Vantagem Lyon no intervalo da eliminatória. A turma de Rudi Garcia bateu, na noite desta quarta-feira, a Juventus (1x0) graças a uma grande exibição dos três homens do meio campo. Numa perspetiva de ataque no primeiro tempo e com uma abordagem mais defensiva no segundo, os franceses conseguiram um resultado que os faz sonhar com os «quartos» e bem podem agradecer ao conjunto do miolo que foi exímio durante os 90 minutos.
Ronaldo parecia não querer demorar muito tempo a mostrar o porquê de ser o melhor marcador da história da Liga dos Campeões, mas o cruzamento com cheiro a remate ficou a centímetros da baliza. O português partia muitas vezes do lado esquerdo do ataque e foi daí que nasceram os seus melhores lances da primeira parte.
Nos primeiros minutos da partida, a Vecchia Signora conseguiu encostar a turma de Rudi Garcia ao seu meio campo, mas a qualidade estava só à espera para vir ao de cima. À passagem da meia hora de jogo, De Ligt teve de ser assistido e deixou a Juve em inferioridade numérica, ainda que temporariamente. Quem aproveitou foi o Lyon que chegou ao golo numa altura em que começava a ameaçar o primeiro.
O que se passou nos últimos 15 minutos da primeira parte foi um verdadeiro show do meio campo francês. Já o golo tinha saído dos pés de dois dos três, mas o mérito foi de todos. Aouar, Tousart e Bruno Guimarães, sem qualquer ordem em particular, deram um toque especial no jogo e a Juventus só via.
O reforço de inverno, Toko-Ekambi, em estreia absoluta na Champions, ainda ameaçou por duas vezes já perto da saída para o intervalo, mas Szczesny esteve seguro a garantir que a desvantagem fosse apenas de uma, ainda que se justificasse um fosso maior.
O início da segunda parte deu o mote para o que foram os segundos 45 minutos. Muita posse dos italianos, mas rotinas muito previsíveis e lentas que contribuíam para a dificuldade em chegar à baliza de Anthony Lopes, que foi um espectador durante grande parte do tempo.
Mérito, novamente, para o meio campo dos franceses, agora em tarefas opostas. Se, na primeira parte, sobressaíram no setor ofensivo, depois mostraram competência para controlar as investidas da Juve. Sarri mexeu na equipa e os resultados foram aparecendo de forma lenta.
Cuadrado saiu para a entrada de Higuain, fazendo com que Dybala ocupasse o lado direito, usando o seu pé esquerdo que tantas vezes é capaz de desbloquear jogos quando nada o indicava. O argentino ameaçou várias vez, numa altura em que a equipa da casa já se remetia a defender, numa tentativa de segurar a vantagem.
Os minutos finais foram de muita pressão dos italianos, ficando a sensação que o empate poderia chegar a qualquer momento. Dybala ainda reclamou de uma grande penalidade, - dá ideia que é derrubado por Bruno Guimarães - mas o árbitro mandou jogar. A equipa sai vencida de França e precisará de uma grande exibição para virar a eliminatória e seguir na competição.
Que exibição do trio do meio campo francês. Este foi apenas o segundo jogo de Bruno Guimarães com a camisola do Lyon, mas parece que já joga com Aouar e Tousart há anos. Foram sempre superiores ao meio campo contrário durante quase toda a partida.
Quase 80 minutos de avanço. A Juventus teve um jogo muito pouco inspirado até quase perto do fim. Depois de algumas mexidas e da mudança de estratégia do Lyon, a equipa acordou e somou várias oportunidades para empatar. Vão precisar de acordar mais cedo na segunda mão.
Gil Manzano vinha tendo um jogo controlado, sem erros. Aos 89 minutos parece ter tido um erro que mudaria o rumo da partida. Dybala foi derrubado na área e o espanhol mandou jogar. Decisão complicada, mas decisiva.