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Oliver Bierhoff: O Homem do Golo de Ouro

Texto por João Pedro Silveira
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A carreira de Oliver Bierhoff é das mais atípicas do futebol alemão, pois no seu país nunca se destacou, tendo que se mudar, primeiro para Áustria e depois para a Itália, para conseguir ser reconhecido, fazendo justiça à velha máxima bíblica que reza que ninguém é profeta na sua terra.

Depois de anos de pouco sucesso mediático no Uerdingen, Hamburgo e Borussia Mönchengladbach, passou ainda pela vizinha Áustria, jogando pelo Salzburgo, antes de dar o salto para Itália, onde se foi destacando com a camisola do modesto Ascoli.

Estreia nas Antas

Em 1995, deu o salto para a Udinese, onde os seus golos chamaram a atenção do selecionador nacional Berti Vogts. Estreou-se na selecção no Estádio das Antas, num amigável contra Portugal, a 21 de Fevereiro de 1996.
 
A 27 de março, no seu segundo jogo com a camisola da Mannschaft, estreou-se a marcar, apontando os dois golos da vitória sobre a Dinamarca. Não estranhou então que fosse chamado por Vogts para participar no europeu de Inglaterra. 
 
Um europeu dececionante...
 
Entrou no primeiro jogo aos 83 minutos, na vitória por 2x0 sobre a Rep. Checa. No segundo encontro, ganhou a titularidade a Bobic e foi titular contra a Rússia, onde acabou substituído a cinco minutos do fim, voltando a ficar em branco.
 
A carreira de Bierhoff no Euro 96 parecia condenada ao fracasso, depois de ficar no banco de suplentes no terceiro jogo contra a Itália, e nunca ser chamado por Vogts para jogar nem por um minuto nos jogos dos quartos e meias-finais.
 
... ou talvez não
 
No dia da grande final voltou a ficar no banco, e tudo parecia correr mal até que Patrick Berger colocou os checos na frente. Vogts olhou para o banco, ainda hesitou, mas aos 69 minutos lançou Bierhoff no jogo. 
 
Quatro minutos depois de ter entrado, marcou o golo do empate. O jogo ficou tenso, mas nenhuma das equipas logrou marcar até ao final dos 90 minutos.
Tudo seria decidido no prolongamento, onde de novo Bierhoff apontou o 2x1 aos 95, no primeiro golo de ouro numa grande competição, garantindo a vitória alemã no europeu.
 
Um Hattrick para a história
 
Em 1997, na qualificação para o França 98, voltou a fazer história, ao entrar a 20 minutos do fim de um Irlanda do Norte x Alemanha, quando a sua equipa perdia por uma bola a zero, e ao apontar o mais rápido hattrick da história da Nationalelf. Curiosamente, os três golos foram todos assistidos por Thomas Häßler, que tinha entrado em campo ao mesmo tempo que Bierhoff.
 
Presente no Mundial de França, onde a Alemanha caiu com estrondo nos quartos-de-final, após derrota 0x3 com a Croácia, acabou por chamar a atenção do Milan, que o contratou.
 
Jogaria ainda no Monaco e no Chievo Verona, e pela seleção estaria ainda presente no «desastre alemão» do Euro 2000, e na redenção do Mundial do Japão e Coreia, onde Bierhoff acabaria por participar na final, que a Alemanha perdeu para o Brasil (2x0).
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Oliver Bierhoff (GER)
Oliver Bierhoff (GER)
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