O futebol parou por tudo mundo devido ao surto de coronavírus e por todo o mundo há portugueses à espera de ultrapassar esta situação para voltarem a fazer o que mais gostam: jogar futebol.
Neste tempo em que o exigido é «ficar em casa», o zerozero foi conversar com vários portugueses espalhados pelos quatro cantos do Mundo para perceber como tem sido este período sem futebol e como têm acompanhado toda esta situação, lá fora e em Portugal. Sempre à distância, claro.Da vizinha Espanha à longíqua Indonésia, o mote passa por ficar em casa e ler os relatos da rubrica: «O meu futebol em quarentena».
zerozero (ZZ): Como tens ocupado o teu dia durante a quarentena?
Rafael Lopes (RL): Ocupo o meu dia com os meus filhos e a minha mulher. Ajudo o meu filho mais velho a fazer os trabalhos de casa e depois brincar com os dois. Tentamos arranjar algumas brincadeiras para que não passem o dia todo em frente à televisão. E, claro, faço os meus treinos.
ZZ: Que indicações te deu o clube?
RL: Neste momento começamos com treinos individuais em casa, com plano feito pelo clube. Treino quase sempre de manhã e de tarde.
ZZ: Como é ficar tanto tempo em casa?
RL: Nao vou mentir… Está a custar um bocado, mas tem de ser. É para o bem de todos e nesta fase não podemos ser egoístas. Temos de ficar em casa.
ZZ: Que conselhos deixas (leitura, filmes, séries...)?
RL: Filmes por acaso até não tenho visto muito nos últimos tempos. Tenho visto mais séries com a minha mulher. Por exemplo: Elite, La Casa de Papel... Estas são as que estamos a assistir neste momento.
ZZ: Tens mantido contacto com os teus colegas?
RL: Sim, falamos algumas vezes no grupo que temos. Algumas vezes trocamos vídeos engraçados das redes sociais. Ultimamente falamos mais sobre aquilo que está a acontecer.
ZZ: Como tens acompanhado a situação em Portugal?
RL: Infelizmente, acompanho com alguma tristeza/frustração, agora nem tanto porque as pessoas já estão a cumprir com o que foi pedido. Mas pouco tempo atrás as pessoas em Portugal não cumpriam com o que era pedido… A doença a tomar conta do país e as pessoas nas praias, esplanadas, etc... Uma vergonha. Mas agora acho que já estão a cumprir e isso é um bom sinal.
ZZ: Como está a situação na Polónia?
RL: Aqui na Polónia são quase 40 milhões de pessoas e acho que tem 900/1000 casos. O país não demorou muito a tomar medidas. Fecharam logo tudo, incluindo fronteiras e isso travou o contágio. Mas o mais importante é que as pessoas cumpriram e cumprem o que o governo pede.
ZZ: Como contas regressar à competição? Tem sido fácil manter a forma?
RL: Sinceramente, penso que este ano já não haverá competição, mas isto é a minha opinião. Espero estar enganado porque quero treinar e jogar. Mas o mais importante não é isso, o mais importante é este vírus desaparecer e ficar tudo bem no mundo inteiro. Como disse antes, tenho feito e cumprido com o plano que o clube me passou e tento comer bem, sem exageros e saudável para não ganhar massa gorda, visto que já não desgasto como num dia normal de treino.
ZZ: Quando isto acabar, qual é a primeira coisa que queres fazer?
RL: Quando isto acabar a primeira coisa que quero fazer é voltar para Portugal, claro.