Após 90 minutos de pouco futebol e um 0x0 condizente, o Al-Ahly acabou por garantir o último lugar do pódio no Mundial de Clubes ao bater o Palmeiras nas grandes penalidades (3x2).
Há quem diga que os encontros que definem os terceiro e o quarto lugares de qualquer competição são uma espécie de arrastar de «dor» depois de falhada a presença na final; que nenhuma equipa e nenhum jogador pode sentir prazer por ter de entrar em campo para este tipo de desafios. Não sabemos se terá sido o caso de Palmeiras e Al Ahly, esta quinta-feira, na discussão pelo pódio no Mundial de Clubes, mas a verdade é que o jogo foi um longo bocejo à espera de um golo caído do céu.
Ainda a «sangrar» pela derrota nas meias-finais diante do Tigres, o Palmeiras de Abel Ferreira pareceu sempre a equipa menos disposta a sair do Catar com uma medalha. É certo que Rony teve dois bons momentos na primeira que podiam ter resultado em algo mais, mas foi demasiado curto o futebol dos brasileiros. Do outro lado, os egípcios - menos talentosos - tiveram, pelo menos, uma intenção de entrega ao jogo, ainda que isso tenha revelado pouco em termos práticos.
E antes da inevitabilidade das grandes penalidades, nota apenas para um momento de ilusória felicidade no Education City Stadium (novamente com algum público). Foi ao minuto 67, quando Mohamed viu Weverton voar para defesa aparatosa e, na sequência, a bola acabar na baliza dos brasileiros. O lance seria, no entanto, invalidado por fora de jogo.
Chegado ao momento de decisão, a tendência manteve-se. Num jogo em que nenhuma equipas fez muito para ganhar, até as grandes penalidades seguiram o padrão. Das primeiras cinco, quatro não entraram (destaque para os remates displicentes de Rony e Luiz Adriano). A coisa endireitou-se depois, até que Felipe Melo perdeu o duelo com El-Shenawi, no último remate da série de cinco, e entregou a vitória ao Al-Ahly (3x2).
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