Ao contrário do sugerido pelo selecionador nacional, João Mário confirma que a decisão do adeus à Seleção Nacional está ligado à parca utilização nos dois jogos de março.
O médio de 30 anos entrou no período de descontos contra o Liechtenstein e nem saiu do banco na visita ao Luxemburgo.
«Quando estás no teu ponto máximo de carreira, vais à seleção de Portugal, que joga com o Liechtenstein, e tu jogas um minuto…Tenho sempre uma máxima de seleção, que passa por aquilo que tu fazes no clube, até porque estávamos no início de uma nova etapa. Se tu, no teu ponto máximo de carreira, não dás para mais, tens de ser humilde e reconhecer», referiu João Mário em declarações à A Bola.Garantindo querer sempre ser «sincero» com as suas próprias opções, João Mário sublinhou a importância de querer gerir cada vez melhor a parte física e emocional.
«A questão física pesou também muito. Queria dedicar-me cada vez mais ao meu clube, onde me sinto cada vez mais valorizado. Depois houve situações menos positivas este ano a nível de seleção, especialmente no último estágio, no qual chegava ao meu ponto máximo de carreira, de concretização, pois era o melhor marcador do nosso campeonato, com uma confiança no máximo em mim», referiu o atleta, campeão nacional pelo Benfica.
«Portugal tem uma seleção tão forte que obviamente todos os treinadores podem ter cada opção, e olhando à minha concorrência na seleção era mesmo muito forte, e nessa altura acho que tens de ser sincero contigo mesmo.»
Em relação à polémica mudança do Sporting para o Benfica, em 2021, João Mário destacou o papel de Rui Costa. «Foi a primeira pessoa com quem falei (...). Desde cedo percebi que não iria continuar no Sporting, por tudo o que se passou nessa época. (...) Vivi uma história bonita com o Sporting, que acabou quando tinha de acabar.»
João Mário analisou a temporada do Benfica e o trabalho fundamental de Roger Schmidt. «Contra números [23 golos/13 assistências] não há argumentos. Foi o treinador que melhor conseguiu extrair a minha qualidade.»