"A Preto e Branco” é uma coluna de opinião que procurará reflectir sobre o futebol português em todas as suas vertentes, de uma forma frontal e sem tibiezas nem equívocos, traduzindo o pensamento em liberdade do seu autor sobre todas as questões que se proponha abordar.
Este Mundial da Rússia já era estranho antes de ter começado por razões que vão desde a escolha das cidades que sediaram jogos, demasiado concentradas num país que é o maior do mundo, até às selecções que não conseguiram apurar-se.
Foi, de facto, estranho constatar que a Itália, a Holanda e o Chile não marcaram presença num certame de que costumam ser, especialmente as duas primeiras, clientes habituais e, no caso dos italianos, com vários títulos já conquistados, sendo o último deles em 2006 no Mundial da Alemanha.
Os chilenos, campeões sul-americanos em título, também não conseguiram lograr o apuramento não confirmando, na fase de qualificação, o domínio que mostraram na última Copa América.
Quanto à Holanda, é a mais infeliz das selecções em termos de Mundiais, porque já perdeu três finais, sendo duas em casa do outro finalista (Alemanha em 1974 e Argentina em 1978 e nunca ganhou nenhuma), e, atualmente, encontra-se em fase de renovação de valores, mas sem craques de antigamente como Cruyff, Van Basten ou Ruud Gullit.
E o Mundial continuou estranho depois de se iniciar a fase de grupos.
Estranho porque as equipas teoricamente favoritas não tiveram prestações convincentes e sentiram grande dificuldades perante adversários teoricamente mais fracos, chegando ao ponto de, nalguns casos, nem os conseguirem ultrapassar quer nos jogos entre eles, quer na própria classificação dos grupos.
E nessa estranheza insere-se, naturalmente e com grande destaque, o facto de a Alemanha, campeã mundial em título e por muitos apontada como grande favorita a revalidar o triunfo na prova, ter ficado pela fase de grupos e num impensável último lugar do seu grupo depois de derrotada por México e Coreia do Sul.
Foi um aviso aos outros favoritos.
Porque nos oitavos de final a razia continuou em termos de equipas com pretensões de chegar mais longe, até ganharem a prova.
Portugal, o actual campeão europeu, ficou pelo caminho frente a um Uruguai que soube levar a água ao seu moinho e afastou da prova uma selecção que não se assumia como favorita, mas tinha as suas pretensões e apresentava como bandeira o “Bola de Ouro” Cristiano Ronaldo.
No mesmo dia, a Argentina, duas vezes campeã mundial e com Messi como grande figura, não conseguiu resistir a uma forte selecção francesa e foi afastada depois de um dos melhores jogos deste Mundial.
No dia seguinte também a Espanha, fragilizada pelo inacreditável episódio Lopetegui, abandonou a prova eliminada por uma selecção russa que soube sofrer e levar a disputa para penáltis onde foi mais competente, tendo eliminado uma das principais favoritas.
E este estranho mundial, que começou sem Itália, Holanda e Chile chegou aos quartos de final sem o campeão mundial, sem o campeão europeu e sem dois ex-campeões mundiais o que, não sendo caso para abrir a boca de espanto, constitui sempre motivo para alguma surpresa.
Mas os quartos de final não quiseram destoar do restante.
E se a vitória da França sobre o Uruguai tem de se entender como normal a todos os títulos, tal a superioridade francesa, já a queda do Brasil aos pés de uma eficiente Bélgica significou o afastamento da selecção com mais títulos, a única que disputou todos os Mundiais e aquela que muitos viam como principal candidata depois da eliminação da Alemanha.
E não deixa de ser...estranho saber que se França e Bélgica vão disputar uma das meias finais na outra estarão selecções como a Rússia, a Croácia, a Suécia e a Inglaterra o que significa que uma dessas quatro selecções disputará a final com o apurado do confronto franco-belga!
Porque se trata de selecções que no início deste Mundial, por razões de ranking e histórico, ninguém esperaria vê-las a chegar à final da competição face ao que se supunha como maior poderio de outras equipas.
Mas o encanto e o sortilégio do futebol estão precisamente no imprevisto dos resultados, no agigantamento dos supostamente mais fracos, nos vencedores inesperados das competições. Veja-se o Europeu 2016 como grande exemplo!
E por isso neste Mundial da Rússia se há coisa que não arrisco são previsões quanto ao vencedor. Porque desconfio, e com bastas razões para isso, que este Mundial vai ser estranho até ao fim!
Porque desconfio, e com bastas razões para isso, que este Mundial vai ser estranho atéEste Mundial da Rússia já era estranho antes de ter começado por razões que vão desde a
escolha das cidades que sediaram jogos, demasiado concentradas num país que é o maior do
mundo, até às selecções que não conseguiram apurar-se.
Foi, de facto estranho, constatar que a Itália,a Holanda e o Chile não marcaram presença num
certame de que costumam ser, especialmente as duas primeiras, clientes habituais e no caso
dos italianos com vários títulos já conquistados sendo o último deles em 2006 no Mundial da
Alemanha.
Os chilenos, campeões sul americanos em título também não conseguiram lograr o
apuramento não confirmando na fase de qualificação o domínio que mostraram na última
Copa América.
Quanto à Holanda, a mais infeliz das selecções em termos de mundiais porque já perdeu três
finais sendo duas em casa do outro finalista (Alemanha em 1974 e Argentina em 1978e nunca
ganhou nenhuma) , está em fase de renovação de valores não tendo hoje craques como
Cruyff, Van Bastem ou Ruud Gullit.
E o Mundial continuou estranho depois de se iniciar a fase de grupos.
Estranho porque as equipas teoricamente favoritas não tiveram prestações convincentes,
vendo-se com grande dificuldades perante adversários teoricamente mais fracos e chegando
ao ponto de nalguns casos nem os conseguirem ultrapassar quer nos jogos entre eles quer na
própria classificação dos grupos.
E nessa estranheza insere-se, naturalmente e com grande destaque, o facto de a Alemanha
campeão mundial em título e por muitos apontada como grande favorita a revalidar o triunfo
na prova ter ficado pela fase de grupos e num impensável último lugar do seu grupo depois de
derrotada por México e Coreia do Sul.
Foi um aviso aos outros favoritos.
Porque nos oitavos de final a razia continuou em termos de equipas com pretensões a
chegarem longe e até a ganharem a prova.
Portugal, o actual campeão europeu, ficou pelo caminho frente a um Uruguai que soube levar
a água ao seu moinho e afastou da prova uma selecção que não se assumia como favorita mas
tinha as suas pretensões e apresentava como bandeira o “bola de ouro” Cristiano Ronaldo.
No mesmo dia a Argentina, duas vezes campeã mundial e com Messi como grande figura, não
conseguiu resistir a uma forte selecção francesa e foi afastada depois de um dos melhores
jogos deste Mundial.
No dia seguinte também a Espanha, fragilizada pelo inacreditável episódio Lopetegui,
abandonou a prova eliminada por uma selecção russa que soube sofrer e levar a disputa para
penáltis onde foi mais competente e eliminou uma das principais favoritas.
E este estranho mundial, que começou sem Itália,Holanda e Chile chegou aos quartos de final
sem o campeão mundial, sem o campeão europeu e sem dois ex campeões mundiais o que
não sendo caso para abrir a boca de espanto constitui sempre motivo para alguma surpresa.
Mas os quartos de final não quiseram destoar do restante.
E se a vitória da França sobre o Uruguai tem de se entender como normal a todos os títulos, tal
a superioridade francesa, já a queda do Brasil aos pés de uma eficiente Bélgica significou o
afastamento da selecção com mais títulos , única que disputou todos os mundiais e aquela que
muitos viam como principal candidata depois da eliminação da Alemanha.
E não deixa de ser...estranho saber que se França e Bélgica vão disputar uma das meias finais
na outra estarão selecções como a Rússia, a Croácia, a Suécia e a Inglaterra o que significa que
uma dessas quatro selecções disputará a final com o apurado do confronto franco-belga!
Porque se trata de selecções que no início deste Mundial, por razões de ranking e histórico,
quase ninguém esperaria ver chegarem à final da competição face ao que se supunha maior
poderio de outras equipas.
Mas o encanto e o sortilégio do futebol estão precisamente no imprevisto dos resultados, no
agigantamento dos supostamente mais fracos, nos vencedores inesperados das competições.
Veja-se o Europeu 2016 como grande exemplo!
E por isso neste Mundial da Rússia se há coisa que não arrisco são previsões quanto ao
vencedor.
Porque desconfio, e com bastas razões para isso, que este Mundial vai ser estranho atéEste Mundial da Rússia já era estranho antes de ter começado por razões que vão desde a
escolha das cidades que sediaram jogos, demasiado concentradas num país que é o maior do
mundo, até às selecções que não conseguiram apurar-se.
Foi, de facto estranho, constatar que a Itália,a Holanda e o Chile não marcaram presença num
certame de que costumam ser, especialmente as duas primeiras, clientes habituais e no caso
dos italianos com vários títulos já conquistados sendo o último deles em 2006 no Mundial da
Alemanha.
Os chilenos, campeões sul americanos em título também não conseguiram lograr o
apuramento não confirmando na fase de qualificação o domínio que mostraram na última
Copa América.
Quanto à Holanda, a mais infeliz das selecções em termos de mundiais porque já perdeu três
finais sendo duas em casa do outro finalista (Alemanha em 1974 e Argentina em 1978e nunca
ganhou nenhuma) , está em fase de renovação de valores não tendo hoje craques como
Cruyff, Van Bastem ou Ruud Gullit.
E o Mundial continuou estranho depois de se iniciar a fase de grupos.
Estranho porque as equipas teoricamente favoritas não tiveram prestações convincentes,
vendo-se com grande dificuldades perante adversários teoricamente mais fracos e chegando
ao ponto de nalguns casos nem os conseguirem ultrapassar quer nos jogos entre eles quer na
própria classificação dos grupos.
E nessa estranheza insere-se, naturalmente e com grande destaque, o facto de a Alemanha
campeão mundial em título e por muitos apontada como grande favorita a revalidar o triunfo
na prova ter ficado pela fase de grupos e num impensável último lugar do seu grupo depois de
derrotada por México e Coreia do Sul.
Foi um aviso aos outros favoritos.
Porque nos oitavos de final a razia continuou em termos de equipas com pretensões a
chegarem longe e até a ganharem a prova.
Portugal, o actual campeão europeu, ficou pelo caminho frente a um Uruguai que soube levar
a água ao seu moinho e afastou da prova uma selecção que não se assumia como favorita mas
tinha as suas pretensões e apresentava como bandeira o “bola de ouro” Cristiano Ronaldo.
No mesmo dia a Argentina, duas vezes campeã mundial e com Messi como grande figura, não
conseguiu resistir a uma forte selecção francesa e foi afastada depois de um dos melhores
jogos deste Mundial.
No dia seguinte também a Espanha, fragilizada pelo inacreditável episódio Lopetegui,
abandonou a prova eliminada por uma selecção russa que soube sofrer e levar a disputa para
penáltis onde foi mais competente e eliminou uma das principais favoritas.
E este estranho mundial, que começou sem Itália,Holanda e Chile chegou aos quartos de final
sem o campeão mundial, sem o campeão europeu e sem dois ex campeões mundiais o que
não sendo caso para abrir a boca de espanto constitui sempre motivo para alguma surpresa.
Mas os quartos de final não quiseram destoar do restante.
E se a vitória da França sobre o Uruguai tem de se entender como normal a todos os títulos, tal
a superioridade francesa, já a queda do Brasil aos pés de uma eficiente Bélgica significou o
afastamento da selecção com mais títulos , única que disputou todos os mundiais e aquela que
muitos viam como principal candidata depois da eliminação da Alemanha.
E não deixa de ser...estranho saber que se França e Bélgica vão disputar uma das meias finais
na outra estarão selecções como a Rússia, a Croácia, a Suécia e a Inglaterra o que significa que
uma dessas quatro selecções disputará a final com o apurado do confronto franco-belga!
Porque se trata de selecções que no início deste Mundial, por razões de ranking e histórico,
quase ninguém esperaria ver chegarem à final da competição face ao que se supunha maior
poderio de outras equipas.
Mas o encanto e o sortilégio do futebol estão precisamente no imprevisto dos resultados, no
agigantamento dos supostamente mais fracos, nos vencedores inesperados das competições.
Veja-se o Europeu 2016 como grande exemplo!
E por isso neste Mundial da Rússia se há coisa que não arrisco são previsões quanto ao
vencedor.
Porque desconfio, e com bastas razões para isso, que este Mundial vai ser estranho até