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    Benfica e Paris SG empataram na Luz

    Coração de águia empata o poder dos milhões

    Épico. E com um pouco mais de eficácia, ainda mais tinha sido. Depois de uma grande 1ª parte coletiva e de uma 2ª parte muito sofrida, o Benfica conseguiu um importante empate a uma bola com o todo poderoso Paris SG, mantendo, assim, intactas as suas esperanças de terminar em 1º lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões.

    Era um duelo entre os líderes do grupo e que podia adquirir grande importância para as contas finais do mesmo. Fiel a si mesmo, Roger Schmidt não fez qualquer alteração no onze inicial do Benfica, ao passo que do lado do Paris SG, o treinador Christophe Galtier promoveu as entradas para o onze inicial de Hakimi, Danilo Pereira, Mbappé, Verratti e Nuno Mendes.

    Genialidade vs trabalho

    Ao contrário do que, talvez, se pudesse esperar, o Benfica entrou completamente fiel a si mesmo e com uma pressão sobre o portador da bola altíssima, o que causou algumas dificuldades ao Paris SG, ao ponto dos parisienses não conseguirem construir a partir da sua defesa e Neymar e Messi serem obrigados a formar um losango no miolo com Vitinha e Verratti para queimar etapas de construção. Do outro lado, na defesa, os encarnados cumpriram a «promessa» de Roger Schmidt e foram-se entreajudando de forma exímia, nunca dando espaço ao portador da bola e com agressividade.

    Ofensivamente, as águias tinham a lição claramente estudada e sabiam que o espaço dado entre os centrais adversários era a chave do sucesso, uma vez que estes davam bastante largura no campo. Logo a abrir, António Silva desmarcou com classe Gonçalo Ramos e este obrigou Donnarumma a uma grande defesa, mas o guardião italiano não se ficou por aqui e pouco depois voltou a repetir o «feito», a remate de Neres, que explorou bem o tal espaço referido.

    O Paris SG, contudo, mudou o desenho de construção ao fazer subir Marquinhos para a posição de «6» nesse momento do jogo e a equipa passou a ter mais estabilidade, libertando o mortífero trio ofensivo para as suas missões habituais. Ora, com o Benfica a desperdiçar, os campeões gauleses foram eficazes e na sua primeira vez a ir à baliza adversária chegaram ao golo, num movimento característico da direita para o meio do intratável Lionel Messi, com uma jogada ao primeiro toque e onde rematou colocadíssimo de fora da área, sem hipóteses para Vlachodimos.

    Messi fez estragos na Luz ©Filipe Amorim / Kapta+
    O golo tranquilizou o PSG, que passou a ter mais bola e deixou, por alguns minutos, o Benfica mais desconfortável e sem bola. No entanto, as águias voltaram a conseguir queimar as linhas de passe no miolo e as dinâmicas da partida voltaram ao «início». A crescer novamente, o Benfica deixou o aviso num grande desperdício de António Silva e acabou mesmo por chegar ao merecido golo já perto do intervalo, num lance de infelicidade para Danilo Pereira. Enzo Fernández cruzou a partir da esquerda, Gonçalo Ramos não chega a tempo da emenda, mas acaba por enganar o compatriota, que coloca a bola na sua própria baliza.

    Saber sofrer

    Depois de uma boa 1ª parte, o Paris SG trouxe mais intensidade nas suas movimentações centrais no arranque da 2ª parte e isso equilibrou mais o jogo e o ritmo do que se tinha visto antes, deixando a partida mais partida e desorganizada, o que beneficiava a velocidade dos executantes parisienses - Neymar atirou à barra, de bicicleta, aos 48'. Além disso, Florentino e Enzo estavam subidos e isso deu espaço para que Neymar surgisse mais em jogo. Apenas quando João Mário passou a apoiar mais o miolo é que voltou alguma estabilidade encarnada.

    O Paris SG continuava, no entanto, a ser a equipa mais nesta 2ª parte e foi obrigando o Benfica a baixar linhas, de tal modo que os encarnados perceberam que precisavam de jogar em bloco ligeiramente mais compacto e apostar na velocidade de Rafa e David Neres na transição. Passou-se, por isso, a jogar mais tempo no meio campo encarnado. Era um cenário «novo» neste jogo e foi aí que o público da Luz - estiveram presentes 62306 adeptos - respondeu e apoiou fortemente a equipa, percebendo que esta precisava claramente de ser galvanizada.

    PSG cresceu na 2ª parte ©Filipe Amorim / Kapta+
    Os comandados de Roger Schmidt precisavam, claramente, de sangue novo em campo, especialmente num meio campo que parecia cada vez mais desgastado perante a exigência de acompanhar o trio do PSG, mas o técnico alemão demorou e apenas a 13 minutos do fim mexeu na equipa - entradas de Aursnes e Draxler. O cansaço, no entanto, foi-se sentindo dos dois lados - nem Messi resistiu - e os erros também foram surgindo. A dez minutos do fim, Rafa quase aproveitou um desses erros para, num contra-ataque, marcar, mas Donnarumma agigantou-se.

    Até ao final, o Paris SG continuou claramente a ser melhor e a equipa mais próxima do golo - Benfica apenas ameaçou pela velocidade de Rafa, mas nunca o suficiente -, mas os encarnados souberam sofrer e acabaram mesmo por conseguir um importante e suado empate a uma bola frente ao todo poderoso Paris SG, continuando, assim, na liderança dividida do grupo na Champions. Foi mesmo uma daquelas noites de Liga dos Campeões.

    U Quarta, 05 Outubro 2022 - 20:00
    Estádio do Sport Lisboa e Benfica
    Gil Manzano
    1-1
    Lionel Messi 22'
    Danilo Pereira 41' (p.b.)
    Estádio do Sport Lisboa e Benfica
    Lotação64 642
    Medidas105x68m
    Inauguração2003
    FaseFase de Grupos
    GrupoGrupo H
    Lances Capitais
    22´
    GOLO Paris SG!
    Lionel Messi marca
    Lionel Messi marca o seu 2º golo na prova (3 jogos)
    Lionel Messi marcou o seu 19º golo na equipa (47 jogos)
    41´
    GOLO Benfica
    Danilo Pereira marca na própria baliza!
    A Chave

    Adaptação. Foi essa a chave do jogo. O Benfica entrou a jogar olhos nos olhos, mas soube gerir os momentos do jogo em que precisava de se resguardar mais, como foi o caso de um período na 1ª parte e de boa parte do 2º tempo. Essa inteligência tática é necessária em jogos deste nível.

    O Árbitro

    O espanhol Gil Manzano mostrou ter um critério muito alargado (talvez em excesso) e deixou a partida correr, mas pecou por vezes em manter o critério. Verratti e Nuno Mendes deviam ter visto amarelo na 1ª parte e Enzo até podia ter recebido o vermelho...

    O Melhor
    Olhos nos olhos

    Com ou sem milhões de diferença entre as duas equipas, o Benfica voltou a jogar olhos nos olhos perante um adversário de calibre europeu e mundial, tal como tinha acontecido com a Juventus. Os encarnados voltaram a mostrar que se conseguem bater com os melhores.

    O Pior
    Milhões de duas caras

    Talvez propositadamente, mas esperava-se mais do PSG numa primeira fase do jogo, embora o Benfica tenha o seu mérito, e prova disso é que a 2ª parte foi muito diferente. Podia ter dificultado mais a vida ao Benfica na 1ª parte.

    Forma
    Benfica
    2022/2023
    14J
    13V
    1E
    0D
    35-6G
    Paris SG
    2022/2023
    12J
    11V
    1E
    0D
    37-7G

    Fotografias(37)

    Champions League: Benfica x Paris SG
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    Comentários

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    motivo:
    DA
    Benfica
    2022-10-05 22h00m por danyftw6
    Boa primeira parte, caiu um pouco na segunda. Mas não deixa de ser um bom resultado, com um Neres mais inspirado e um avançado mais matador podia ter saído com uma vitória.

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