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    Parte II da entrevista do zerozero a Vasco Seabra

    Vasco Seabra: «Eu achava que o Diogo Jota ia conseguir um nível profissional alto»

    O segundo desafio da carreira de treinador de Vasco Seabra fê-lo bater de frente com um prodígio. Diogo Jota, 17 anos, médio ofensivo, acabadinho de chegar a Paços de Ferreira vindo do Gondomar. Seabra não o conhecia, mas viu nele alguém maior.

    Nesta segunda parte da entrevista ao atual treinador do Marítimo falamos sobre o início da carreira do treinador, a subida à equipa principal do Paços de Ferreira e ainda o período em que esteve sem trabalho, após a saída do Famalicão.

    De coração aberto e agradecido, Vasco Seabra explicou a forma como chegou aos Sub-23 do Estoril e também garantiu que aquele Mafra «ia chatear para caraças» se não fosse a pandemia.

    Leia também:

    Parte I - Vasco Seabra | O Marítimo foi o arranque, mas falámos sobre o caos no Boavista e a incógnita Diogo Jota
    Parte III - Vasco Seabra: «O Boavista teve contornos extraordinários para mim»

    zz - O Vasco tem 38 anos. É um dos treinadores mais novos da liga, mas não anda aqui há dois dias. De 1ª Liga já são vários anos, desde a época 2016/17, em Paços de Ferreira, e se olharmos para trás, há um início em Paredes em 2006/07. Como é que aparece este capítulo do treinador no Vasco Seabra?

    VS - Inicia como jogador, se assim podemos chamar. Eu fiz de anos de formação no Paços de Ferreira e chegando ao nível de sénior, a necessidade de conseguir perceber a realidade fez com que eu tivesse a noção que não iria prosseguir a nível profissional, porque não tinha qualidade para isso. E isso acabou por fazer com que eu ficasse ligado ao futebol. Era a paixão e acabei por ir para a faculdade fazer Educação Física e Desporto. No primeiro ano, quando entro, por volta de setembro/outubro, falei com o professor Rui Quinta e ele abriu-me a porta para ser treinador estagiário, a colaborar em duas equipas. Na altura colaborava como treinador assistente dos sub-12 e dos sub-17 e foi, curiosamente, um abrir de paixão e perceber que era mesmo aquilo. Não tinha nada a ver com dar aulas.

    qO Jota, muito mais que as qualidades que lhe podemos apontar, há uma característica que ele tinha que cada que se vai subindo mais o nível, é mais natural nos que estão a topo: ele joga sempre para ganhar
    Vasco Seabra, treinador de Diogo Jota em 2013/2014

    zz - Naquela idade, o que é que puxa a paixão do treinador?

    VS - Eu acho que são as relações, o jogo, entusiasmo de dar cabo de quem está do outro lado, que já temos isso quando jogamos, e a forma conseguíamos, enquanto líderes, influenciar os nosso jogadores para que eles pudessem maximizar as suas capacidades e valorizá-los mais. Nesse momento, vimos sempre da faculdade cheio de ideias e achamos que vamos direcionar os jogadores para determinadas coisas. Depois, com o decorrer do tempo, vamos percebendo que são eles que fazem a diferença e as nossas indicações vão dando corpo, para que as coisas possam funcionar de melhor forma, mas esse bichinho,  o contacto, sentir os jogadores e a forma como a liderança pode ser diversa, acabou por nunca mais me retirar desse momento. Depois, há um longo percurso. Eu acho engraçado que às vezes as pessoas dizem: 'Ah, apareceu logo na 1ª Liga', mas não é verdade. O passo profissional mais mediático foi de facto na 1ª Liga, mas houve3ª Divisão, campeonato distrital com subida ao campeonato nacional de seniores e depois o regressar a Paços de Ferreira como treinador da formação. Felizmente batemos um recorde do clube, com a ida à fase final dos juniores. Muitos jogadores na altura foram promovidos à equipa principal e isso tudo foram coisas que marcaram e trouxeram ainda mais ambição de poder prosseguir e fazer desta a minha profissão.

    zz - Naquela época de 2013/2014 já se via que o Diogo Jota podia ser um jogador de topo mundial?

    VS - Eu gostava de dizer que sim, mas não estaria a ser verdadeiro. Eu achava que o Jota ia conseguir um nível profissional alto. O Jota, muito mais que as qualidades que lhe podemos apontar, há uma característica que ele tinha que cada que se vai subindo mais o nível, é mais natural nos que estão a topo: ele joga sempre para ganhar. Joga para ganhar em todos os exercícios, em todos os treinos, está sempre a chupar limão, como se costuma de dizer, quando a equipa não ganha, quando ele não ganha, quando não faz as coisas como quer e ele fez uma época fantástica.

    zz - Essa é a primeira época dele em Paços de Ferreira?

    VS - Sim, primeiro ano de júnior.

    zz - É o Vasco que o vai buscar ao Gondomar?

    Vasco Seabra foi treinador principal do Paços de Ferreira com 33 anos ©Global Imagens / Global Imagens

    VS - Não sou eu que o vou buscar, o clube já o tinha contratado. Eu venho do Lixa, depois de subir ao Campeonato Nacional de Seniores, para o Paços de Ferreira e nesse momento o Jota era um dos jogadores que já estava contratado e estava contratado como médio ofensivo. Na primeira fase da época ele faz cinco golos, em 22 jogos, mas sempre bem, dinâmico, com uma abrangência muito grande no jogo, capaz de se mostrar. Nós sentíamos que ele podia estar mais próximo da baliza, pois o nosso jogo era muito associativo, éramos dominadores ofensivamente. Não temos estatísticas, pois eram juniores, mas arrisco a dizer que o nosso nível de posse de bola era sempre acima dos 60%, a nossa equipa dominava quase todos os jogos. Na passagem da primeira para a segunda fase lançamos-lhe o desafio de ele passar para ponta de lança. No primeiro momento, ele não aceitou, dizia que ia ficar esquecido, sem tocar na bola, mas lembrei-lhe da nossa ideia de jogo, de ser muito associativo, dele estar mais perto da baliza, porque ele é muito finalizador, ele tem golo, parece que a bola sobra sempre para ele. Nesse espaço de 14 jogos, fez 17 golos, acabou a época com 22 golos, com 17 a serem na 2ª fase. No primeiro jogo ganhámos 2-0, ao Beira-Mar, ele fez dois golos e eu perguntei-lhe: 'Então e agora?' e ele: 'Agora quero é jogar a ponta!' Sentiu que as sensações eram boas. Essa vertente também fez com lhe abrisse mais a visibilidade e ele teve propostas para sair, logo nesse ano. Aí surgiu a hipótese dele passar para a equipa principal, foi a forma do clube o conseguir segurar e ele acabou por ficar ali. O despontar dele tem muito a ver com a competitividade que ele tem, com a energia que ele tem. Ele acha sempre que não há ninguém superior a ele. Ele acha que podem ser tão bons como ele, mas vão ter que trabalhar mais do que ele para superá-lo. É este carácter e esta personalidade que depois faz com que as caraterísticas dele sejam potenciadas. Ele sabe os defeitos que tem, sabe onde não é tão bom, mas também sabe onde é bom e essas ele maximiza.

    zz - Dá gosto vê-lo neste nível.

    VS - Dá, até pela humildade dele. A cada passo que ele manda uma mensagem, ou eu mando uma mensagem a ele e ele continua a responder com a mesma velocidade, as palavras continuam a ser as mesmas. Ele continua a ser o mesmo menino, com uma dimensão gigante em termos profissionais, mas felizmente com o mesmo coração e o mesmo carácter e isso é fantástico.

    zz - Quando teve de assumir a equipa principal do Paços de Ferreira sentiu que podia ser prematuro?

    qSe agora olhar para trás e disser que estava preparado para o momento, não estava
    Vasco Seabra sobre o momento em que assumiu o cargo de treinador principal do Paços de Ferreira

    VS - Hesitei no início por uma razão muito simples. Cheguei do plantel júnior para a equipa profissional, como sendo o adjunto da casa e antes de ser adjunto da casa eu quis falar com o treinador principal, o Carlos Pinto, e na minha cabeça estava muito bem ciente uma coisa: eu nunca ia fazer qualquer coisa de errado com o treinador principal, eu estaria ali, sempre, para ajudar. A verdade é que as coisas não correram como era o esperado e o Carlos (Pinto) acaba por sair. Nesse momento nem sequer passa pela minha cabeça o assumir a equipa, porque nem sequer faria sentido, as coisas não estavam nessa ligação. O Paços de Ferreira entrou em negociação com um treinador, na altura, depois, passou a ser conhecido, e esse treinador demorou a dar resposta. Eu treinei uma semana, ganhámos ao Boavista, e o treinador continuou sem dar resposta. Fomos a Braga, perdemos, mas até acho que fizemos um bom jogo. Logo a seguir, o treinador em causa, quando já estávamos a preparar o terceiro jogo, optou por ir para França e nesse momento foi quase: 'E agora?' Havia já um treinador, eu comecei a passar ideias, pois estando a liderar as coisas são diferentes. Naquele momento foi me proposto pela direção para ficar, juntamente com o aval dos jogadores, eles seguiram com a ideia e felizmente correu bem. Conseguimos a manutenção. Eu aceitei, quando me foi proposto, pois acreditava que era possível a manutenção, com o plantel que tínhamos. Mas não foi um desafio fácil, eu tinha 33 anos, foi a primeira experiência num nível profissional tão alto, mas as coisas correram bem e conseguimos atingir a manutenção com algumas jornadas de antecedência e isso deu tranquilidade.

    zz - Para as pessoas que pudessem duvidar, aí apresentou o cartão de identidade do Vasco Seabra? Tinha 33 anos, é de Paços de Ferreira e com certeza ainda haveria gente a dizer que era o treinador do juniores.

    VS - Foi uma situação diferente de tudo. Eu vinha dos juniores e tinha muitos jogadores que me reconheciam dos juniores, pois eu via muitos treinos da equipa sénior, pois tinha uma boa relação com os treinadores que tinham passado por lá, fosse o Paulo Fonseca, fosse o Jorge Simão e depois estava como adjunto e o papel do adjunto é sempre diferente. Passar para a liderança mexe sempre alguma coisa. Se agora olhar para trás e disser que estava preparado para o momento, não estava. Mas, parece-me que fui capaz de resolver muitas coisas que foram acontecendo.

    zz - Faz parte do crescimento.

    Vasco Seabra é natural de Paços de Ferreira ©Catarina Morais / Kapta +

    VS - Exato, e quando dizemos: 'Este treinador é um treinador experiente.' Eu acho que depende da experiência que tem. Eu acho que as boas experiências, as dificuldades das experiências, fazem que nós cresçamos. Esse foi um momento muito importante para mim, porque foi um momento difícil. Ser o treinador da casa, ser o treinador que vem da formação e ouvir os chavões que se usavam: 'ainda não mostrou nada em lado nenhum para poder estar neste nível'. Essas coisas ajudam-nos a querer ser melhores, a filtrar aquilo que devemos valorizar. Não podemos pedir opiniões a quem não tem nada para dar. Temos de valorizar as opiniões que nos ajudam, nos fazem crescer e que as críticas sejam do ponto de vista colaboração. Isso foi positivo em Paços de Ferreira, para dar o salto, para treinador principal.

    zz - Acaba por sair de Paços de Ferreira, vai para o Famalicão e quando sai do Famalicão há ali um período quase de estágio...

    VS - Sabático (risos)

    zz - Volta por baixo, pelos Sub-23 do Estoril. Porquê essa opção?

    qNinguém queria o Vasco Seabra
    Técnico não teve convites, após a saída de Famalicão

    VS - Primeiro, porque ninguém queria o Vasco Seabra, é a verdade, ninguém me queria. Eu não tive propostas, queria continuar a treinar, sentia que tinha coisas para melhorar. As coisas em Famalicão não correram como eu queria e desejava e sentia que precisava de melhorar, de ser mais forte, de ser mais capaz, nas diferentes áreas. Fiz estágios com o Paulo Fonseca, com o Quique Setién, na altura estava no Bétis, antes de ir para Barcelona, falei com outros treinadores, fiz o momento de análise e auto-crítica, mas a verdade é que ainda assim, mesmo com todas essas coisas que eu quis melhorar, só te desafias quando podes experimentar e treinar. Isso não estava a acontecer. Até que o Pedro Alves, pela sua capacidade de contagiar, ligou-me. Eu não conhecia o Pedro, estava em casa, era fim-de-semana, estava um dia de calor, vim para fora e recordo-me de ele dizer: 'É o Pedro Alves do Estoril, aquilo que eu te vou oferecer não é aquilo que tu esperas, e tu não me vais dar uma resposta agora, mas eu queria te convidar para assumires o projeto de Sub-23, vamos estar no campeonato de apuramento de campeão e peço-te que venhas ao Estoril, seja para me dizeres que não ou dizeres que sim, mas tens de vir ao Estoril para veres as instalações. Ele é um artista, pois sabia que ao fazer isto eu já não ia dizer que não, mas só me apercebi disso depois de o conhecer. A verdade é que foi uma experiência fantástica. Lidei com pessoas extraordinárias, o Estoril é um clube que nos traz carinho, que nos dá vontade e paixão. Naquela altura eu precisava de sentir alegria em treinar, de poder dar o treino, de me preocupar com as tarefas do treinador e no Estoril tive essa possibilidade. Foi-me permitido experimentar, foi-me permitido lidar com um conjunto de jogadores extraordinários, um grupo incrível. O nosso capitão, o Basso teve um gesto fantástico de me oferecer a camisola no jogo com o Arouca. Ele passou um momento idêntico, pois estava na equipa A e foi para a equipa de Sub-23. Eu acho que essa união, de toda a gente, o André Franco que está a despoletar estava connosco, essa alegria que contagiámos entre nós todos tornou possível ferver outra vez a paixão, o querer voltar a crescer. Conheci lá um dos meus adjuntos, que passou a estar comigo desde aí, o meu preparador físico estava na equipa A como fisiologista passou a trabalhar connosco e isto foram coisas que se abriram. Quando as pessoas dizem que se fecham portas e abrem-se janelas é verdade. A oportunidade dada pelo Pedro não foi tanto o oportunidade poder treinar, foi a oportunidade de poder treinar com paixão, com alegria.

    zz - É nesse momento que começa a ganhar corpo a sua ideia de jogo. A partir dali houve o Mafra, uma equipa cujo o futebol foi elogiado por toda a gente. Posso pedir a premonição se aquele Mafra ia subir (o campeonato foi interrompido devido à pandemia)?

    VS - (Risos) Nós acreditamos que íamos chatear para caraças. Acreditamos muito.

    zz -  Além do grupo de trabalho que levou consigo: Cláudio Botelho, Bruno Pereira e Nuno Diogo que a partir daí ficam todos juntos.

    VS - Eu consegui acabar com a carreira do Nuno Diogo e por isso também tenho essa capacidade. Treinei-o em Famalicão, eu não continuei no clube e o Nuno acabou a carreira. Vou para o Estoril Sub-23 e nessa altura não havia condições de seguir com a equipa técnica, pois já havia uma equipa técnica formada. Foi onde conheci o Cláudio Botelho que ficou a ser meu adjunto. O Nuno convidei-o para ir comigo para Mafra. São estas pessoas que queremos ter à nossa volta. Ele tem muito entusiasmo. O Nuno foi perder dinheiro para Mafra. A esposa teve de deixar de trabalhar, para poder ir, para estar com o filho, para ele poder seguir o sonho de estar no futebol profissional como quer. Demos tudo de nós e esta cumplicidade que temos enquanto equipa técnica, agora acrescentada com o Nélson como analista no Marítimo. Tivemos de lutar muito e trabalhar muito para as coisas acontecerem. Temos um orgulho muito grande no nosso percurso. Nestes quatro clubes que treinámos desde essa fase, a nossa percentagem de pontos e de vitórias enche-nos de orgulho.

    zz - No Marítimo é um dos melhores registos...

    VS - Sim, juntamente com o do Moreirense. No Moreirense fazemos 22 jogos, 30 pontos o que daria uma média de acabar uma época de 34 jogos com 46/47 pontos. No Marítimo daria algo semelhante.

    zz - O registo do Marítimo é muito equilibrado. São 23 jogos, oito vitórias, sete empates e oito derrotas, 29 golos marcados e 27 golos sofridos.

    VS - 27 sofridos com sete no Benfica.

    zz - Sim.

    VS - 29 marcados. É uma margem boa, pois em equipas que ficam nestas posições, normalmente, não é fácil ter mais golos marcados que sofridos. São registos muito importantes para nós, para sentirmos que o trabalho é feito, não nos deslumbramos com ele e gostamos de andar serenos, tranquilos e saber que os jogadores sabem que temos um caminho.

    zz - Mas foi nesse período do Estoril que conseguiu aprimorar a sua ideia de jogo?

    VS - Eu já fui mais cético em relação a algumas coisas.

    Trabalho no Mafra foi interrompido por causa da pandemia ©Manuel Morais / Kapta +

    zz - 4-3-3 ou 4-4-2

    VS - Eu já fui mais cético em relação a isso. Eu sempre quis que as nossas equipas jogassem. Quando falamos na entrada no futebol eu disse que lidar com os jogadores é a melhor coisa do mundo. Eles são tudo. Sem eles não há espetáculo, não há magia.

    zz - É como aquela expressão do adepto da Liga dos Últimos, 'se o jogador não quiser marcar golo não marca'.

    VS - É mesmo isso (risos) e se não quiser jogar também não joga. A minha ideia de jogo sempre teve muito assente na vontade de ter bola, de sermos nós a assumir e ela foi-se de desenvolvendo e não nego que a passagem do Estoril Sub-23 para Mafra criou uma necessidade de enquanto equipa técnica sermos mais audazes, de querermos, possivelmente com o orçamento mais baixo da 2ª Liga. Ainda ontem o Quim Zé, que é o diretor desportivo do Mafra atual e só nos apanhou na parte final, ligou-me e disse: 'o orçamento não é tão baixo como no teu tempo, continua a ser baixo, mas está um bocadinho mais alto. O presidente José Cristo quer pagar e como sabe que quer pagar gere assim. Ele na altura entregou-me a chave do clube, quase, teve uma confiança cega em mim. É outra pessoa que marcou a minha vida pela forma como sempre falou comigo e como acreditou em mim. Ele entregou-me a chave do clube com uma conversa. Tivemos uma conversa no stand dele e no final dessa conversa ele disse: 'Você já não sai daqui.' Eu ainda estava com dúvidas, disse que tinha de ir para casa pensar e no caminho para casa ele ligou-me duas vezes e aceitei na viagem para casa. Disse-lhe: 'Presidente está fechado.' Ele entregou-me, mesmo, a chave do clube. Tivemos que decidir os jogadores, eram nove ou dez jogadores com contrato, tivemos de encontrar um plantel e encontrar um plantel com pouco dinheiro. Jogadores do Campeonato de Portugal que não seguíamos com a regularidade que desejávamos. Jogadores de 2ª Liga que tivesse a acabar contrato, jogadores que quisessem abraçar um projeto diferente. Tivemos de ver muitos jogos, ver muitos jogadores, foram umas férias inteiras a ver jogadores e a convencê-los através da proposta de jogo. Os jogadores acreditaram em nós e fizemos uma época maravilhosa. O nosso jogo era muito apelativo, a nossa equipa assumia muito o jogo, corríamos muito, éramos muito agressivos defensivamente. A equipa joga porque trabalhou muito para ter esses momentos e a equipa do Mafra produziu muito isso e mostrou qual era o nosso propósito. Eu acho que nós íamos chatear se não tem aparecido a pandemia, íamos ser capazes de competir até ao final.

    Portugal
    Vasco Seabra
    NomeVasco César Freire de Seabra
    Nascimento/Idade1983-09-15(40 anos)
    Nacionalidade
    Portugal
    Portugal
    FunçãoTreinador

    Fotografias(53)

    Liga Portugal Betclic: GD Estoril Praia x SC Braga
    Liga Portugal Betclic: SL Benfica x GD Estoril Praia

    Comentários

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    motivo:
    Vasco Seabra
    2022-05-24 22h09m por f1950
    Um pouco como Paulo Fonseca, soube dar um passo atrás (depois do Paços e Famalicão os Sub23 do Estoril) para dar dois à frente e fico satisfeito por dar a volta por cima.
    A sua passagem por Paços talvez tenha acontecido cedo demais, mas na altura o clube já estava no ínicio de uma instabilidade que levaria à descida em 17/18.
    Seabra
    2022-05-24 20h07m por MantoEnlameado_
    Gosto muito quando um treinador tem essa ousadia de lançar uma meia duzia de jovens da formação em clubes de baixa dimensão mas este Vasco Seabra em todas as entrevistas (perguntando lhe ou não) fala no Jota.
    Confirmado
    2022-05-24 16h55m por ghbacellar
    Encontrei uma notícia d'O Jogo que confirma que era o SC quem estava em conversações para assumir o Paços https://www. ojogo. pt/futebol/1a-liga/pacos-ferre ira/noticias/sergio-conceicao- em-negociacoes-com-o-pacos-de- ferreira-5530617. html

    Não fazia ideia. . .
    Interessante
    2022-05-24 16h54m por ghbacellar
    "Logo a seguir, o treinador em causa, quando já estávamos a preparar o terceiro jogo, optou por ir para França"

    Fui ver os registos do ZeroZero e, não me lembro quem estava a ser falado para substituir o Carlos Pinto no Paços antes do Vasco Seabra assumir o lugar, curiosamente o Sérgio Conceição assume o Nantes e faz o primeiro jogo a 13 de Dezembro, pouco depois do 3º jogo que o Vasco faz ao comando do Paços.

    Seria o SC o treinador que estava em conversações com o Paços?
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