Moussa Marega deixou os quadros do FC Porto no passado mês de maio para rumar ao Al Hilal e, em entrevista ao canal oficial do novo clube, recordou a passagem por Portugal, incluindo o FC Porto, de onde guarda ótimas memórias.
«(...) Houve um problema administrativo quando fui para o Espérance Tunis e fiquei impedido de jogar durante quatro ou cinco meses. Depois disso fui para o Marítimo. Joguei lá um ano e meio e aí começou a minha história em Portugal. Passei lá um tempo fantástico, tínhamos uma equipa muito boa. De lá, fui para o FC Porto. Assinei e foi a chave para os momentos bonitos que passei naquele grande clube. Tive um grande treinador, Sérgio Conceição, com quem aprendi muitas coisas e a quem devo muito. É o melhor treinador que tive até agora e é um dos melhores da Europa. Passei cinco anos magníficos no FC Porto, mas queria viver outra experiência. Queria mudar de vida, de continente e de destino. Eu e a minha família queríamos viver noutro lugar, sobretudo num país islâmico. Quando soube da oferta do Al Hilal, não hesitei. Estava interessado e inclinei-me logo para a proposta (...)», disse ao recordar o seu percurso futebolístico.
O avançado maliano falou, também, sobre o percurso na Liga dos Campeões com os dragões, onde chegou a fazer história.«(...) O meu primeiro ano na Liga dos Campeões com o FC Porto foi difícil porque não consegui marcar golos. Foi uma boa participação da nossa parte que só terminou nos quartos-de-final, onde fomos eliminados pelo Liverpool. O segundo ano foi muito melhor. Consegui bater o recorde de golos marcados de forma consecutiva do FC Porto na Liga dos Campeões. Marquei em seis jogos seguidos e escrevi o meu nome na história do clube. Foi, de facto, algo importante, serei lembrado para sempre num grande clube como o FC Porto, especialmente nessa competição. É incrível, um orgulho para mim», acrescentou, antes de explicar a mudança para o emblema saudita.
«Estava no meu último ano de contrato com o FC Porto e ia ser um jogador livre no final da época, então tinha de tomar uma decisão. Tinha de decidir rapidamente o meu futuro para estar preparado para dar o próximo passo e evitar lesões que pudessem condicionar a transferência. Um dia mais tarde, o meu agente ligou-me e disse-me que havia uma oferta da Arábia Saudita e perguntou-me se estava interessado. Na verdade, uma ou duas semanas antes já tinha falado com a minha esposa sobre o meu futuro e sobre a possibilidade de irmos para um país islâmico porque somos muçulmanos. Falei com ela e o meu agente ligou-me duas semanas depois e eu respondi-lhe que estava interessado. Ainda por cima era uma oferta tentadora do Al Hilal, não era de uma equipa qualquer (...)», finalizou.