Galos já podem descansar o pescoço

Tranquilidade conquistada a muito custo! Num duelo marcado pelo calor extremo - a marcação de partidas neste horário merece reflexão - o Gil Vicente sofreu bastante para bater o Rio Ave (1x0), dando um passo enorme para assegurar a permanência na Liga NOS.

Por sua vez, os vila-condenses podem ser ultrapassados no quinto lugar, numa partida em que não encontraram argumentos para derrubar a organização contrária, apesar de jogarem praticamente todo o segundo tempo em vantagem numérica.

Galos adaptaram-se melhor ao calor

Apesar das condições adversas de jogo, os dois conjuntos tiveram o mérito de entrar na partida em alta rotação, utilizando a velocidade dos homens da frente para criarem alguns momentos ofensivos. Ao seu estilo, Sandro Lima era a referência dos gilistas, enquanto os visitantes revelavam grande dinâmica na linha da frente.

Carvalhal mudou bastante para o segundo tempo ©Kapta+

Devido a lesão, Carlos Carvalhal foi obrigado a retirar Ali Musrati do duelo. Por coincidência, o Rio Ave baixou a sua intensidade depois deste momento, com os homens de Barcelos a mostrarem-se mais agressivos no belo relvado do Municipal. As oportunidades, porém, não surgiam.

Na sequência de uma bola parada, Rodrigão ganhou nas alturas e cabeceou para o golo, premiando o ascendente gilista. Esta tendência seguiu até ao intervalo... e o guardião Kieszek não se livrou de alguns sustos.

A reação não teve resultado

Percebendo a necessidade de mudar algo na sua equipa, Carvalhal não teve medo de arriscar para o segundo tempo: três mexidas e um novo sistema tático, com Nuno Santos e Carlos Mané a ficarem responsáveis pelos flancos. A equipa reagiu a este forte sinal do seu técnico e, num remate colocado, Gelson Dala levou perigo à baliza contrária segundo após o recomeço.

Minutos mais tarde, o Gil Vicente acabou por sofrer um duro revés, após a expulsão por acumulação do experiente Rúben Fernandes. Este momento acentuou a pressão vila-condense, com os visitantes a verem uma grande penalidade assinalada na área gilista ser revertida pelo árbitro Iancu Vasilica, após consulta do VAR, numa decisão duvidosa.

Em desvantagem numérica, a equipa da casa teve capacidade para continuar ligada ao jogo e não limitar-se a defender. As constantes paragens na partida dificultaram a tarefa ao Rio Ave, que, mesmo assim, criou oportunidades suficientes para virar o resultado.

Com muito sofrimento, o Gil Vicente segurou o resultado e tem a permanência muito bem encaminhada, numa tarde muito desinspirada dos visitantes...