Seja B ou não, um clássico é até ao último segundo

Quis o destino que o primeiro jogo do Benfica B sem o comando de Bruno Lage, promovido como interino à equipa principal, fosse um clássico B diante do FC Porto em terras nortenhas. Com Nélson Veríssimo a comandar a equipa, as águias entraram bem e marcaram cedo, por José Gomes, os dragões ainda viraram o resultado (golos de Marius e João Mário) e pareciam caminhar a passos largos para os três pontos, mas Saponjic ditou o empate perto do fim, de grande penalidade. O FC Porto avistava a quarta vitória seguida no melhor momento da época, mas essa reação final encarnada não o permitiu.

©Catarina Morais / Kapta +

Um encontro bem disputado desde cedo até ao fim, com as equipas à procura das balizas contrárias, e com um golo logo a abrir e a esmorecer os adeptos portistas em Pedroso. Depois de Madi Queta ter tentado na baliza contrária, um lance de bola parada permitiu a José Gomes desviar para a baliza de Diogo Costa e assim marcar o seu primeiro golo da temporada, ao décimo jogo.

Com o FC Porto B em busca imediata do empate e o Benfica B, mesmo em vantagem, a não abdicar da identidade ofensiva, víamos um jogo aberto, interessante, com vários intervenientes a mostrarem pormenores de um escalão acima.

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Os dragões ficaram próximos do empate logo depois de sofrerem, num canto batido por Kelechi e com Marius a cabecear para uma enorme defesa de Zlobin, e acabaram por chegar mesmo ao golo aos 22', com o ponta-de-lança chadiano, desta vez, a não facilitar: na sequência de uma falta cobrada rapidamente (demasiado, para o banco do Benfica), bom trabalho de condução de Romário Baró pelo centro e bola rasteira para Marius vencer depois o duelo perante Zlobin.

Depois de um período menos agradável à vista, mais faltoso, e também com Zlobin a mostrar-se, em particular num remate de Musa, o intervalo chegou com o empate que seria desfeito logo na reabertura. João Mário foi desta vez quem bateu Zlobin e os dragões viam-se na frente do jogo pela primeira vez, com quase todo o segundo tempo pela frente.

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Nélson Veríssimo foi mexendo na equipa, tirou Willock e Nuno Santos e lançou Rodrigo Conceição - que esteve mais perto do pai do que tem sido habitual - e Keaton Parks, e eram Jota e Dantas (titulares) que mais ameaçavam nesta altura. Já nos últimos dez minutos, porém, Saponjic entrou em campo e veio a conquistar uma grande penalidade nos descontos, com falta de Romário Baró, que converteu bem perante Diogo Costa.

Os dragões mantêm-se na 10ª posição da tabela, agora com 18 pontos, menos dez do que as águias, que ocupam o quarto lugar.