O relógio suíço tocou e o grupo mudou. A Suíça surpreendeu a favorita Espanha e venceu, em território espanhol, por 1-2, deixando, assim, Portugal numa excelente posição para garantir a qualificação para a final for da Liga A da Liga das Nações.
Num jogo que interessava a Portugal, a Espanha recebeu em Zaragoza a Suíça, com as duas seleções com objetivos bem distintos. Os espanhóis lutavam com Portugal pela liderança do grupo, enquanto os helvéticos procuravam evitar a descida à Liga B da Liga das Nações.
Ora, o início de jogo foi tudo o que se podia imaginar, conhecendo as duas seleções. A Espanha assumiu claramente a posse de bola, enquanto a Suíça foi apostando na transição rápida dos seus homens mais adiantados. Luis Enrique, selecionador espanhol, optou por colocar Marco Asensio a funcionar como falso 9 e isso facilitou a tal posse de bola, mas a equipa demonstrou uma clara dificuldade de decisão e ligação no último setor e a prova disso é que essa posse de bola foi praticamente inconsequente, uma vez que Sommer, guarda-redes helvético, foi praticamente um espetador.
A Suíça, por sua vez, ia sendo matreira e ia conseguindo colocar a bola na área adversária com alguma facilidade, nem que fosse através de jogo mais direto. O golo acabou por surgir relativamente cedo, na sequência de um canto, ao minuto 21, com o central Manuel Akanji, de cabeça, a fazer o 0-1. Este golo pouco mudou as dinâmicas do jogo e até deixou a Suíça mais confortável na sua aposta.
A ida ao balneário, contudo, fez bem aos espanhóis, que trouxeram um dinamismo diferente no seu ataque, com destaque para as trocas posicionais entre Asensio, Ferran Torres e Pablo Sarabia e isso acabou por ter efeito praticamente imediato. Aos x minutos, Sarabia arrastou a marcação, Asensio desmarcou Jordi Alba e este fez o empate, mas acabou por não celebrar por muito tempo, uma vez que menos de dois minutos depois Embolo recolocou a Suíça na frente, novamente na sequência de um canto.
Depois deste golo, Espanha ainda procurou algo novo com a entrada dos jovens Yeremy Pino e Nico Williams, que trouxeram alguma irreverência e velocidade às alas, mas os problemas de finalização continuaram e, quando esses desapareciam, havia um Sommer atento, capaz de segurar o 1-2 até final. Este resultado, tendo em conta a vitória de Portugal por 0-4 frente à Chéquia, trocou as contas todas do grupo, embora continue tudo em aberto para a última jornada.
1-2 | ||
Jordi Alba 55' | Manuel Akanji 21' Breel Embolo 58' |