cleveland por duas vezes, em Miami por uma vez e agora nos Lakers as coisas podem não sair muito diferentes. Ao seu redor, e para além do núcleo jovem que transita do ano passado, James terá a companhia do base Rajon Rondo (ex-New Orleans Pelicas) que aspira ser o primeiro jogador a vencer o título pelos dois franchises com mais sucesso da NBA (campeão da serviço dos Boston Celtics). Também Lance Stephenson (ex-Indiana Pacers) que nunca morreu de amores por LeBron e que protagonizou alguns dos momentos mais caricatos da carreira do King, vestirá a camisola amarela e roxa. JaVale McGee (ex-Golden State Warriors) assinou também por um ano e traz consigo a experiência de quem venceu dois títulos de campeão nos últimos dois anos. Para fechar o elenco, Michael Beasley (ex-New York Knicks) espera encontrar em L.A. mais uma oportunidade para relançar a carreira.

Os fãs da equipa esperavam que a franquia conseguisse assinar com mais uma superestrela para fazer companhia a James. O que viram chegar foi um grupo de jogadores de qualidade questionável. A Rondo são lhe reconhecidos os vários problemas que teve com os treinadores por onde passou. Stephenson é um jogador que, com a «cabeça no sítio», é capaz de fazer coisas que mais ninguém faz. Na grande maioria das vezes, a sua postura excêntrica com que se apresenta dentro de campo aliado a um lado emocional frágil, levam o jogador de 28 anos ter ações que desafiam seriamente o senso comum. Já Beasley, depois de ter sido escolhido na segunda posição no draft de 2008 (ano em que saíram dessa classe jogadores como Derrick Rose, Russell Westbrook e Kevin Love) esperava-se que a carreira do jogador de 29 anos tivesse tomado outro rumo. Atuou por várias equipas, mas fica a sensação que nunca encontrou o seu verdadeiro lugar na liga, restando saber se será agora nos Lakers que encontrará. McGee acaba por ser aquele que, entre todos os reforços, acaba por trazer algo em concreto para cima da mesa: experiência de liga e presença interior. Não sendo o mais dotado tecnicamente destes quatro reforços, mostrou compromisso e empenho sempre que foi chamado na equipa dos Warriors.

Do draft, chegaram os rookies Moritz Wagner da universidade de Michigan (jogador que no seu scouting tem como maiores referências o seu elevado QI basquetebolístico aliado a uma boa capacidade de passe, tiro e controlo de bola), e ainda Sviatoslav Mykhailiuk proveniente da universidade de Kansas (jovem ucraniano de 21 anos que surpreendeu durante a summer league em Las Vegas, acabando com médias de 16.6 PTS, 4 RES e 2 AST de média por jogo). De saída, registam-se a de Brook Lopez que assinou pelos Milwaukee Bucks e de Julius Randle que fará dupla com Anthony Davis nos New Orleans Pelicans.

Com o elenco completo e pronto para dar início à nova temporada, o que poderão ao certo fazer estes Lakers? Com LeBron James agora na equação, tudo é possível. Tanto é possível que a equipa se torne candidata ao título, como se torne numa equipa que passe apenas a primeira ronda dos playoffs, como uma equipa que lute para ir ao playoffs, ou numa que não consiga sequer avançar para a fase a eliminar. Todos os cenários são possíveis. Tudo irá depender do que este conjunto de jogadores constituído por jogadores jovens cheios de potencial consegue fazer junto de um conjunto de veteranos na companhia do King. Se as peças encaixarem e o estilo de jogo implementado por Luke Walton começar a fluir, o cenário mais provável é que os Lakers se tornem numa equipa de playoff mas tudo o que seja mais que uma ronda passada, será já uma época bem conseguida. Caso o plano falhe e os jogadores não se adaptem e não consigam coexistir como coletivo, dependendo das exibições individuais de LeBron, ou até mesmo os jovens jogadores virem estagnada a sua evolução, é possível que a equipa tenha dificuldades em alcançar um lugar na postseason. 

O plano passa por ganhar algo num curto espaço de tempo. James já não é propriamente novo (embora as últimas época refutem um pouco esta teoria), e a ganhar tem de ser a curto-médio prazo. A conferência Oeste parece estar cada vez mais forte e será por certo uma das épocas mais desgastantes da carreira de astro de 34 anos em dezembro. Na eventualidade de a época acabar por fracassar, Los Angeles será certamente um destino apetecível na próxima free agency para mais uma superestrela se juntar à equipa. Com mais um ano pela frente para continuar a desenvolver o jogo de Kuzma, de Ingram e de Ball, será mais sensato para os Lakers aspirarem voos mais altos na temporada de 2019/20 em vez de pedirem já resultados este ano.

Possível cinco inicial: Rajon Rondo (free agent), Kentavious Caldwell-Pope, Brandon Ingram, LeBron James (free agent) e JaVale McGee (free agent).

Reservas: Lonzo Ball, Michael Beasley (free agent), Isaac Bonga (pick nº39 do draft de 2018, selecionado pelos Philadelphia 76ers), Alex Caruso (two-way contract), Josh Hart, Kyle Kuzma, Lance Stephenson (free agent), Ivica Zubac, Moritz Wagner (pick nº25 do draft de 2018) e Sviatoslav Mykhailiuk (pick nº47 do draft de 2018).



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