Foi só um teste e por isso o nulo entre Portugal e Eslovénia não é motivo de alarme. Sem grande oposição por parte do adversário, que só por uma vez rematou à baliza, Rui Jorge aproveitou para testar táticas e jogadores a pensar no encontro com a Noruega. O primeiro esboço não correu bem, mas o segundo aproximou-se muito mais do que se espera de Portugal. Faltaram apenas os golos para aquecer uma noite fria no António Coimbra da Mota.
Rui Jorge queria fazer do amigável com a Eslovénia um teste para o jogo com a Noruega e a equipa portuguesa fez isso mesmo: testou. No António Coimbra da Mota, as diferenças entre a equipa portuguesa e a eslovena eram óbvias e faziam deste teste um claro jogo-treino, tais eram as semelhanças com mais um dia passado na Cidade do Futebol.
Sem ser condicionado pela seleção eslovena, Portugal fez um treino de posse e criação de oportunidades. Se o primeiro aspeto foi bem sucedido, o segundo nem por isso, pelo menos no início da partida. Rui Jorge tentou começar em 4x4x2, com Rafael Leão e Dany Mota na frente e Jota e Miguel Luís nas alas, mas não manteve a estratégia durante muito tempo.
Com dificuldades para entrar no setor defensivo da seleção eslovaca, que nunca projetava nenhum dos seus cinco defesas e mantinha uma linha defensiva baixa, o selecionador nacional voltou ao tradicional 4x3x3, com Rafael Leão a passar para o lado esquerdo do ataque e a partir desse momento Portugal cresceu e chegou à segunda fase do teste.
Ainda em jogo, Rafael Leão e Dany Mota, este por duas vezes, deram os primeiros lampejos de um Portugal ofensivo e capaz de desbloquear defesas. Jota também ia crescendo e por isso foi dos poucos a continuar na segunda parte, procurando ajudar a desfazer um nulo que Portugal não merecia.
A entrada de jogadores como Daniel Bragança, Fábio Vieira e Pedro Mendes fez crescer a equipa portuguesa, que aumentou um pouco o ritmo e a pressão, mas nos momentos de maior interesse sobressaia sempre um nome - Jota. O extremo precisa de minutos e Rui Jorge percebeu isso, deixando-o em campo os 90 minutos.
A exibição do jovem de 20 anos foi em crescendo, tal como a da equipa, mas golos nem vê-los. Pedro Mendes foi quem mais se aproximou, com um remate de difícil execução a embater no poste da baliza eslovena. Ficaram algumas boas ideias, alguns nomes em evidência e o ponto fictício para a Eslovénia, que na ponta final do encontro mostrou satisfação com o resultado, apesar de ser apenas um amigável.
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