Inevitavelmente, a equipa de Abel Ferreira desequilibrou-se algumas vezes na transição defensiva, mas não foi por Matheus que deixou de acreditar num bom resultado. Depois de ter sofrido três golos na primeira mão e de ter evitado ainda mais, o guardião brasileiro voltou a ser decisivo ao impedir golos iminentes de Valère Germain e Lucas Ocampos, mantendo sempre a esperança minhota viva até ao apito final do árbitro.
Por vezes trapalhão no momento da saída a partir de trás, mas sempre perigoso do meio-campo para a frente. Foi do seu pé esquerdo que saiu o cruzamento que originou o golo de Ricardo Horta e outros aos quais os seus colegas não conseguiram corresponder da melhor forma. Acabou a partida visivelmente cansado. Representou a boa imagem minhota.
Depois da grande exibição em Guimarães, Wilson Eduardo chegou a este jogo com a motivação em alta. Foi sempre um dos elementos mais agitadores do ataque bracarense, aproveitando a sua velocidade para furar a defesa do Marselha. Assistiu Horta, mas não conseguiu fazer o golo nas oportunidades de que dispôs. Foi mais um guerreiro que deixou tudo em campo.
O trio do meio-campo do Marselha esteve bem, mas Morgan Sanson foi mais consistente que Maxime López. O médio de 23 anos lançou bolas perigosas e esteve nos lances de maior sobressalto da defesa minhota. Criterioso no passe, soube quando acelerar ou esperar pelo melhor timing para tentar armar jogadas que pudessem sentenciar a eliminatória.
O capitão do Marselha fechou bem o meio, obrigando o Braga a jogar e atacar pelas linhas. Colecionou várias recuperações, desarmes, sendo também o principal armador de jogo dos franceses. Calmo a decidir, acertivo no passe e nas marcações, o médio brasileiro pautou os tempos de saída de bola e também equilibrou o OM, defensivamente.
Com Dyego Sousa lesionado, Abel Ferreira apostou no egípcio para acompanhar Wilson Eduardo no ataque bracarense, mas o avançado foi uma presa fácil para a dupla Rolando-Rami. Incapaz de segurar as bolas e de se soltar da marcação para tabelar e dar apoio aos colegas, Hassan passou ao lado do jogo, não sendo, por isso, uma surpresa que tenha sido o primeiro elemento do Braga a abandonar o terreno de jogo.
1-0 | ||
Ricardo Horta 31' |