Em dias das mentiras, não houve engano algum. O Vizela consumou a reviravolta frente ao Casa Pia, ao vencer por 3-1, e fica mais próximo de garantir a manutenção.
Vasco Fernandes e Saviour Godwin ficam de fora do duelo do Casa Pia frente ao Sporting CP da próxima jornada, por acumulação de amarelos.
Teorizado pelo Terceira Lei de Newton, o princípio da ação e reação é descrito como «a toda a ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. As ações mútuas entre dois corpos são sempre iguais e dirigidas em sentidos opostos.»
A força natural é um exemplo de ação e reação. A primeira parte do duelo entre vizelenses e gansos também algo parecido.
Depois da paragem internacional, o jogo demorou a arrancar. Faltava o princípio basilar desta teoria: a ação. Rapidamente, o problema foi resolvido.
A força natural do Vizela deu à costa, mas a reação conseguida foi a do Casa Pia e não a reação dos adeptos da casa a um hipotético golo.
Reação: Rafael Martins e Leonardo Lelo. O pensamento de Fabijan Buntic foi além dos movimentos e o avançado dos gansos reagiu com um golo de cabeça.
Reação: o Vizela. Inconsequente na ação, foi na reação que algo saiu como esperado. Pontapé de canto, Nermin Zolotic fez o que não devia na própria baliza – empatou o resultado.
Foi um duelo composto pela teoria – e foi mais aplicada a teoria da tática do que, propriamente, a tática da teoria.
Ao jeito popular, depois de cada ação e reação há consequência. Boa ou má, existe sempre. Efeito Borboleta - chamemos-lhe assim. A dependência sensível às condições inicias dentro da teoria do caos. Eis o Vizela e o influenciar o curso natural das coisas.
A verdade é mesma essa: o duelo parecia caminhar para um empate, mas na teoria de Tulipa não era esse o caminho. Depois de Nermin Zolotic, foi João Nunes a traçar o erro - e o golo vizelense - com novo auto-golo. No final da ação, nova reação e nova consequência.
Friday Etim fecho o curso dos 90 minutos, com a prática aplicada em plena teoria. O influenciar vizelense fez-se sentir em grande plano, com uma vitória não-tanto anunciada, à partida.
Demorou a arrancar e foi preciso ser pressionado para crescer no jogo - resultou. Sob pressão, os comandado de Manuel Tulipa foram mais criativos e reagiram da melhor forma.
Quer Buntic, quer Lucas Paes não estiveram nos seus melhores dias. Os três golos acabam por surgir com três erros dos guarda-redes que, certamente, poderiam ter feito melhor. Para além disso, os defesas dos gansos não foram felizes, com dois auto-golos que permitiram ao Vizela ser feliz.
Critério algo incongruente. Passivo em vários lances, mas rígido em muitos outros.