A noite foi de vitória para o Sporting em Vila do Conde (0x2), com vários leões em destaque. Dois vilacondenses tentaram remar contra a maré.
Esteve em todo o lado. Ainda que nem sempre tenha dado nas vistas, foi a âncora que deu estabilidade ao ataque leonino e, ao mesmo tempo, o líder que deu tranquilidade à defesa forasteira. Com cortes providenciais, como tem vindo a ser seu apanágio, soube cortar pela raiz as tímidas tentativas de ataque do Rio Ave. Um verdadeiro polvo a encher o campo.
Muito tentou e finalmente conseguiu. Esteve em quase todos os ataques forasteiros e no primeiro tempo só não foi feliz mais cedo porque Kieszek conseguiu corrigir um erro que deixou Paulinho quase isolado. Marcou um verdadeiro golaço no segundo tempo e, embalado pelo golo, ficou próximo de um segundo. Dos melhores jogos que fez desde que chegou a Alvalade.
Irrequieto e criativo, foi uma verdadeira dor de cabeça para a defesa rioavista. Foi o autor do golo que trouxe a tranquilidade ao Sporting e a justiça ao marcador. No segundo tempo tentou bisar, não ficou longe, mas mesmo sem marcar continuou a colocar em constante sentido a defesa caseira.
Começam a faltar palavras para descrever a influência do capitão Coates no centro da defesa menos batida do campeonato. Imperial nos lances em que foi chamado a intervir, não teve uma noite muito trabalhosa, mas transmitiu a segurança que pontualmente faltou a Feddal.
Já não constitui surpresa a presença do jovem lateral português nas figuras maiores do Sporting. Esteve muito ativo, sobretudo na primeira parte, e foi precisamente pelo lado esquerdo que o Sporting mais atacou nesse período. Foi o «motor» potente a que habituou os adeptos e a noite de Vila do Conde foi mais uma numa época de sonho para Nuno Mendes.
Se o Sporting apenas saiu com a vantagem mínima ao intervalo muitas culpas no cartório teve o polaco que fez o possível e quase o impossível para manter a baliza rioavista a zeros. Com três defesas de encher o olho no primeiro tempo, o guardião nada conseguiu fazer nos lances dos golos leoninos. Uma grande exibição que merecia outro resultado.
Era, a par com João Pereira, o mais velho em campo, mas não foi isso que o fez ficar atrás dos mais novos, muito pelo contrário. Sempre muito interventivo, tanto no ataque como na defesa, tentou mexer com o jogo à sua maneira, mas raramente encontrou no ataque vilacondense o melhor fim para as jogadas que tentou criar.
Foi uma noite muito apagada do médio da formação vilacondense. Anulado pelo meio-campo leonino, o brasileiro não conseguiu ser o motor que o Rio Ave precisava para sair da sua metade do terreno e teve (demasiadas vezes) que recorrer à falta para sobressair dentro das quatro linhas. Foi substituído aos 80', mas podia ter saído antes.
0-2 | ||
Pedro Gonçalves 34' (g.p.) Paulinho 63' |