Lição da águia matreira

Meias-finais da Taça da Liga fechadas! Com a vitória (5-2) do Benfica sobre o Leões Porto Salvo, os quartos de final ficam concluídos e já com um grande jogo em perspetiva na próxima fase: um embate entre as águias e o SC Braga.

Mas antes, o Benfica teve de suar... e muito. Este Leões, principalmente na primeira parte, mostrou-se em grande forma para fazer frente a uma equipa com outro tipo de argumentos, mas acabou por pecar nos pormenores e na finalização.

Manda a eficácia

O desporto é eficácia. O futsal, neste caso específico, é golos. O Benfica conseguiu, o Leões Porto Salvo não. O resultado final é feito disto mesmo e, para a história, pouco interessa que esteve melhor. Para o caso, nesta primeira parte... até foi o Leões.

A equipa de Mário Silva apresentou-se a um nível semelhante daquele que já tinha mostrado no Pavilhão João Rocha, colocando o adversário em sentido desde muito cedo. Muito mandão, intenso com bola e sem ela e sempre muito rematador e incómodo. Faltaram os golos, que apareceram para o outro lado.

Em duas ocasiões em que o adversário estava melhor, o Benfica conseguiu, em dois lances muito práticos e objetivos, marcar dois golos. Primeiro foi Bruno Cintra, depois foi Jacaré, rodando na perfeição sobre a defensiva do Leões. Dois momentos que acabaram por ditar o desfecho de uma primeira parte onde o Leões deixou uma bela imagem...

Bicadas finais

O Leões entrou na segunda parte com vontade de esticar o jogo, dando sequência à bela primeira parte, mas nas costas... rapidamente surgiu Diego Nunes a tirar o ímpeto inicial da turma de Porto Salvo. E este golo acabou por pesar bastante na iniciativa adversária no que resta do jogo.

De forma natural, perante um resultado já algo pesado e que pendia claramente para o Benfica, o Leões perdeu o norte e aí entrou a gestão encarnada em ação. Apesar da equipa de Mário Silva nunca ter baixado os braços - Gugiel teve de se aplicar e apanhou alguns sustos -, o discernimento e capacidade não foram os mesmos e a dinâmica deixou o Benfica mais confortável.

Agora com outra forma de olhar para o jogo, não tendo tanto a preocupação de reagir à energia do Leões, o Benfica conseguiu mostrar o seu melhor futsal, com boas combinações coletivas que deram em golo. Voltou, porém, a ter de ligar o concentrómetro quando o Leões apostou no 5x4 + GR e com golo quase imediato. Mas novamente quando o Leões ganhava esperança... o Benfica matou o jogo e seguiu para as meias.