Óliver assumiu o comando e Depoitre «solta» André Silva

O jogo deste sábado mostrou pela primeira vez a variante 4x4x2 que Nuno Espírito Santo tinha prometido na pré-temporada. Laurent Depoitre coube no 11 escalado pelo técnico portista e mostrou-se em bom plano. Óliver Torres, esse, assume-se como «motor» do miolo.

Longe de ser um «pinheiro», Depoitre é uma espécie de ímen que solta, por sua vez, André Silva, o elemento mais móvel. O avançado belga deu-se à luta, foi ponto de referência para rodar jogo e deixou que o companheiro de ataque descaísse muitas vezes para as laterais.

E na estreia como titular, Depoitre acabou por ter influência direta no resultado, ao fazer o desvio de cabeça que resultou no primeiro golo do FC Porto, apontado por Marcano. 

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É pelos pés do médio de 21 anos que passa quase todo o processo de construção ofensiva do FC Porto. Óliver «pega» no jogo para depois o distribuir pelos homens que atuam à sua frente. Promete mais e melhor futebol à medida que for percebendo melhor os que jogam à sua volta.

E depois há Layún. O mexicano voltou a ter um papel decisivo no triunfo do FC Porto, ao assistir em dois dos três golos. Já tinha sido dele a assistência decisiva frente ao Estoril (1x0) e foi também o lateral sul-americano a fazer o cruzamento para golo em Alvalade. Tudo somado, foi responsável por servir quatro dos últimos cinco golos da equipa portista.

Nota ainda para André André na equipa do FC Porto. O «capitão» - foi-o na ausência de Herrera - é um poço de entrega e disponibilidade física e tática. A atuar sobre a meia-direita, abriu bem quando lhe pediram mas foi em espaços interiores que cumpriu melhor o papel. Bom jogo.

Boa matéria-prima no «berço»

Por fim, uma palavra para o Vitória de Guimarães. Raphina promete ser cada vez mais um caso sério de qualidade futebolística na equipa de Pedro Martins. Desinibido, gosta de procurar o duelo individual em velocidade. Xande Silva também apresenta características semelhantes, imprimindo velocidade e criatividade ao jogo vitoriano.