Capitão Martínez

Sem grande inspiração, o Famalicão recebeu e bateu a Académica por 1x0, garantindo a passagem à próxima fase da Taça de Portugal. Toni Martínez, capitão de equipa, foi o herói de serviço. 

Numa partida revestida de emoção e polémica, acabou por falar mais alto a concretização da turma caseira, perante uma Briosa desinibida, sem sentir o momento menos positivo que vive na Segunda Liga. O sonho de voltar ao Jamor fica adiado por mais um ano. 

Eficácia e pouca Fama

A nova Académica, agora liderada pelo regressado João Carlos Pereira, deu uma boa imagem em Famalicão. É certo que apenas Barnes criou verdadeiro perigo durante os primeiros 45 minutos, mas a Briosa foi quase sempre uma formação bem organizada, solidária e atrevida. 

O Famalicão, sensação na Liga, voltou a não deslumbrar e não demonstrar a mesma qualidade futebolística na Prova Rainha - o filme já se tinha visto em Lourosa...A turma de João Pedro Sousa teve mais bola, mais domínio territorial, mas também pouca criatividade. As oportunidades de Riccieli e o capitão Martínez não eram consequência de qualquer tipo de brilhantismo. 

Quando todos esperavam um nulo ao intervalo, Roderick, um dos centrais, subiu alguns metros no terreno para mostrar dotes de artista e bom assistente, com um cruzamento teleguiado que Martínez soube responder da melhor forma. Uma bomba lá para dentro, o melhor momento de toda a primeira parte. 

Apesar de alguns lampejos de qualidade por parte de Fábio Martins, Gustavo Assunção e Rúben Lameiras, o segundo tempo do Famalicão foi ainda mais cinzento. Do banco saiu Walterson para agitar, mas a turma de João Pedro Sousa foi quase sempre previsível. 

A Briosa continuou a dar bons sinais. Formação personalizada, sempre à procura do golo, com capacidade para ferir o oponente no jogo exterior. Os estudantes chegaram mesmo à igualdade, mas o árbitro entendeu anular o lance. E as boas sensações não tiveram qualquer consequência.