O Rio Ave venceu em Guimarães por 1x2 e subiu ao quinto lugar da Liga NOS. A equipa de Vila do Conde foi extremamente eficaz em todos os aspetos, pois marcou quando teve oportunidade e defendeu com grande personalidade.
A proximidade na tabela classificativa fazia prever um grande equilíbrio e as equipas não se fizeram rogadas a esse desafio.
Os minhotos acabaram por entrar melhor, Ivo Vieira repetiu praticamente a equipa que jogou com o FC Porto para a Taça da Liga, e a criatividade no meio campo vitoriano acabou por ser determinante para se perceber o rumo que o jogo ia ter. O Vitória ocupou mais terreno de jogo e tinha mais perigo, mas Kieszek ia segurando as maiores intenções da equipa vimaranense.
A pausa ajudou o Rio Ave e prejudicou o Vitória: A equipa de Guimarães perdeu a organização defensiva e o Rio Ave aplicou dois contra-ataques letais. Diego Lopes abriu as hostilidades com uma finalização perfeita. O brasileiro foi o primeiro a receber a bola de Kieszek, temporizou o ataque e depois da bola circular por toda a zona ofensiva vilacondense foi o brasileiro a fazer o remate final. Novo minuto, novo erro do Vitória na saída a jogar e novo golo do Rio Ave: Matheus Reis conseguiu fazer o segundo golo depois dos vilacondenses terem tido muito espaço no ataque.
Se na primeira parte o Rio Ave foi letal na forma como chegou aos golos, no segundo tempo a equipa de Carlos Carvalhal viu que tinha de sofrer para segurar a vantagem. Ivo Vieira mostrou logo o que queria quando trouxe do balneário João Carlos Teixeira e João Pedro. O Vitória passou a jogar com dois homens na frente e a equipa tinha a pele do rei vestida: Os minhotos fizeram uma ocupação territorial assinalável e daí a passar a haver armamento para a baliza de Kieszek foi um passo pequenino.
Depois de tentar de várias formas e com vários protagonistas, desde Davidson, passando por Bonatini ou até por Pêpê Rodrigues e João Carlos Teixeira, a equipa de Guimarães só conseguiu chegar ao golo com a ajuda do suspeito do costume. Tapsoba, num lance de insistência do Vitória, rematou, mas foi o desvio de João Pedro que colocou a bola no fundo da baliza de Kieszek.
Nos minutos finais o Vitória passou a usar mais o futebol direto e isso deixou a equipa de Carlos Carvalhal mais confortável. A verdade é que depois do golo a equipa de Ivo Vieira não teve mais nenhuma oportunidade soberana de golo e o Rio Ave defendeu de forma serena a magra vantagem.
É um dos grandes destaques desta época e em Guimarães voltamos a ver isso, o Rio Ave de Carvalhal é um exemplo de força tática. Contra o Vitória o Rio Ave soube esperar pelo momento certo para marcar, assim como soube defender com unhas e dentes essa vantagem.
No conforto da Cidade do Futebol e bem longe da chuva que caiu sobre Guimarães, António Nobre devia ter tido a capacidade de decidir com certeza. Falhou uma mão de Filipe Augusto que seria grande penalidade, e ainda houve o lance de grande penalidade que fez com que a partida estivesse parada oito minutos, e mesmo assim não conseguiu decidir e teve de ser Hélder Malheiro a ir ver ao monitor no estádio.
Hélder Malheiro sabia que não ia ter um jogo fácil, mas o que, com certeza, não estaria à espera era que os seus pares o tornassem mais difícil. Tirando o tempo extra que deu à partida devido às paragens, que foi pouco, e a expulsão a Filipe Augusto, esteve bem.