Portugal e Ucrânia defrontaram-se no derradeiro jogo do grupo A, com a vitória a sorrir à seleção nacional por apenas 0x1. Jogo muito difícil para Portugal, perante a excelente réplica dos ucranianos, fiéis aos seus princípios de jogo, que fizeram de André Sousa o homem do jogo para o zerozero, pois teve bastante trabalho em conseguir manter a baliza de Portugal inviolada.
Apesar da derrota, é mesmo a Ucrânia quem segue com Portugal para os quartos de final, visto que a Sérvia venceu os Países Baixos no outro jogo do grupo, e os ucranianos eram quem tinha a melhor diferença de golos das três seleções, por larga margem.
Com este resultado, Portugal marca encontro com a estreante Finlândia, que surpreendeu a Eslovénia a apurou-se para a fase a eliminar, ao passo que a Ucrânia marca encontro com o Cazaquistão, seleção que venceu o grupo B. As eliminatórias começam na próxima segunda-feira, 31 de janeiro.
A primeira parte não fugiu ao previsto, com Portugal a assumir o jogo, tendo muito mais posse de bola e pensando o jogo, ao passo que os ucranianos apostavam tudo no seu coeso bloco defensivo, saindo em transições rápidas e venenosas ou apostando no jogo direto para o pivot, que puseram André Sousa à prova algumas vezes, tendo ainda enviado uma bola no poste, por intermédio de Ihor Cherniavskyi, logo aos 4’.
Portugal criava oportunidades, mas poucas, e, desta vez, nem mesmo no sistema 3:1, com Zicky em campo, conseguia abrir espaços na área ucraniana. Pany era o que melhor encontrava espaços, mas demonstrava pontaria desafinada.
Aos 17’, a Ucrânia pediu pausa técnica, mas foi Jorge Braz quem melhor a aproveitou. A Seleção Nacional acelerou um pouco mais o jogo, conseguindo retirar os ucranianos da sua zona de conforto, e deixando de permitir transições aos adversários.
Na segunda parte, Portugal voltou com a lição estudada, imprimindo muita dinâmica ao jogo, não dando veleidades aos ucranianos nas transições, e posicionando-se muito bem defensivamente para negar as investidas através do jogo direto. A Seleção Nacional tinha mais bola, criava mais perigo, e tinha no guarda-redes Tsypun um adversário à altura.
A Ucrânia precisava do resultado, e arriscou no 5x4+GR logo a partir dos 28’, com Mykhailo Zvarych como guarda-redes avançado. Só que o camisola 19 ucraniano lesionou-se pouco depois, obrigando o selecionador ucraniano a apostar em Serhiy Zhurba como guarda-redes avançado, a partir dos 33’.
Portugal defendia de forma exímia, como é seu apanágio, e procurava chegar ao golo, que acabou por aparecer, aos 37’, por Zicky Té. Belo trabalho do pivot após assistência de Cecílio, abrindo finalmente o ativo.
As notícias que chegavam de Amesterdão eram animadoras para a Ucrânia, pois a vitória da Sérvia permitia aos ucranianos passar na mesma aos quartos de final, no segundo lugar do grupo. Ainda assim, a Ucrânia não desistiu de procurar o golo, obrigando André Sousa a brilhar nos minutos finais, negando o golo aos ucranianos, particularmente a Serhiy Zhurba, mantendo a baliza nacional a zeros até ao apito final.