Vão com tudo para o triplete

Campeonato assegurado com grande classe e qualidade, Taça também no papo. O Bayern continua a escrever páginas de história em 2019/2020, mesmo num futebol sem adeptos e notoriamente mais triste. Em Berlim, nem um bom Leverkusen teve capacidade para impedir o segundo título da época, materializado no 2x4 final. 

Não trouxe nada de novo esta final ao que já conhecíamos dos últimos meses do Bayern. Uma equipa capaz de controlar quase todos os momentos do jogo, de vulgarizar o mais competente dos adversários e de aproveitar cada metro quadrado para criar perigo. Tanta qualidade em campo ajuda, mas o trabalho de Flick merece mesmo todos os elogios. 

E se os avançados rendem na frente, os defesas, quando são chamados, também não se safam nada mal. Que o diga Alaba...que cobrou de forma irrepreensível um livre direto para o primeiro golo do jogo, ao minuto 16. Pouco depois, transição implacável dos bávaros e mais uma bola no fundo das redes, por obra e graça de Gnabry, que respondeu da melhor forma ao passe de Kimmich. 

A partir do intervalo, assistiu-se a uma certa descompressão do Bayern, que, ainda assim, chegou ao terceiro, num golo caricato de Lewandowski. O avançado recebeu um passe longo de Neuer e tentou, ainda de muito longe, um grande golo. Hradecky agarrou o esférico e deixou-o fugir de forma incrível para dentro da própria baliza. Só visto. 

O Leverkusen reagiu e respondeu à altura, chegando ao primeiro golo por intermédio de Bender, num belo cabeceamento. Um momento que deu ainda mais força à equipa de Bosz e que deixou o Bayern algo atarantado em campo. O segundo golo esteve mesmo muito perto de acontecer, mas faltou quase sempre uma melhor definição em vários lances de ataque rápido e uma maior capacidade para fugir à armadilha do fora de jogo. 

Com o passar dos minutos, o Bayern voltou a criar perigo, chegando mesmo ao quarto golo, o segundo de Lewandowski, que acabou a final com 51 golos marcados em 2019/2020. Nem o belo penálti de Havetz, ao cair do pano, impediu a festa possível de quem está com o caminho livre para tocar no céu.