Não houve Candoso suficiente para tirar pontos ao Benfica, que venceu em Guimarães por 2-5, nesta noite de sexta-feira. André Coelho desbloqueou o jogo aos sete minutos e tornou a gestão da partida mais fácil, apesar de a turma de José Feijão ter tentado estancar o trabalho ofensivo do Benfica. Menos oportunidades criadas que o habitual, mas a mais-valia da equipa encarnada a sobrepor-se e a garantir mais três pontos para a Luz.
O Candoso, a jogar em casa emprestada – no pavilhão Francisco de Holanda -, procurou controlar desde cedo o desenho ofensivo de Joel Rocha, com a linha de pressão a meio-campo bem definida, para evitar a chegada à área dos encarnados. Como seria de esperar a iniciativa de jogo pertenceu ao Benfica, mas as dificuldades em encontrar espaço nos últimos dez metros notavam-se pelos vários remates de longe nos primeiros minutos.
Robinho foi o primeiro a ter o golo nos pés, depois da insistência de Miguel Ângelo, mas atirou para fora – iniciando uma série de desacertos na finalização.
Já perto dos dez minutos, e depois de Brito desperdiçar uma das melhores jogadas da primeira parte dos encarnados, Bruno Coelho ficou perto de inaugurar o marcador mas, depois de um grande trabalho na saída da pressão defensiva do Candoso, o capitão acertou na barra. Não demorou muito, ainda assim, a aparecer o primeiro – e da forma mais surpreendente. Numa má decisão ofensiva dos vimaranenses, Roncaglio agarra a bola e avança até ao meio-campo, deixando na direita para André Coelho e o fixo, na frente de Sandro Barradas, fez o 0-1.
A estratégia de Joel Rocha, como tem sido hábito, convidava às subidas constantes de Roncaglio para desmontar a defesa adversária, mas o perigo não surgia daí – também pela boa articulação do Candoso nas trocas defensivas. Só perto do intervalo, e ainda com Sandro na baliza do Candoso (José Ricardo entrou para substituir o guarda-redes que saiu lesionado), o placar voltou a mexer. Numa reposição lateral, Miguel Ângelo respondeu a uma bola aérea com um remate rasteiro que Fits desviou à boca da baliza.
A segunda parte trouxe maior equilíbrio no jogo, fruto de uma maior acutilância na pressão do conjunto de José Feijão, mas foi Fits a trazer golos, quatro minutos volvidos, depois de uma jogada objetiva dos encarnados, que com três passes colocaram a bola no segundo poste. O Benfica dominou até à meia hora de jogo, com Roncaglio a fazer o quarto de longa distância, aproveitando as subidas no terreno.
O Benfica controlava todas as operações no terreno, mas numa recuperação de bola de Paulinho Roxo junto à baliza de Roncaglio, José Rui, assistido pelo pivot brasileiro, reduziu a desvantagem, dando ânimo à equipa da casa. Não demorou muito para chegar o segundo, desta vez com Paulinho a fazer o golo, num duelo com Roncaglio, em que o guarda-redes falha o tempo de ataque e o brasileiro marca de cabeça, com um chapéu.
Animavam-se os adeptos da casa, mas André Coelho estava em dia sim e voltou a colocar água na fervura, com uma grande assistência para Robinho, a culminar um contra-ataque bem conseguido do Benfica. O russo, depois da saída precipitada à bola, fica com a baliza à sua mercê e coloca o resultado em 2-5.
O jogo entrava em lume brando, com o Benfica a circular a bola de ala a ala e de trás para a frente constantemente, sem grandes oportunidades criadas. José Feijão lançou o guarda-redes avançado com dois minutos para jogar, mas nada mudou, com poucas oportunidades criadas com esta estratégia.
2-5 | ||
Zé Rui 29' Paulinho Roxo 31' | André Coelho 9' Fits 16' 23' Diego Roncaglio 25' Robinho 32' |