Jonas puxou o gatilho e decidiu batalha do Bonfim

Arrancada a ferro e fogo. O Benfica venceu o Vitória FC (0x1) pela margem mínima no Estádio do Bonfim, num jogo de muitos nervos e… faltas. Os encarnados beneficiaram dos momentos de qualidade no primeiro tempo que lhe permitiram chegar à vantagem e acabaram a sofrer (e muito!) depois de Rafa falhar, por duas ocasiões, o 0x2.

Muitas faltas, pouco jogo…

A primeira parte no Estádio do Bonfim foi uma autêntica batalha. Muitas faltas, muitas interrupções e… pouco jogo. O Benfica salvou os primeiros 45 minutos com alguns lances de qualidade, entre eles aquele que desbloqueou o marcador nas águas turvas do Sado.

Numa altura em que o Benfica até revelava alguma dificuldade de progressão, muito por culpa da pressão alta dos homens de Lito Vidigal, os encarnados vislumbraram uma janela de oportunidade e conseguiram construir o golo com recurso a régua e esquadro.

Grimaldo e Zivkovic combinaram na ala esquerda, a bola foi ter com Gedson Fernandes e o internacional português colocou o esférico à medida do goleador Jonas, que não falhou o alvo, com uma finalização fria na cara de Cristiano.

Os sadinos ripostavam com a velocidade de Jhonder Cádiz e Mendy, duas estacas muito velozes, que criaram alguns problemas aos elementos do setor recuado das águias, e com o recurso insistente ao duelo físico.

Ainda assim, ainda antes do intervalo, o Benfica foi quem esteve mais perto de voltar a marcar, mas o remate de Zivkovic bateu caprichosamente no poste. O mesmo Zivkovic, poucos minutos depois, evitou que Éber Bessa restabelecesse a igualdade. Muita cerimónia do médio brasileiro.

Foi preciso aguentar (e sofrer) até ao fim…

25. Era este o registo de faltas ao intervalo. Um número que prejudicou sobremaneira o espetáculo e que ameaçava assumir outras proporções no segundo tempo.

O Benfica continuou por cima da partida, com mais oportunidades criadas – veja-se os lances de Rafa Silva (57’ e 67’) -, mas, sem conseguir fazer o segundo, as águias deram espaço à esperança do Vitória FC.

Lito Vidigal mudou logo ao intervalo, dando um novo pulmão ao meio-campo com a entrada de Rúben Micael, em detrimento da irreverência do apagado Hildeberto Pereira, e não desarmou na busca pelo golo do empate.

Apostado no contra-ataque e na velocidade dos seus homens mais adiantados no terreno, o Vitória criou algumas situações de perigo, aproveitando o nervoso que ia surgindo nos homens do Benfica, por culpa do avançar do relógio e da incerteza criada pela vantagem pela margem mínima.

Os sadinos acreditaram mesmo e os últimos minutos foram um autêntico sufoco para a equipa encarnada. E se não fosse Vlachodimos a negar o golo a Jhonder Cádiz, com uma defesa estupenda, aos 89 minutos, e a história seria outra. Não foi. Foi mesmo esta.