"O sítio dos Gverreiros” é uma coluna de opinião de assuntos relativos ao SC Braga, na perspetiva de um olhar de adepto braguista, com o sentido crítico necessário, em busca de uma verdade externa ao sistema.
A Nazaré acolhe, uma vez mais, a Euro Winers Cup, uma espécie de Liga dos Campeões de futebol de praia, onde Portugal teve, de início, entre os seus representantes o SC Braga, e a Casa do Benfica de Loures, numa altura em que as equipas russas, habitualmente fortes, ficaram de fora devido às sanções impostas por causa da lamentável guerra que existe desde a invasão da Ucrânia.
No futebol de praia é amplamente reconhecido o prestígio do SC Braga, que lidera o ranking mundial da modalidade e que esta época tenta recuperar o título de campeão europeu, perdido na época anterior, numa final frente aos russos do BSC Kristall que aparecia ferida pelo castigo de Lucão, uma peça muito importante para os bracarenses nessa altura, na sequência de uma expulsão lamentável da arbitragem na famigerada meia-final que antecedeu a decisão do título, que os portugueses perderam de forma inglória e pouco afortunada.
Voltemos a esta temporada e à competição de se disputa entre os nazarenos, no estádio cujo nome consagra Jordan Santos, um dos elementos do plantel de qualidade dos Gverreiros das areias. Foi relativamente tranquilo o percurso até à final por parte dos brácaros, que obtiveram resultados que deixavam poucas dúvidas sobre o nível existente em Braga. A outra equipa presente no jogo decisivo é a Casa do Benfica de Loures, que joga uma final inédita e histórica por esta se disputar, pela primeira vez, entre equipas do mesmo país. A decisão das areias na Nazaré representa hoje uma reedição do que se tem passado a nível interno, onde, na temporada anterior, as equipas ficaram nos dois primeiros lugares, disputaram a final da Taça de Portugal e, já esta época, a Supertaça, com o SC Braga a vencer em todas estas competições.
Pelo exposto, os arsenalistas surgem como favoritos na final, condição que já detinham no início da competição. Mas, nas areias como nos relvados, o favoritismo confirma-se no retângulo de jogo, pelo que espero que o Minho esteja representado pela qualidade habitual que o plantel bracarense garante, aliado a uma fibra e entrega ao jogo que caracterizam o espírito guerreiro desta equipa. Desejo, com toda a sinceridade, que o capitão e responsável técnico Bruno Torres volte a colocar aquele capacete de Gverreiro, que já é uma imagem de marca nas conquistas dos Gverreiros das areias, e que a sorte proteja a equipa neste momento importante de decisão internacional, ante um adversário nacional forte.
Longe das areias, destaco a conquista da equipa B de futebol feminino do SC Braga que se sagrou campeã da terceira divisão. A jovem equipa bracarense, com a subida de divisão garantida, empatou em Famalicão a um golo, no jogo da segunda mão, depois de ter vencido o primeiro encontro, em Braga, por 1x0. Um título é um título, pelo que endereço os meus parabéns a todo o grupo de trabalho envolvido neste sucesso. Aliás, ao nível de outras modalidades existe registo de várias conquistas do SC Braga, que orgulham quem gosta deste símbolo e coroam trabalhos meritórios realizados.
O período de paragem das competições, entre o fim de uma época e princípio da outra, tem tido as atenções do país futebolístico voltadas para as diferentes seleções nacionais, onde o SC Braga tem tido alguns atletas com prestações de qualidade, em que os golos de Ricardo Horta, qual D. Sebastião de regresso à seleção A mesmo sem nevoeiro, de Vitinha, ao serviço dos Sub 21 de Portugal e, no mesmo escalão, de Abel Ruiz, habitual capitão da forte seleção espanhola, ajudaram as respetivas equipas a obterem bons resultados. A valorização destes jogadores com as presenças influentes nas seleções torna-se uma realidade. A seguir vem o merecido descanso através das férias que os jogadores fizeram por merecer, ficando a dúvida se todos regressam a Braga no início dos trabalhos da próxima temporada, que se aproxima rapidamente. O tempo dará a resposta.