A situação política de Itália foi deteriorando-se com os reveses militares no conflito. Após as derrotas no norte de África, o exército italiano foi incapaz de impedir a invasão aliada da Sicília que seria conquistada no verão de 1943. Ainda antes do fim do Verão uma força expedicionária anglo-americana desembarcou na ponta do "dedo da bota" italiana. O governo fascista foi demitido pelo Rei, mas os alemães conseguiram resgatar Mussolini e reconduzi-lo no poder num estado fantoche no Norte de Itália.
O Campeonato foi suspenso e o futebol interrompido, e só seria retomado após a rendição total do exército alemão e dos seus aliados fascistas em Maio de 1945.
Terminado o conflito a
Juventus volta a adoptar a denominação Football Club e retorna a Turim e ao renomeado Stadio Comunale. Em 1947 os Agnelli voltam ao clube com
Gianni Agnelli, filho de Edoardo, a assumir a presidência.
Os títulos regressam com dois scudetto conquistados em 1949/50 e 1951/52, o último dos quais sob o comando do inglês Jesse Carver. Depois de um interregno de sucessos as contratações do galês John Charles e do argentino Omar Sivori, que vieram juntar-se a Giampiero Boniperti - no clube desde 1946 - ajudaram de sobremaneira a Vecchia Signora a conquistar os títulos de 1957/58 e 1959/60.
Na segunda época a conquista da Taça valeu a primeira dobradinha da história. Na época seguinte (1960/61), a conquista de mais um campeonato vale à
Juventus a atribuição da Stella d´Oro al Merito Sportivo [Estrela d´Ouro de Mérito Desportivo]. Um prémio atribuído pela primeira vez a um clube que conquistasse mais de dez títulos.
O assalto à Europa: os anos de Trap
A partir dessa época a orgulhosa estrela passou a encimar o emblema juventino. Ainda nesse ano, para engrandecer ainda mais a história bianconera, Sivori torna-se o primeiro jogador do clube a vencer o prémio de melhor jogador da Europa.
Com Helénio Herrera a comandar a equipa o título só volta a Turim em 1966/67. Na Europa consegue chegar a duas finais da Taça das Cidades com Feiras - contra o Ferencvaros em 1965 e o Leeds United em 1971, mas perde em ambas as ocasiões.
Os scudettos voltariam em 1971/72 e 1972/73. Os campeonatos e taças sucedem-se durante a década de 70, mas a vitória mais marcante desse periodo foi a conquista do primeiro troféu europeu do palmarés juventino: a Taça UEFA conquistada em 1976/77.
Em 1976/77 Giovanni Trapattoni torna-se o treinador de um grupo de eleição composto por jogadores como Zoff, Gentile, Scirea, Cabrini, Tardelli, Boninsegna e Bettega. O Scudetto e a UEFA conquistada nesse ano foram apenas o começo de uma era dourada...
Na segunda época de Trap ao leme dos bianconeri, trouxe um novo campeonato e uma presença na meia-final da Taça dos Campeões. Um bom augúrio para o que se avizinhava.
O décimo nono Scudetto chega em 1980/81, na época seguinte conquista a segunda dobradinha da sua história e recebe a segunda estrela de ouro para usar no emblema.
Com o objectivo de levar a
Juventus ao topo do futebol europeu, são contratados jogadores de inegável craveira como
Paolo Rossi, Michel
Platini e o polaco Zbigniew Boniek.
Os resultados são imediatos e em 1983 o clube chega à sua primeira final da Taça dos Campeões. Mas contudo, no Estádio Olímpico de Atenas a
Juventus cai por culpa do golo solitário de Felix Magath e perde a sua primeira oportunidade.
Berna e Heysel: Platini rei da Europa
Na época seguinte a sorte voltou a sorrir à Juve, frente ao
FC Porto em Berna por 2-1, os bianconeri conquistaram a Taça das Taças e embalaram para uma época de 1984-85 de ouro.
Primeiro conquistaram a Supertaça europeia e depois continuaram a senda do sucesso chegando à segunda final da Taça dos Campeões contra o
Liverpool no Heysel Park em Bruxelas.
Para a história ficou o desastre que ocorreu horas antes do encontro começar, quando os adeptos ingleses invadiram a zona do estádio destinada aos adeptos italianos. No pánico gerado, os adeptos italianos acabaram por fugir em direcção às grades, acabando por ser encurralados e muitos deles morreram esmagados com o peso da multidão. As 39 mortes e os mais de 600 feridos tornaram o desastre o Heysel numa das maiores catástrofes da história do desporto mundial.
O futebol ficou de luto e a UEFA e a FIFA iniciaram um processo que levou a reforma completa dos sistemas de segurança nos estádios de futebol - obrigatoriadade de lugares sentados, eliminação das vedações - e os clubes ingleses foram banidos das competições europeias.
Dentro de campo, num jogo que inexplicavelmente não foi adiado, a
Juventus foi superior e venceu com um golo apontado por
Platini na marcação de uma grande penalidade.
Foi um ano de sucessos para os bianconeri, o ano de 1985. Depois da conquista da Taça dos Campeões,
Platini recebeu o prémio destinado ao melhor jogador europeu pelo terceiro ano consecutivo , enquanto mais tarde, no final do ano a
Juventus conquistou a Taça
Intercontinental, tornando-se o primeiro clube europeu (e único até agora) a conquistar todos os troféus internacionais (Taça dos Campeões, Taça das Taças, Taça UEFA, Supertaça e Taça
Intercontinental), por tal feito recebeu um prémio especial da UEFA.
No fim dessa época Giovanni Trapattoni deixou o comando da
Juventus e na época seguinte seria a vez de
Platini abandonar a carreira. A
Juventus e o futebol italiano entravam numa nova fase.
Em Milão Berlusconi criava uma "máquina" holandesa com Gullit, Van Basten e Rijkaard no AC
Milan, enquanto o
Inter criava uma versão alemã com Matthäus, Klinsmann e Brehme. Mais a sul o Nápoles de
Maradona encantava.
A
Juventus atravessava um deserto de sucessos que só terminaria com a chegada de um novo timoneiro que conduziria o clube a mais um rol de sucessos: Marcello Lippi.
Entretanto em 1990, aquando da realização do mundial em Itália, a Vecchia Signora muda-se para o Stadio Dell Alpi.
Lippi toma o comando da squadra em 1994/95 e logo na estreia volta a conduzir a
Juventus a mais uma «dobradinha» com ajuda preciosa de Roberto Baggio. No ano seguinte, já sem Baggio, mas com jogadores como Paulo Sousa, Deschamps, Vialli, Del Piero e Ravanelli a
Juventus conquista em Roma a sua segunda Liga dos Campeões batendo o
Ajax, campeão em título, após o desempate através de grandes penalidades.
Chegados entretanto a Turim, Zinedine
Zidane, Filippo Inzaghi e Edgar Davids, ajudaram a
Juventus a conquistar a Supertaça europeia e a Taça
Intercontinental, além de nova presença na final da Liga dos Campeões.
Contudo em Munique foram incapazes de defender o título o conquistado um ano antes e perderam com o Borussia de Dortmund (1x3).
No ano seguinte a
Juventus voltou ao grande jogo, para perder novamente, desta vez com o Real de
Madrid.
Apesar dos desaires europeus, a nível interno os sucessos continuavam. Depois do título conquistado em 1994/95, regressaram os títulos em 1996/97 e 1997/98.
Depois de uma breve passagem pelo
Inter, Lippi regressa a Turim para levar a Juve a mais dois Scudettos em 2001/02 e 2002/03, numa equipa já sem
Zidane, entretanto saído para
Madrid, mas que contava com Buffon, Lilian Thuram, David Trézéguet e Pavel Nedvěd como principais referências.
Capello, Calciopolis e um novo começo...
Depois do consulado de Lippi, chegou a vez de Fabio Capello. Chegado em 2004 conduziu o clube a mais dois títulos da Serie A. Contudo, em Maio de 2006 a
Juventus viu-se incluída juntamente com outros clubes no caso Calciopoli. O clube foi formalmente acusado de manipulação de resultados e viu-lhe serem retirados os campeonatos de 2005 e 2006 como punição.
O castigo implicou ainda a despromoção à Serie B, obrigando a que a
Juventus pela primeira vez não participasse na 1ª Divisão.
Algumas das principais estrelas como Thuram, Zlatan Ibrahimović e Fabio Cannavaro abandonaram o clube, mas Del Piero e Nedvěd continuaram em Turim e ajudaram a Vecchia Signora a vencer a Serie B.
Depois do regresso ao convívio dos grandes, a
Juventus não voltou a exibir a mesma capacidade de anos anteriores. Sempre longe da disputa do título assistiu impotentemente à ascensão do
Inter como potência do futebol italiano.
Os bianconeri quedaram-se por participações "descoloridas", acabando inclusive duas épocas seguidas na 7ª posição, a última das quais valeu a não participação nas competições europeias.
Após anos de incontáveis sucessos que permitiram um palmarés invejável e que granjearam à
Juventus a maior massa associativa do país, a "namorada de Itália" encontrava-se num novo período de refundação, pretendendo recuperar o tempo perdido para os rivais de Milão e recuperar a imagem que saiu fortemente manchada pelo Calciopolis.
O domínio absoluto e o português de ouro
Os sucessos voltaram a fazer parte do dia-a-dia da Vechia Signora, que voltou às conquistas na Serie A em 2011/12, sob o comando de Antonio Conte, invencível na liga durante toda a temporada. Depois disso, o difícil foi parar de vencer.
Campeã também em 2012/13, e novamente em 13/14, com um recorde de 102 pontos e 33 vitórias na temporada, naquele que foi o 30º campeonato na história do clube. Nesse ano foi às meias-finais da Liga Europa, caindo perante o
Benfica de Jorge Jesus e perdendo a chance de jogar uma final europeia no seu estádio.
Com diferentes treinadores e estilos de jogo, mas sempre com uma constante: a
Juventus era inequivocamente a melhor equipa em Itália, revelando um domínio absolutamente atípico no país transalpino. Depois dos três campeonatos com Conte, seguiram-se cinco com Massimiliano Allegri e um com Maurizio Sarri.
No primeiro ano de Allegri a
Juventus conseguiu outro feito, para além da Serie A (e da sua décima Copa Italia): um regresso à final da
Champions League, que já nao acontecia desde 2003. Perdeu contra o
Barcelona por 3x1.
Foram, até 2020, nove campeonatos consecutivos, ainda que no verão de 2018 tenha havido uma verdadeira mudança no paradigma e ambição do clube. Chegou
Cristiano Ronaldo, astro português que tinha cinco galardões de melhor jogador do mundo e aterrou em Turim depois de nove temporadas no
Real Madrid e seis no
Manchester United.
Ronaldo marcou 28 e 37 golos nas suas duas primeiras épocas, sendo nas duas ocasiões o melhor marcador da equipa em novas conquistas domésticas. Ainda assim, o objetivo principal foi uma desilusão, com duas quedas prematuras na Liga dos campeões, frente ao
Ajax (quartos, em 2018/19) e Lyon (oitavos, 2019/20).
2020/21 acabou por significar o fim de um importante ciclo na
Juventus. Com o antigo jogador Andrea Pirlo a fazer a sua estreia enquanto treinador principal, a Vecchia Signora teve um ano para esquecer. Terminou em 4º lugar no campeonato (o
Inter de Milão regressou aos títulos) e foi eliminado nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Nem a conquista da Supertaça e da Taça de Itália valeram para melhorar a época e no final do ano Pirlo deixou o comando da equipa. Com ele, depois de muita contestação, foi
Cristiano Ronaldo, que após 36 golos em 2020/21, terminou um ciclo de três épocas na Juve e regressou ao «seu»
Manchester United.
Já sem Ronaldo em Turim, a
Juventus trouxe de volta ao seu comando técnico o italiano Massimiliano Allegri, que tanta glória havia trazido à Vecchia Signora em épocas passadas, mas a verdade é que 2021/22 esteve longe de ser glorioso para a
Juventus, que acabou a época sem qualquer título, em 4º lugar na Serie A e eliminada nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Tardava em regressar a Vecchia Signora como era conhecida.
Terminado o conflito a
Juventus volta a adoptar a denominação Football Club e retorna a Turim e ao renomeado Stadio Comunale. Em 1947 os Agnelli voltam ao clube com Gianni, filho de Edoardo, a assumir a presidência.
Os títulos regressam com dois scudetto conquistados em 1949/50 e 1951/52, o último dos quais sob o comando do inglês Jesse Carver. Depois de um interregno de sucessos as contratações do galês John Charles e do argentino Omar Sivori, que vieram juntar-se a Giampiero Boniperti - no clube desde 1946 - ajudaram de sobremaneira a Vecchia Signora a conquistar os títulos de 1957/58 e 1959/60.
Na segunda época a conquista da Taça valeu a primeira dobradinha da história. Na época seguinte (1960/61), a conquista de mais um campeonato vale à
Juventus a atribuição da Stella d´Oro al Merito Sportivo [Estrela d´Ouro de Mérito Desportivo]. Um prémio atribuído pela primeira vez a um clube que conquistasse mais de dez títulos.
O assalto à Europa: os anos de Trap
A partir dessa época a orgulhosa estrela passou a encimar o emblema juventino. Ainda nesse ano, para engrandecer ainda mais a história bianconera, Sivori torna-se o primeiro jogador do clube a vencer o prémio de melhor jogador da Europa.
Com Helénio Herrera a comandar a equipa o título só volta a Turim em 1966/67. Na Europa consegue chegar a duas finais da Taça das Cidades com Feiras - contra o Ferencvaros em 1965 e o Leeds United em 1971, mas perde em ambas as ocasiões.
Os scudettos voltariam em 1971/72 e 1972/73. Os campeonatos e taças sucedem-se durante a década de 70, mas a vitória mais marcante desse periodo foi a conquista do primeiro troféu europeu do palmarés juventino: a Taça UEFA conquistada em 1976/77.
Em 1976/77 Giovanni Trapattoni torna-se o treinador de um grupo de eleição composto por jogadores como Zoff, Gentile, Scirea, Cabrini, Tardelli, Boninsegna e Bettega. O Scudetto e a UEFA conquistada nesse ano foram apenas o começo de uma era dourada...
Na segunda época de Trap ao leme dos bianconeri, trouxe um novo campeonato e uma presença na meia-final da Taça dos Campeões. Um bom augúrio para o que se avizinhava.
O décimo nono Scudetto chega em 1980/81, na época seguinte conquista a segunda dobradinha da sua história e recebe a segunda estrela de ouro para usar no emblema.
Com o objectivo de levar a
Juventus ao topo do futebol europeu, são contratados jogadores de inegável craveira como
Paolo Rossi, Michel
Platini e o polaco Zbigniew Boniek.
Os resultados são imediatos e em 1983 o clube chega à sua primeira final da Taça dos Campeões. Mas contudo, no Estádio Olímpico de Atenas a
Juventus cai por culpa do golo solitário de Felix Magath e perde a sua primeira oportunidade.
Berna e Heysel:
Platini rei da Europa
Na época seguinte a sorte voltou a sorrir à Juve, frente ao
FC Porto em Berna por 2-1, os bianconeri conquistaram a Taça das Taças e embalaram para uma época de 1984-85 de ouro.
Primeiro conquistaram a Supertaça europeia e depois continuaram a senda do sucesso chegando à segunda final da Taça dos Campeões contra o
Liverpool no Heysel Park em Bruxelas.
Para a história ficou o desastre que ocorreu horas antes do encontro começar, quando os adeptos ingleses invadiram a zona do estádio destinada aos adeptos italianos. No pánico gerado, os adeptos italianos acabaram por fugir em direcção às grades, acabando por ser encurralados e muitos deles morreram esmagados com o peso da multidão. As 39 mortes e os mais de 600 feridos tornaram o desastre o Heysel numa das maiores catástrofes da história do desporto mundial.
O futebol ficou de luto e a UEFA e a FIFA iniciaram um processo que levou a reforma completa dos sistemas de segurança nos estádios de futebol - obrigatoriadade de lugares sentados, eliminação das vedações - e os clubes ingleses foram banidos das competições europeias.
Dentro de campo, num jogo que inexplicavelmente não foi adiado, a
Juventus foi superior e venceu com um golo apontado por
Platini na marcação de uma grande penalidade.
Foi um ano de sucessos para os bianconeri, o ano de 1985. Depois da conquista da Taça dos Campeões,
Platini recebeu o prémio destinado ao melhor jogador europeu pelo terceiro ano consecutivo , enquanto mais tarde, no final do ano a
Juventus conquistou a Taça
Intercontinental, tornando-se o primeiro clube europeu (e único até agora) a conquistar todos os troféus internacionais (Taça dos Campeões, Taça das Taças, Taça UEFA, Supertaça e Taça
Intercontinental), por tal feito recebeu um prémio especial da UEFA.
No fim dessa época Giovanni Trapattoni deixou o comando da
Juventus e na época seguinte seria a vez de
Platini abandonar a carreira. A
Juventus e o futebol italiano entravam numa nova fase.
Em Milão Berlusconi criava uma "máquina" holandesa com Gullit, Van Basten e Rijkaard no AC
Milan, enquanto o
Inter criava uma versão alemã com Matthäus, Klinsmann e Brehme. Mais a sul o Nápoles de
Maradona encantava.
A
Juventus atravessava um deserto de sucessos que só terminaria com a chegada de um novo timoneiro que conduziria o clube a mais um rol de sucessos: Marcello Lippi.
Entretanto em 1990, aquando da realização do mundial em Itália, a Vecchia Signora muda-se para o Stadio Dell Alpi.
Lippi toma o comando da squadra em 1994/95 e logo na estreia volta a conduzir a
Juventus a mais uma «dobradinha» com ajuda preciosa de Roberto Baggio. No ano seguinte, já sem Baggio, mas com jogadores como Paulo Sousa, Deschamps, Vialli, Del Piero e Ravanelli a
Juventus conquista em Roma a sua segunda Liga dos Campeões batendo o
Ajax, campeão em título, após o desempate através de grandes penalidades.
Chegados entretanto a Turim, Zinedine
Zidane, Filippo Inzaghi e Edgar Davids, ajudaram a
Juventus a conquistar a Supertaça europeia e a Taça
Intercontinental, além de nova presença na final da Liga dos Campeões.
Contudo em Munique foram incapazes de defender o título o conquistado um ano antes e perderam com o Borussia de Dortmund (1x3).
No ano seguinte a
Juventus voltou ao grande jogo, para perder novamente, desta vez com o Real de
Madrid.
Apesar dos desaires europeus, a nível interno os sucessos continuavam. Depois do título conquistado em 1994/95, regressaram os títulos em 1996/97 e 1997/98.
Depois de uma breve passagem pelo
Inter, Lippi regressa a Turim para levar a Juve a mais dois Scudettos em 2001/02 e 2002/03, numa equipa já sem
Zidane, entretanto saído para
Madrid, mas que contava com Buffon, Lilian Thuram, David Trézéguet e Pavel Nedvěd como principais referências.
Capello, Calciopolis e um novo começo...
Depois do consulado de Lippi, chegou a vez de Fabio Capello. Chegado em 2004 conduziu o clube a mais dois títulos da Serie A. Contudo, em Maio de 2006 a
Juventus viu-se incluída juntamente com outros clubes no caso Calciopoli. O clube foi formalmente acusado de manipulação de resultados e viu-lhe serem retirados os campeonatos de 2005 e 2006 como punição.
O castigo implicou ainda a despromoção à Serie B, obrigando a que a
Juventus pela primeira vez não participasse na 1ª Divisão.
Algumas das principais estrelas como Thuram, Zlatan Ibrahimović e Fabio Cannavaro abandonaram o clube, mas Del Piero e Nedvěd continuaram em Turim e ajudaram a Vecchia Signora a vencer a Serie B.
Depois do regresso ao convívio dos grandes, a
Juventus não voltou a exibir a mesma capacidade de anos anteriores. Sempre longe da disputa do título assistiu impotentemente à ascensão do
Inter como potência do futebol italiano.
Os bianconeri quedaram-se por participações "descoloridas", acabando inclusive duas épocas seguidas na 7ª posição, a última das quais valeu a não participação nas competições europeias.
Após anos de incontáveis sucessos que permitiram um palmarés invejável e que granjearam à
Juventus a maior massa associativa do país, a "namorada de Itália" encontra-se num novo período de refundação, pretendendo recuperar o tempo perdido para os rivais de Milão e recuperar a imagem que saiu fortemente manchada pelo Calciopoli.