Numa partida com ritmo acelerado, Vitória SC e Portimonense repartiram os pontos entre si (1-1). O suspeito do costume do lado dos vitorianos deu a primeira machadada, mas os Guerreiros do Sul foram recompensados pela sua persistência.
Paulo Sérgio entrou em campo com apenas uma alteração, face ao último desaire na Reboleira: Sylvester Jasper mereceu um voto de confiança pelo técnico de 55 anos, graças a uma entrada inconformada diante do Estrela da Amadora, onde criou muitas dores de cabeça à defensiva contrária no um-para-um. Gonçalo Costa saiu então do lote inicial para dar o respetivo espaço ao búlgaro, num 3-5-2 com Hélio Varela e Hildeberto Pereira a serem os elementos mais adiantados.
Já Álvaro Pacheco viu-se obrigado a fazer mudanças circunstanciais. Toni Borevkovic foi admoestado com a cartolina vermelha no empate frente ao Benfica, enquanto Jota Silva viu o quinto cartão amarelo na Liga. Com duas ausências de peso, João Mendes e Manu Silva foram chamados à batalha, estando Nuno Santos responsável por acompanhar André Silva na frente de ataque. Uma aposta ganha pelo treinador oriundo da Vila Cova da Lixa.
Os visitantes entraram com vontade de abrir o marcador nos minutos inaugurais. A pressão numa zona mais avançada do terreno parecia estar a surtir efeito, já que o conjunto algarvio mostrava claras debilidades na primeira fase de construção. Contudo, o plano dos conquistadores teve a um passo de cair por terra, por intermédio de uma entrada muito imprudente de Jorge Fernandes. Para alívio dos adeptos forasteiros, a primeira ordem de expulsão foi revertida após consulta do VAR.
As constantes aproximações acabaram por resultar no tão desejado festejo. Na sequência de uma excelente combinação pelo corredor esquerdo, Ricardo Mangas, num golpe de alguma felicidade, encontrou André Silva ao segundo poste. O ponta-de-lança deu continuidade à onda goleadora, tendo apenas que encostar para a baliza deserta. Recorde-se que foi o quarto jogo consecutivo em que o futebolista de 26 anos fez o gosto ao pé (!).
Após o descanso, os alvinegros mostraram uma nova versão de si, sendo notória uma maior confiança e inspiração. As dinâmicas ofensivas no último terço foram, sem dúvida, mais melódicas e, por consequência, a baliza à guarda de Charles foi visada com maior regularidade. Os rasgos individuais de Hildeberto Pereira puxaram a equipa para a frente, mas as finalizações não acompanharam a vontade.
Porém, a insistência acabou por ser recompensada. Hélio Varela bailou sobre o opositor direto e, com um cruzamento a régua e esquadro, serviu de bandeja Guga. Vindo do banco, o defesa de 20 anos cabeceou eficazmente para o fundo das redes, não dando qualquer hipótese a Charles Silva. Momento de tremenda euforia no Estádio Municipal de Portimão.
Com este resultado, o Vitória SC ocupa o quarto posto do campeonato nacional, estando, provisoriamente, num lugar que dá acesso à Europa. Já o Portimonense soma 22 pontos, na 12º colocação da Liga.
O ritmo do encontro foi bastante acelerado, com múltiplas transições rápidas a acontecerem de ambos os lados. Apesar de alguns momentos de maior contenção, o foco teve sempre nas balizas adversárias. Os espectadores gostam disto!
Após 45 minutos bem conseguidos, o Vitória SC teve uma quebra de rendimento muito acentuada após o descanso. A turma da casa aproveitou da melhor maneira. Quando sofreram as consequências, os conquistadores tentaram acordar, mas, como é possível ver pelo resultado, tarde demais...
Exibição muito competente de António Nobre e restante equipa de arbitragem. Após uma consulta ao VAR, o dirigente da partida reverteu corretamente a cartolina vermelha mostrada a Jorge Fernandes. Para além disso, foi certeiro nas pequenas intervenções que teve ao longo do jogo. Nota positiva!