com João Couto e Carlos Ramos (ogol.com.br)
Chegado a Portugal em 2015, para representar o Braga, Rodrigo Pinho não teve muita sorte ao serviço dos minhotos, tendo-se transferido a meio da época, por empréstimo, para o Nacional da Madeira. Na época seguinte voltou a jogar pelo Braga, onde somou apenas 14 exibições na equipa principal dos bracarenses. Em 2017/18, o avançado de 26 anos voltou a mudar-se para a Madeira, desta vez para o Marítimo, onde encontrou a sua melhor forma. Rodrigo Pinho soma já 32 jogos esta época, tendo visado as balizas adversárias por 11 ocasiões.
Porém, há uma história para o avançado contar e que demonstra a sua crença na carreira que abraçou. No início da sua carreira, para jogar futebol, Rodrigo Pinho teve de ir contra a vontade do seu pai, Nando Pinho (jogou no Bangu, no Hamburgo, no Flamengo, no Internacional e no Criciúma).«No início foi complicado. Eu sempre tive esse sonho de ser jogador, mas, por todas as dificuldades que ele enfrentou na carreira e por ter ficado muito tempo longe da família, não queria que eu seguisse esse caminho», confidenciou o avançado do Marítimo em entrevista ao zerozero.
Apesar da oposição do seu pai, Rodrigo Pinho iniciou a sua carreira no Bangu, precisamente a mesma equipa onde o seu pai, cerca de 26 anos antes, se havia estreado como sénior.
«Foi uma alegria, mas ao mesmo tempo uma responsabilidade muito grande, pois fui muito bem recebido no clube, por tudo o que o meu pai fez, e sabia que teria que lidar com as comparações. Mas graças a Deus correu tudo bem», contou o jogador.
O avançado, que se adaptou «bem ao futebol português» apesar de ter sofrido de algumas lesões, que levaram até a que Rodrigo Pinho tivesse que ser operado, também falou sobre o que está a ser a sua primeira época nos Barreiros.
Sobre a sua estreia na Liga Europa, e nas competições europeias, o jogador de 26 anos contou que essa foi umas das razões que o fez mudar-se para a Madeira: «Foi uma experiência muito boa. Foi um dos motivos que me fizeram vir para o Marítimo. Fizemos bons jogos, tanto com o Botev como contra o Dínamo, mas infelizmente não conseguimos a qualificação para a fase de grupos».
Apesar da melhoria recente, espelhada em três vitórias nos últimos quatro jogos, o Marítimo passou por um momento conturbado em termos desportivos - nove jogos sem vencer. Uma fase que fez a equipa perder o quinto lugar e que o avançado explicou pelo fim da sequência de mais de um ano sem perder nos Barreiros.(1x2 contra o Chaves).
Para além dos resultados menos satisfatórios, foi criada também uma polémica à volta da suposta falta de empenho de alguns jogadores, que levou a que Fábio Pacheco fosse colocado a treinar à parte do grupo. A propósito deste tema, Rodrigo Pinho não se quis alongar muito: «Conversamos e foi tudo resolvido internamente».
«O Fábio é um excelente profissional e uma excelente pessoa. Esperamos que ele volte rapidamente a treinar connosco», acrescentou.
De olhos no futuro, o avançado terminou com uma abordagem aos últimos sete jogos e não escondeu a clara ambição de atingir o quinto lugar e de esperar por uma conjugação favorável na Taça de Portugal (Aves não vencer a prova) para, em julho, estar novamente a competir na Europa.
«Temos que encarar cada jogo como uma final e conseguir o maior número de vitórias possível, para chegarmos aos últimos jogos com hipóteses de conseguir um lugar na Liga Europa», concluiu o maritimista.