Quando a defesa é o melhor ataque

Foi dele o primeiro golo do jogo, a responder à assistência de Nakajima num canto, e foi este o primeiro golo de Mbemba na Liga NOS. Confiante a sair a jogar e seguro a nível defensivo, cresceu neste aspeto na segunda parte: não deu hipótese a Taremi e controlou o iraniano, anulando as ofensivas vilacondenses.

Voltou a mostrar a garra que outrora já se destacou mais nele. Desta vez, as eventuais debilidades físicas estiveram escondidas: o médio defensivo encheu aquela zona do campo e segurou o FC Porto na defesa, potenciando o poder ofensivo dos dragões graças à boa intervenção na primeira fase de construção.

O avançado rio-avista continua a brilhar e marca o oitavo golo na competição em apenas 20 jogos. Após triangulação que deixou a defesa do FC Porto para trás, Marcano foi o último a cair depois de mais uma amostra da habilidade do iraniano de 27 anos, que mostrou frieza na finalização perante Marchesín, que nada pôde fazer. 

«Tecatito» continua a impressionar esta temporada e a mostrar a superioridade técnica em qualquer lance que exija mais da habilidade de um jogador. O mexicano foi peça fundamental nos lances ofensivos dos dragões e conseguiu segurar o corredor frente a Nuno Santos. Na sua quinta época ao serviço do FC Porto, esta é a de maior destaque do internacional mexicano.

O avançado maliano mostrou-se possante na partida, principalmente no segundo tempo, impulsionando a equipa para a frente nos lances ofensivos, dando sempre impressão que a qualquer altura teria o nome escrito na lista de marcadores. Aos 77 minutos confirmou-se o que se pressentia e o avançado marcou o golo decisivo da partida... ou pelo menos assim se pensava, antes deste ser anulado pelo VAR.

Fundamental para a conquista de um ponto dos vila-condenses no Dragão. Bem posicionado e com rápidos reflexos, não permitiu que a finalização portista fosse eficaz. Mostrou-se desde logo aos cinco minutos, com uma grande defesa a cabeceamento de Sérgio Oliveira, e daí para a frente foi sempre seguro e confiante nas saídas. 

A velocidade do extremo foi determinante para os contra-ataques do Rio Ave, destacando-se em particular numa segunda parte em que apanhar o adversário de surpresa parecia a melhor alternativa para criar perigo rumo à baliza portista. 

O central espanhol não esteve bem no primeiro golo dos vila-condenses ao ser batido facilmente por Taremi, embora o avançado tenha mérito na jogada. Espera-se melhor poder de decisão do sub-capitão portista, que teve uma abordagem menos boa a um lance decisivo na partida. Teve bons momentos e bons cortes, mas ficou a sensação de que tinha mesmo que ser Mbemba a ter o iraniano debaixo de olho.

Apesar da assistência, não foi um regresso feliz do japonês aos titulares, que acabou por ser vaiado pelos adeptos da casa e foi o primeiro jogador a ser substituído. O médio não foi certeiro a nível de passe e acabou por comprometer vários lances potencialmente perigosos da sua equipa. Junto à falta de intensidade e às constantes perdas de bola, o nipónico tem que mostrar mais se quer voltar ao onze inicial de Sérgio Conceição.