Uma exibição descolorida


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Campo Conde Sucena – São Pedro de Sintra
Espectadores: 500
Temperatura: 19º
ÁRBITRO: Henrique Gil
Assistentes: Rangel Bernardo e Filipe Silva
AF Leiria
1º DEZEMBRO: Miguel Aleixo, Leandro, Ferreira (cap), Brandão, Chaves, Tero, Amadeu, Barradas (Aguiar aos 83m), Geraldino, Raposo (Filipe aos 46m (Alex aos 90+3m) ...ler comentário completo »

Uma exibição descolorida


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Campo Conde Sucena – São Pedro de Sintra
Espectadores: 500
Temperatura: 19º
ÁRBITRO: Henrique Gil
Assistentes: Rangel Bernardo e Filipe Silva
AF Leiria
1º DEZEMBRO: Miguel Aleixo, Leandro, Ferreira (cap), Brandão, Chaves, Tero, Amadeu, Barradas (Aguiar aos 83m), Geraldino, Raposo (Filipe aos 46m (Alex aos 90+3m) ), Zézinho.
Suplentes não utilizados: Ruben Afonso, Tiago Silva, Gustavo e Mauro
Disciplina: Cartões amarelos: Tero 27m, Zézinho 51m, Filipe 68m, Chaves 75m,
Miguel Aleixo 90m, Geraldino 90+3m
Cartão Vermelho por acumulação: Zézinho 90m
Técnico: Paulo Rocha
GOLOS: Barradas 40m e Tero 56m
SINTRENSE: Paulo (cap), Saramago, Tomás, Dinis, Serginho ( Leroy aos 59m), Tomé ( Carrasqueira aos 73m), Bruno Gomes, Tony, Nuno Dias, Rochinha ( Fernando Rosa aos 59m), Baptista.
Suplentes não utilizados: Crespo, Barroso, Amarildo e Andrade.
Disciplina: Cartões amarelos: Tomé 18m, Dinis 55m, Baptista 65m e Bruno Gomes 86m
Técnico: Alberto Bastos Lopes
GOLO: Tony aos 23m
Troféus Sintrense
Disciplina: Saramago 3 pontos, Tomás 2 pontos e Nuno Dias 1 ponto
Arbitragem: 14 pontos
Não se afigurava de fácil esta viagem do Sintrense a São Pedro de Sintra, para defrontar o 1º de Dezembro. Não só pelo adversário em si, mas também pelas características do campo. Em caso de derrota, o 1º de Dezembro ficaria muito mal colocado na tabela classificativa. Só a vitória interessava aos da casa. Ao Sintrense, e pese embora o facto de estar um pouco mais desanuviado na classificação, a situação em caso de derrota, poderia voltar a complicar as contas, daí que o objectivo também era a vitória.
Entrou melhor o Sintrense na partida, trocando bem a bola entre todos os seus sectores e obrigando o adversário a cuidar-se, e a correr atrás do prejuízo. Apesar dessa melhor entrada na partida, o Sintrense não criava grande perigo junto da área adversária. Aliás, aos 13 minutos, foi o 1º de Dezembro a dispor de uma clara oportunidade de golo, com Raposo e Zézinho como protagonistas. Raposo remata, Paulo defende para a frente, e na recarga, Zézinho atira ao lado, com os da casa a gritar já o golo. Pura ilusão de óptica.



Apenas aos 17 minutos, o Sintrense cria perigo, com um livre de Bruno Gomes na direita, cruzamento, e solto de marcação, Nuno Dias atira ao lado.
Cinco minutos depois, Barradas cruza e Chaves, de cabeça, proporciona a Paulo uma boa defesa. No minuto seguinte, o Sintrense chega ao golo: uma série de ressaltos na grande área, com Tony a aparecer de trás e a fuzilar o guarda-redes do 1º de Dezembro.
Um resultado merecido para o Sintrense, já que controlava o jogo e o adversário, que, e notava-se, se encontrava muito nervoso em campo, face ao melhor jogo do Sintrense.
Ainda os adeptos do Sintrense festejavam o golo, e já na jogada imediata, o mesmo Tony falha o 2-0 ao segundo poste, na sequência de um livre estudado, marcado por Bruno Gomes na direita.
Era o Sintrense quem mandava na partida, com o 1º de Dezembro a demorar a encontrar-se dentro do campo, face ás movimentações e marcações dos jogadores do Sintrense, que lhe causavam alguns problemas.
Aos 38 minutos, o 1º de Dezembro beneficia de um livre na direita, Chaves a cruzar para a área, com Tero a aparecer muito rápido, a cabecear ao lado da baliza de Paulo.
Logo na jogada seguinte, e motivados pelo lance, o 1º de Dezembro chega ao golo:
Amadeu remata contra o poste da baliza de Paulo, e muito rápido, na recarga, Barradas limita-se a empurrar o esférico para o fundo da baliza. Á beira do intervalo estava feito o empate, sem no entanto surgir uma jogada que motivou fortes protestos entre os adeptos sintrenses. Serginho á entrada da área, isola-se e já dentro desta é empurrado por trás. O árbitro manda jogar, mas para nós, existe claramente uma grande penalidade não assinalada.
Um erro crasso, de palmatória, nada justificado, porque a falta foi evidente.
Chegava-se ao intervalo com uma igualdade, talvez o resultado mais justo face ao domínio repartido de ambas as equipas. O jogo estava em aberto para a segunda parte. No entanto, e para o Sintrense, foi uma segunda parte para esquecer. E isto, porque a equipa esteve a léguas do que já lhe vimos fazer. Não reentrou bem na partida, não conseguiu segurar o jogo, nem tomar conta do mesmo. Mérito do 1º de Dezembro, que reentrou em campo mais pressionante, com uma maior velocidade, e sobretudo, com um futebol mais directo para a baliza adversária. Fruto disso mesmo, foi o segundo golo para os da casa: Livre de Chaves na direita do ataque do 1º de Dezembro, com este a colocar na área, e na cabeça de Tero, que antecipando-se a Tomás, fez o 2-1 para os da casa. Quando se pensava que o Sintrense tentaria dar a volta ao jogo, e já com as alterações feitas por Bastos Lopes, curiosamente foi o 1º de Dezembro que esteve sempre mais uma vez perto do golo, aos 79 minutos, que continuou a ser mais rápido sobre a bola, com um maior pressing, e também, porque não dizê-lo, com uma maior “garra” em vencer a partida. E foi o que aconteceu. O Sintrense não conseguiu criar as habituais oportunidades de golo, o adversário ganhou confiança, e acabou por vencer a partida com mérito, frente a uma equipa do Sintrense, que produziu uma exibição descolorida, longe daquilo que já lhe vimos fazer esta época. Não foi uma grande partida de futebol a que assistimos. Longe disso. Foi antes um jogo de muitos nervos dentro e fora das quatro linhas. Mas com esta vitória, o 1º de Dezembro respira agora um pouco melhor, embora continue em lugar de muito perigo, enquanto que o Sintrense perdeu uma oportunidade única de se distanciar mais na tabela classificativa, e nessa fuga definitiva aos lugares da despromoção.
Quanto ao trio de arbitragem de Leiria, efectuou uma péssima arbitragem, que não agradou a ninguém. Neste aspecto, bem se pode queixar o Sintrense, já que foi a equipa mais prejudicada, ao não ser marcada uma grande penalidade a seu favor, por derrube de Serginho dentro da área do 1º de Dezembro. Se José Maria Pedroto dizia “do tamanho da Torre dos Clérigos”, nós dizemos: uma grande penalidade do tamanho da Serra de Sintra.
MOMENTO DO JOGO: Minuto 56. Tero marca o segundo golo do 1º de Dezembro, com o Sintrense, nos restantes minutos, a não ter poder de reacção para virar o rumo dos acontecimentos.
HOMEM DO JOGO: SARAMAGO. Correu quilómetros dentro do campo. Um moiro de trabalho. Saiu com a camisola completamente ensopada em suor.
APLAUSOS: Embora não estando cheio, o campo Conde Sucena apresentava uma grande moldura humana. Curiosamente, com mais adeptos do Sintrense nas bancadas. Mas nem isso valeu ao Sintrense.
POSITIVO: A presença de muita gente ligada ao futebol nacional e regional, no campo Conde Sucena, em São Pedro de Sintra. Aproveitaram o passeio de sábado em Sintra, para também verem um jogo da 3ª divisão nacional.
NEGATIVO: Henrique Gil e seus assistentes: Não assinalarem uma grande penalidade como a que foi cometida sobre Serginho, foi um erro tremendo que manchou o resto da actuação deste trio, bastante contestado pelos adeptos e comitiva do Sintrense.
LAMENTOS: As picardias existentes no final da partida, nos túneis de acesso ás cabinas. Ânimos exaltados, algumas estaladas pelo meio, com os dirigentes de ambas as equipas, a tentarem por água na fervura.
Declarações:
Paulo Rocha (Técnico do 1º de Dezembro): Estes meus jogadores têm sido autênticos heróis a trabalhar, e por isso temos que continuar a acreditar no nosso trabalho. Fizemos um grande jogo, com uma grande atitude, uma grande entrega de todos, e acho que esta vitória é justa. O Sintrense adiantou-se no marcador, mas como esta equipa está com bons índices anímicos, reparou que não atirámos a toalha para o chão, e respondemos da melhor maneira. Demos a volta ao jogo com inteira justiça, perante um adversário extremamente difícil, com uma boa equipa, mas nós hoje estivemos melhores, mais felizes e merecemos inteiramente os três pontos, que tanta falta nos fazem neste campeonato.
Alberto Bastos Lopes (Técnico do Sintrense): Este campo é muito difícil. Preparámos o jogo toda a semana no nosso relvado sintético. Agora o que eu penso, e perante os factos, e embora o campo seja complicado, que o nosso adversário esteve encoberto por um árbitro que deixa jogar rijo, que deixa de marcar faltas claras, que não marque grandes penalidades, intimidando sempre a equipa do Sintrense, como intimidou, não dando cartões amarelos ao adversário quando deveria dar. Isto foi tudo muito estranho, como foi o próprio jogo. A minha equipa sofre dois golos de bola parada, o que não é normal nesta equipa, onde está sempre bem concentrada e consegue segurar este tipo de cruzamentos. Foi um jogo estranhíssimo, com o árbitro metido no meio disto, porque teve uma actuação péssima, prejudicou gravemente a minha equipa, num jogo que deveria ser visto pelas pessoas que mandam na arbitragem em Portugal. Este jogo deveria ter sido arbitrado por um árbitro como deve ser. E hoje não aconteceu isso.
Tanto o árbitro, como os assistentes foram péssimos e prejudicaram o Sintrense. Eu cumprimento sempre os árbitros no final das partidas, mas hoje, não fui capaz, porque quem “finge” que não vê grandes penalidades, e faltas claras contra o nosso adversário, não merece que eu o cumprimente.




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