Um nulo no marcador é o pior resultado para qualquer adepto de futebol, mas foi suficiente para as ambições do Braga, que já tinha o pódio garantido e fez imensas poupanças a pensar na final da Taça de Portugal, e, acima de tudo, do Portimonense, que precisava apenas de um ponto para garantir a manutenção. Foi, por isso, sem surpresa que o jogo entre duas equipas que não fizeram por mais terminou com um nulo no marcador, que garantiu a permanência dos algarvios.
Num jogo de futebol, o golo é, provavelmente, o momento mais bonito, mas Braga e Portimonense fizeram pouco para dar razões de celebração aos seus adeptos ao longo da primeira parte. De resto, os primeiros minutos davam a entender isso mesmo, com as duas equipas a dividir o jogo a meio-campo e a revelarem-se incapazes se aproximarem das balizas.
No entanto, praticamente não incomodaram Tiago Sá e o Braga, que se mantinha fiel ao seu estilo de jogo apesar das muitas alterações mas revelava mais dificuldades em chegar ao último terço e em criar perigo, respondeu na reta final. Os gverreiros passaram a ter mais bola e tiveram mesmo a melhor oportunidade da primeira metade, com um cruzamento/remate de Borja a obrigar Ricardo Ferreira a uma bela intervenção.
A gestão de Carvalhal continuou ao intervalo, com três alterações, entre as quais a entrada de Galeno, que prometia trazer outra vertigem e velocidade ao encontro, mas que acabou por ter pouco impacto. Aliás, o impacto inicial foi bem mais positivo para o Portimonense, que criou várias oportunidades logo a abrir, com Beto a perder o duelo com Tiago Sá na melhor.
Já com Rui Fonte e Hernâni – mais um jovem lançado por Carvalhal – em campo, o Braga voltou a responder e a ter mais bola, mas não conseguiu incomodar e o jogo voltou a cair num vazio de oportunidades que se manteve até ao apito final e serviu às duas equipas, principalmente ao Portimonense, que assegurou a manutenção no principal escalão do futebol nacional.
Num jogo sem golos e com poucas oportunidades, o destaque positivo vai para a estreia absoluta do jovem Guilherme Soares, que aproveitou da melhor forma as poupanças de Carvalhal e deu provas de que a formação dos gverreiros continua a dar frutos, num jogo em que alinharam também Bruno Rodrigues e Hernâni, sendo que estavam ainda outros jovens da formação no banco de suplentes.
O empate servia as duas equipas, mas o «acordo» entre Braga e Portimonense não beneficiou em nada o espetáculo. Ao longo dos 90 minutos, foram poucas as oportunidades de golo, o que transformou o jogo num espetáculo pouco apelativo para os adeptos, apesar de ter servido as ambições de algarvios e minhotos.
Arbitragem positiva de Luís Godinho e sem influência no resultado final. Destaque para as boas decisões nos dois lances em que se reclamou grande penalidade por mão na bola, com o árbitro a perceber que o contacto foi natural nas duas situações.