Num jogo que parecia talhado para o empate, o talento individual decidiu...e de que maneira. O Rio Ave começou mal, foi para cima de um Portimonense ainda sem uma ideia definida e carimbou a remontada no último lance da partida, com um grande momento de Gelson Dala.
Antes da inspiração do angolano, houve muita desinspiração coletiva e um grande Galeno. Em suma, Rio Ave e Portimonense vão mesmo precisar dos seus novos craques, que ainda não marcaram presença.
Apesar de ter começado relativamente mexido e com lances perigosos em ambas as balizas, este Rio Ave x Portimonense começou por mostrar duas equipas com muitas dúvidas. Algumas indefinições na construção não impedira, contudo, boas oportunidades dos dois lados. O Portimonense, em menos de cinco minutos, criou duas grandes oportunidades, por intermédio de Shoya e Wellington, antes de Tarantini cabecear pouco ao lado, na sequência de canto. Pouco jogo, emoção nas balizas...
Apesar de tudo, era o Portimonense quem mostrava mais qualidade no processo ofensivo, sendo, por isso, pouco chocante que tenha sido a equipa de António Folha a inaugurar o marcador, por intermédio de Dener, na sequência de trivelada de Tabata. Com o tento sofrido, o Rio ave afundou-se numa autêntica mediocridade coletiva, sem que se pudesse vislumbrar algum tipo de solução.
Tarantini, sempre o mais esclarecido entre a desorientação rioavista, ainda criou perigo na meia distância, mas sempre que o Portimonense acelerava com os seus médios e avançados, sentia-se um Rio Ave limitado no seu primeiro terço. O resultado curto era mesmo o melhor...Das bancadas, assobios, muitos assobios.
Com Jambor em vez do desinspirado Leandrinho, o Rio Ave passou a ter uma ou outra capacidade com bola, tendo o golo do empate surgido muito cedo na segunda parte, por intermédio de Gabrielzinho, que aproveitou uma jogada de insistência do ataque vilacondense.
O jogo ganhou novamente muita vida junto das balizas, com as respetivas organizações a permitirem muito espaço para o aparecimento do melhor talento. Se Nakajima não conseguiu que as suas assistências dessem em golo, Galeno, num lance de pura potência e velocidade, sacou a expulsão de um impotente Lucas. O árbitro assinalou penálti, mas, consultadas as imagens do VAR, o castigo máximo foi transformado em livre.
Com mais um homem, o Rio Ave continuou a demonstrar as mesmas fragilidades coletivas. Apesar dos safanões de Galeno, a equipa de José Gomes demonstrou uma apetência preocupante para o erro, diante de um Portimonense ainda à procura da sua forma de jogar e claramente marcado pela necessidade de fazer ponto(s).
Até ao final, José Gomes arriscou, empurrou o Portimonense, que ainda viu mais um jogador seu ser expulso, por acumulações de amarelos, para os seus últimos trinta metros e, quando tudo parecia indicar uma igualdade, Gelson Dala, no suspiro final, depois de um jogo pouco feliz, tirou um coelho da cartola precioso, com uma finta de corpo belíssima e um remate que acabou onde mora a coruja. Estavam lá também três pontos para o Rio Ave.
2-1 | ||
Gabrielzinho 48' Gelson Dala 90' | Dener Clemente 24' |