Chegou o tão aguardado dia. Este domingo, 4 de junho, arrancam as finais da Liga Betclic, entre os rivais lisboetas Sporting e Benfica, onde se vai decidir quem é o campeão nacional de 2022/23 e emoção, e qualidade, prometem não faltar.
Olhando para as duas equipa, no papel, estas não podiam ser umas finais mais apetecíveis, não estivéssemos nós a falar de algo inédito! É que nunca, em quase 100 anos de história do basquetebol em Portugal, tivemos umas finais do campeonato entre águias e leões, desde que se assumiu este formato de play-offs, por mais surpreendente que possa parecer. Obviamente ajuda o facto do Sporting não ter tido basquetebol em 1983/84 e entre 1995 e 2019, mas não deixa de ser um facto interessante à entrada para estas finais.
Virando, agora, as atenções para as duas equipas e para uma final, à melhor de cinco jogos, que promete, os números comprovam-no, não estivéssemos a falar dos dois melhores ataques da época e as únicas com média de pontos por jogo superior a 90 (Benfica – 93.6; Sporting – 91.2), contando com o rating ofensivo mais elevado da liga e com percentagens de lançamento exterior de 38,2% (Benfica) e 37.8% (Sporting). Pontos não devem faltar.
E se ofensivamente o Benfica se destaca ligeiramente mais, a verdade é que na defesa é o Sporting quem surge na linha da frente, sendo a equipa om a melhor percentagem defensiva de lançamentos de campo (41.2%) e de lançamentos de dois pontos (48.3%), além de conquistar 35% dos ressaltos disputados na sua tabela ofensiva, a mais elevada da liga.
Falamos de duas equipas com dois dos melhores planteis em Portugal e essa profundidade pode fazer toda a diferença numa série destas, onde os ajustes serão constantes, até porque as duas equipas têm estilos antagónicos: de um lado, o Benfica de Norberto Alves é mais coletivo e aposta no cinco para cinco; do outro, o Sporting de Pedro Nuno Monteiro é mais veloz nas suas posses, pressiona alto e é mais forte nos isolamentos.
Travante Williams e Marcus LoVett Jr. surgem como as grandes armas leoninas para estes jogos, enquanto do lado encarnado há nomes como Ivan Almeida ou Aaron Broussard. Contudo, em eliminatórias destas, qualquer nome pode dar uma contribuição diferenciadora e nomes como Ben Romdhane, Toney Douglas ou Diogo Ventura podem saltar para as luzes da ribalta a qualquer momento.
Com uma larga história entre si, estas duas equipas conhecem-se como ninguém, mas desde que o Sporting regressou ao ativo, em 2019, tem dominado nos duelos com o rival de Lisboa, tendo vencido 14 dos 21 duelos entre si, uma percentagem de sucesso de 66%.
Ora, desses 21 duelos, seis foram já esta temporada e, neste caso, o equilíbrio tem reinado, com três vitórias para cada lado. Quatro foram para o campeonato e foram divididas, mas o Benfica eliminou os leões nas meias finais da Taça (80-96), depois de ter arrancado a época com uma derrota perante o Sporting na Supertaça (84-89). Nestas finais, temos a certeza que haverá desempate nesta época, mas é importante referir que o Benfica tem o fator casa do seu lado, com os dois primeiros jogos a serem disputados na Luz, os dois seguintes no João Rocha e, por fim, se necessário, o jogo 5 novamente na Luz.
85-84 | ||
Tanner Omlid
Minutos por jogo: 24
Pontos por jogo: 13,5
Assistências por jogo: 3,2
Ressaltos por jogo: 5,2
Minutos por jogo: 29
Pontos por jogo: 18,8
Assistências por jogo: 4,2
Ressaltos por jogo: 2,3
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Benfica | Sporting | |||
7 | 484 | Golos marcados | 467 | 8 |
7 | 300 | Golos sofridos | 375 | 8 |
5 | Jogos | 5 | ||
8 | 73 | Golos Marcados | 131 | 7 |