Ineficácia ainda se paga com IVA em Montalegre

*por Diogo Reigota

Agora é a doer na Liga 3 e foi mesmo isso que vimos na vitória do AD Fafe no terreno do CD Montalegre, com um golo solitário de Guilherme Ferreira. Apesar da excelente entrada em campo da equipa da casa, os forasteiros deram a volta ao texto no segundo tempo e arrancaram a fase de manutenção com três pontos importantíssimos.

A primeira meia hora da partida mostrou-nos um Montalegre a encostar o adversário às cordas, com um futebol rendilhado e capaz de proporcionar várias oportunidades de golo claras, porém, faltou clarividência na hora de ser feliz.

Aquele que estava a ser um bom jogo de futebol, rapidamente se transformou numa partida quezilenta e sem oportunidades de golo nos últimos 20 minutos do primeiro tempo, ou não estivesse em jogo a responsabilidade de lutar pela permanência no terceiro escalão do futebol português.

Os segundos 45 minutos mostraram uma transfiguração completa de ambos os coletivos, quase a dar a sensação que os jogadores trocaram as camisolas com o adversário durante o descanso. A equipa da casa mostrou falta de controlo emocional e permitiu logo duas oportunidades de golo ao adversário nos primeiros cinco minutos, com Guilherme Ferreira a aproveitar a segunda para marcar o único golo da partida, com um cabeceamento fulminante.

Os barrosões tentaram de tudo para mudar o rumo dos acontecimentos, incluindo uma tripla substituição à passagem da hora de jogo, mas tudo saiu em esforço  e sem eficácia para os comandados de José Manuel Viage no segundo tempo.

Apesar do AD Fafe nunca ter demonstrado a qualidade que vimos no adversário durante a primeira parte, foi a equipa com mentalidade competitiva mais equilibrada, voltando assim a casa com preciosos três pontos na luta pela manutenção.