Luís Castro, antes de regressar à Arábia Saudita, prestou declarações à imprensa no aeroporto Humberto Delgado. O técnico do Al Nassr teceu rasgados elogios a Cristiano Ronaldo, jogador que orienta no emblema saudita.
«O Cristiano [Ronaldo], assim como todos os jogadores que estão dentro do plantel, tem dado o melhor de si. Será sempre uma referência pela forma diária como trabalha, recupera, como se preocupa com a alimentação e como olha para a sua profissão, algo que o apaixonou desde miúdo», salientou.
Para além do internacional português, Luís Castro elogiou o comportamento do restante plantel: «Com o Cristiano, estão outros jogadores de nível mundial, e outros que o querem ser, que geram diariamente energias muito boas para atingirmos o sucesso. É isso que tem acontecido e é muito bom treiná-los, porque todos eles têm essa capacidade de perceber que o futebol exige todos os dias o melhor deles.»
Sobre a contratação de Otávio, proveniente do FC Porto, o treinador de 62 anos explicou a preponderância de ter jogadores com «caráter muito forte» na equipa.
«Para além de contratarmos jogadores bons, têm de ser jogadores com personalidade e caráter muito forte. Só um caráter forte consegue aguentar temperaturas tão altas. Temos jogado entre os 35 e os 40ºC e temos dado muito de nós. O Otávio entrou na caracterização do jogador para a posição e tem sido uma adaptação muito boa. É um jogador que se entrega muito ao jogo e tem no meio-campo colegas também com um andamento muito forte. É mais um a ajudar-nos a tentar conquistar títulos», referiu.
Após a conquista da Taça dos Campeões Árabes, a formação de Riade não teve um arranque positivo no campeonato, sofrendo dois desaires nas jornadas inaugurais. Contudo, Luís Castro acredita numa recuperação pontual: «Nas duas primeiras jornadas, tivemos percalços que não nos deram pontos. A época começou com um troféu e temos previsto, como objetivo da época, conquistar troféus. Conquistámos um, agora vamos à procura dos outros que temos pela frente.»
O mercado de transferências na Arábia Saudita continua aberto, contudo, o clube já chegou ao limite máximo de jogadores estrangeiros permitido pelos regulamentos. O treinador de 62 anos confessou ter tido algumas dificuldades na montagem do plantel.
«[O dinheiro] Parece não ter fim, mas tem, porque eu tive dificuldade em contratar e perdi jogadores que queria. O clube contratou outros que queria, mas, pelo caminho, perdemos alguns», referiu.
Recorde-se que o Al Nassr ocupa atualmente o sexto posto do campeonato saudita, estando a quatro pontos da liderança assumida pelo Al Hilal, de Jorge Jesus e Rúben Neves, e pelo Al Taawon.