A consolidação de um Boavista a olhar para cima na tabela classificativa. Num encontro que abriu de forma positiva - as duas equipas procuram bastante o golo - a jornada 27 da Liga NOS, a estratégia axadrezada foi premiada com um bom triunfo frente ao Paços de Ferreira (2x0), conjunto que vive um momento de menos fulgor a nível de resultados.
São sete pontos em três duelos para o conjunto de Jesualdo Ferreira, com a equipa a atuar cada vez mais à sua imagem. Por sua vez, o Paços de Ferreira somou o terceiro desaire após o assumir do objetivo europeu, apesar do nível exibicional até ter sido positivo neste início de noite no Bessa.
Com ideias por norma positivas dos dois lados, o encontro prometia e não desiludiu. O Paços de Ferreira procurou desde cedo o controlo da bola, enquanto os axadrezados apostavam na velocidade dos homens mais adiantados, num encontro que marcou o regresso do influente Angel Gomes às opções de Jesualdo Ferreira, após cumprir castigo. De forma natural, as oportunidades não demoraram a surgir.
Na resposta a um bom tiro do número 10 boavisteiro, Hélder Ferreira teve tudo para abrir o ativo, mas facilitou na finalização a um cruzamento da esquerda. No "ping-pong" das situações junto das balizas, acabou por ser o conjunto da casa a desferir o primeiro golo certeiro, com Elis a voltar a servir de assistente para Yusupha, que faturou ao segundo poste. É o terceiro tento num curto espaço de tempo que o avançado da Gâmbia pode agradecer ao seu colega de equipa.
O tento sofrido aumentou a intensidade pacense que, em minutos de muita qualidade, assumiu o domínio do encontro de forma assertiva e dinâmica. A finalização, porém, era um problema para os homens de Pepa, com o guardião Léo Jardim a ser chamado também ao serviço em momentos de aperto. O Boavista tentava sempre o contra-ataque e quando conseguiu ultrapassar a pressão adversária, o perigo aparecia: um remate de belo efeito de Angel Gomes só parou no poste.
Sem medos. Jesualdo Ferreira deu um sinal forte para a sua equipa, ao lançar ainda no primeiro tempo Nuno Santos no lugar de Yusupha, com o intuito de reforçar o meio-campo. Coincidência ou não, o segundo tento das Panteras apareceu momentos mais tarde, numa grande penalidade que Reggie Cannon arrancou - má abordagem de Martín Calderón - e Angel Gomes. Antes do descanso, nota ainda para um lance duvidoso a envolver uma mão de Devenish, que Tiago Martins não assinalou mesmo depois de ver as imagens do VAR.
Com a estratégia bem definida, o Boavista apareceu no segundo tempo melhor posicionado a nível defensivo, o que dificultou a tarefa do Paços de Ferreira, que continuava paciente a controlar a bola e procurar os espaços. Atento a uma quebra de ritmo no ataque, Pepa lançou João Amaral e Luther Singh para o encontro, unidades que voltaram a colocar os Castores dentro da luta pelo resultado.
Algumas investidas dos atletas pelo flanco direito criaram perigo, mas a melhor oportunidade do Paços de Ferreira pertenceu a Luiz Carlos que, sem grande intenção, atirou com a coxa ao poste na sequência do canto. Do outro lado, as setas axadrezadas continuavam apontadas à baliza de Jordi, com uma inesgotável energia de Angel Gomes, sempre disponível para ser servido em profundidade.
O triunfo acabou por cair para o lado do Boavista, que chegou à condição ao décimo posto. Porém, o final de jogo não foi em tudo positivo para Jesualdo Ferreira, que viu Devenish sair de ambulância do relvado após choque aparatoso com Léo Jardim.
Vitória com mérito do Boavista, que teve capacidade e organização para aguentar o ímpeto ofensivo do Paços de Ferreira e criar perigo nas transições. A saída de Yusupha no primeiro tempo surpreendeu, mas a alteração de Jesualdo Ferreira fortaleceu o meio-campo e dificultou mais a tarefa pacense. Dedo de treinador neste resultado.
A consolidação de um Boavista a olhar para cima na tabela classificativa. Num encontro que abriu de forma positiva - as duas equipas procuram bastante o golo - a jornada 27 da Liga NOS, a estratégia axadrezada foi premiada com um bom triunfo frente ao Paços de Ferreira (2x0), conjunto que vive um momento de menos fulgor a nível de resultados.
Ficam dúvidas na decisão em não assinalar penálti em cima do intervalo, num lance em que a bola bate no braço de Devenish. Ao longo da partida, controlou com calma os acontecimentos e teve também a ajuda de duas equipas positivas na abordagem ao jogo.