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    Empower Sports foi criada para apoiar atletas a este nível

    «Os títulos são importantes, mas os likes têm repercussão maior»: Um mundo novo, novos desafios

    Instagram, Twitter, Facebook, LinkedIn, Snapchat. O que têm estas redes sociais a ver com futebol? Atualmente? Tudo! O mundo está cada vez mais ligado e as aparências muitas vezes contam mais do que aquilo que é real. Um currículo é importante, mas o número de seguidores já ultrapassa qualquer Liga dos Campeões conquistada há 10 anos atrás.

    Erros por falta de estrutura de apoio

    Um dos muitos desafios da sociedade atual e dos desportistas em concreto passa pela comunicação nestes meios. Casos mediáticos como o de Lovren (suspenso um jogo por criticar Sérgio Ramos no Instagram), o de Matheus Pereira, no Twitter, ou de Renato Sanches, também no Instagram, são apenas alguns exemplos de como uma má gestão da imagem e do poder comunicacional pode ter influência na carreira e na forma como o mundo nos olha.

    ©Empower Sports

    Para responder a esses desafios, Pedro Pinto, ex-jornalista da RTP, SportTv e CNN, diretor de comunicação da UEFA e atual Diretor Não Executivo da Eleven Sports, decidiu criar a Empower Sports, uma agência de comunicação dedicada a todos os agentes desportivos, desde atletas, a treinadores ou dirigentes.

    Em todo o Mundo, os desportistas têm uma larga influência nas pessoas, não apenas a nível pessoal como a nível de consumidores. Vistos como uma marca, os desportistas precisam mais do que promoção e foi isso que conduziu à criação de uma agência de comunicação que vai procurar, nas palavras de Pedro Pinto, «proteger e fortalecer os clientes». Paulo Fonseca, Nani e Luís Boa Morte são clientes de uma marca que vem apostar num mercado que, até ao momento, era ignorado.

    Todos gostam de likes

    Casos como o de Cristiano Ronaldo ou Neymar mostram-nos o que é o jogador como marca. Os dois trabalham com empresas que gerem as suas imagens e que aumentam a sua influência na sociedade. Hoje em dia, quem se auto exclui acaba sempre por ser o excluído. Numa mesa redonda promovida pela Empower Sports foi possível perceber isso pela experiência de ex-jogadores - Vítor Baia, Nuno Gomes e Jorge Andrade - e do ex-treinador, agora diretor, José Couceiro.

    «O nosso foco era ser um exemplo para a sociedade, principalmente para os mais jovens», dizia Vítor Baía, que contou um caso concreto de falta de apoio a nível comunicacional, o seu.

    «Cheguei a Barcelona e naquela altura os empresários, a forma como estavam organizados, era quase como se fossemos solitários. Faziam o negócio e o atleta ficava entregue ao destino. Agravando a esta questão , como o meu empresário vivia longe e não tinha equipa à sua disposição, entregou a transferência a um empresário espanhol. Ele teve acesso ao meu contrato e quando chegou à hora de discutir os contratos com o clube veio tudo para a praça pública. Aí vacilei um pouco, levei porrada por todo o lado. Se tenho uma equipa comigo, desde a área da comunicação e alguém presente, não tenho dúvida que teria passado por essa fase de forma natural, ou se calhar nem teria acontecido», contou.

    ©Empower Sports

    O ex-guarda-redes reconhece que no princípio resistiu à ideia das redes sociais, mas com a experiência percebeu o quão importante era estar ativo na rede. O currículo? Esse já não valia tanto.

    «Vi-me confrontado com questões pertinentes. Os títulos são importantes, mas os likes têm repercussão maior. Senti isso a nível internacional, tinha títulos mas não tinha seguidores e isso para os patrocinadores não dava. Tive que entrar nesta nova era», revelou.

    Tal como Vítor Baía, também Nuno Gomes acabou por entrar na rede, ele que, a esse nível tem contado com ajuda familiar e que também receonhece: « perguntam sempre quantos seguidores temos, quantos viram a última publicação. As marcas dão muita importância a isso».

    «Muito provavelmente, hoje, nenhum de nós abriu um jornal. Vemos notícias no telemóvel, recebemos logo as notificações todas», começou por alertar José Couceiro, no momento da sua intervenção. O ex-treinador trouxe uma outra visão para a mesa e destacou o impacto das mudanças comunicacionais na forma de gestão de um balneário.

    «Um treinador acaba um jogo e basta ficar para fazer a flash que quando chega ao balneário os jogadores Têm mais informação do que nós. isto altera a forma de gerir. esta dimensão, que é global, tem um aspeto negativo», aponta o atual diretor técnico da FPF.

    A evolução tecnológica trouxe oportunidades para os atletas ficarem mais próximos daqueles que os seguem, mas com essas oportunidades apareceram desafios inesperados. Desafios esses que podem, agora, ser ultrapassados.

    Portugal
    Vítor Baía
    NomeVítor Manuel Martins Baía
    Nascimento/Idade1969-10-15(54 anos)
    Nacionalidade
    Portugal
    Portugal
    PosiçãoGuarda Redes

    Fotografias(55)

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