Liderança reforçada a ferros

Há três temporadas as duas equipas defrontavam-se na elite do futebol português, nesta terça-feira Feirense e Estoril-Praia protagonizaram o jogo de cartaz da jornada 23 da Liga Portugal SABSEG, num duelo entre vice-líder e líder que entravam em campo no Marcolino Castro separados por apenas um ponto. Esse único ponto passou a quatro, depois de um triunfo estorilista graças a um golo de Hugo Basto já aos 87 minutos.

Ao primeiro tempo faltou, desde logo, pouco mais do que os golos. Não que tenham 45 minutos repletos de situações próximas disso, as aproximações às balizas não foram frequentes, mas na intensidade das equipas era difícil apontar fosse o que fosse. Um jogo claramente entre duas excelentes equipas deste campeonato.

©Catarina Morais / Kapta +

Filipe Rocha tinha mexido apenas no meio-campo, com as entradas de Latyr Fall e Fábio Espinho, Bruno Pinheiro tinha feito regressar o figurino do duelo com o Benfica B depois da eliminação na Taça contra o... Benfica A. Dois contextos bem diferentes, mas a partida em Santa Maria da Feira mostrava bem o quão competitiva é também esta Liga Portugal SABSEG.

Nessa primeira fase, a primeira (rara) aproximação a uma das áreas foi do Feirense, a procurar tirar o melhor partido de um passe errado em zona proibida dos estorilistas, e a formação lisboeta respondeu com uma bola parada lateral, também a permitir aproximar um pouco a bola de Bruno Brígido. Jogava-se futebol rápido nesses primeiros 30 minutos, quebrado logo depois dessa primeira meia hora com a assistência ao guardião Daniel Figueira que permitiu a ambos os treinadores darem indicações atualizadas às respetivas equipas.

Foi pouco depois, pelos 33', que a pérola do Feirense que é o nigeriano Abraham Marcus quase deu aos fogaceiros mais um golo... e que golo teria sido. O extremo puxou da direita um pouco para o centro, como tanto gosta, e ainda de longa distância obrigou Daniel Figueira a uma defesa apertada na tentativa de fazer a bola sobrevoar o guardião. Animavam-se os fogaceiros, como seria de esperar, no seguimento de uma primeira parte com algum ascendente.

Claque 'Civitas Fortissima' mostrou o apoio à equipa da casa com uma tarja gigante no Topo Norte do Estádio Marcolino Castro ©Catarina Morais / Kapta +

O nulo no intervalo deixava um travo insípido a ambas as equipas, também a quem acompanhava o encontro, e a procura do golo prosseguiu no segundo tempo, claramente com mais oportunidades para o Estoril até ao eventual golo do triunfo. Aziz surgiu por duas vezes em excelentes posições para cabecear mas não conseguiu acertar na baliza de Bruno Brígido e ainda forçou o guardião a intervir depois de ser lançado por Harramiz e descoberto espaço para chutar no um para um com um defesa fogaceiro.

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Loreintz Rosier, vindo do banco, também não conseguiu acertar com a baliza do Feirense em boa posição, os fogaceiros iam-se segurando nesse período de aperto enquanto tentavam ameaçar na transição, mas numa bola parada a resistência foi mesmo quebrada. Pontapé de canto, uma primeira disputa de bola e o central Hugo Gomes a descobrir um espaço que não deveria ter existido para atirar para o fundo das redes.

O Feirense procurou salvar pelo menos um ponto nos minutos finais, João Victor podia bem ter arrancado o empate, mas falhou no cabeceamento. Os restantes também não conseguiram ter melhor acerto, já no limite das forças, e o prémio da noite foi para um líder cada vez mais líder, que travou a série de cinco vitórias dos fogaceiros e chegou ao quarto triunfo seguido no campeonato pela primeira vez na época.

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