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    Sérgio Silva e a aventura no Arema FC

    Um português numa espécie de «Sporting da Indonésia»: «Aqui vi coisas que nunca tinha imaginado»

    2022/01/19 21:24
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    «Alô, amigo! Nunca pensei um dia ligar-te de Portugal para a Indonésia. É estranho». Do outro lado, desde o maior arquipélago do mundo, a resposta foi sentida: «Ex-colegas de equipa... É um privilégio ser entrevistado por ti! [risos]». A narrativa da história é clara como água e tem tanto sal como uma refeição insossa. Em suma, é de fácil compreensão. O entrevistador e o entrevistado jogaram vários anos juntos no futebol de formação e um deu jogador... E o outro não. Tão simples assim. Fábulas da vida real.

    qQuando cheguei até me ofereceram um cigarro. Para eles é perfeitamente normal
    Sérgio Silva
    É uma mudança radical na vida de qualquer pessoa. Aos 27 anos, Sérgio Silva nunca imaginou viver em Malang, Jakarta ou Bali. Ter uma casa e passar pouco tempo a usufruir dela. Estar a tantos quilómetros de distância da família e, sobretudo, do filho pequeno. Antes, a realidade era tão pequena como confortante. Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira e uma vontade de construir carreira no país dos 11 milhões, que também é seu.

    A vida, como uma caixinha de surpresas, reserva sempre algo danado. Diferente. Por isso, o ex-central do CD Feirense mudou-se para a Indonésia e para o projeto ambicioso do Arema FC. Um clube «grande» que pretende voltar aos títulos. Atualmente, a formação treinada pelo português Eduardo Almeida que conta, também, com Carlos Fortes (ex-Vilafranquense) no plantel, disputa os lugares de topo do campeonato com vários adversários de peso. Campeonato, esse, que só se tornou profissional... Em 2017.

    zerozero: Como está a correr essa aventura? 

    Sérgio Silva: Está tudo a correr bem, felizmente. A nível desportivo está a correr melhor do que esperávamos. O Arema é uma espécie de Sporting antes de chegar o Rúben Amorim, ou seja, um clube grande que não ganhava títulos [de campeão] há imensos anos. Este clube é um pouco semelhante neste aspeto, visto que não ganha um campeonato desde 2009.

    zz: Saíres da terrinha e da tua zona de conforto para um destino desses é que deve ter sido um desafio enorme.

    Sérgio Silva
    Arema FC
    2021
    18 Jogos  1575 Minutos
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    SS: Como tu disseste… Nunca pensaste em ligar-me e eu atender-te desde a Indonésia, tal como eu nunca pensei um dia jogar cá. Saí da UD Oliveirense e fui para o Feirense, mas a situação desportiva não correu tão bem. Estava a pensar sair para o estrangeiro e para os países onde grande parte dos jogadores portugueses emigram: Roménia, Chipre, Grécia… Até que surgiu este contacto. O mister [Eduardo Almeida] contactou o meu empresário e as coisas foram-se desenrolando. No entanto, era algo que não me agradava inicialmente. Pensamos sempre em nós e nos nossos e, por isso, a ideia de ir para um país totalmente distinto em termos de cultura e costumes deixou-me de pé atrás, tal como a questão dos salários em atraso. Mas o mister foi persuasivo, colocou-me sempre a par de tudo e cá estou. O que me tem custado mais é a parte familiar. É um destino bastante longínquo. Supostamente a minha família era para ter vindo no início de dezembro [2021] porque a quarentena imposta era de três dias e era algo aceitável. Com o aparecimento da Omicron, a Indonésia alargou esse período para 14 dias e, mais tarde, para 10.

    zz: Foi o que te custou mais, certo?

    SS: Eu contava que eles já estivessem aqui. Claro que a distância e o tempo de viagem são um pouco incómodos, mas a ideia era conciliar tudo. Felizmente vivemos numa era onde as videochamadas permitem que as saudades não apertem tanto… Nem quero imaginar como era há uns tempos atrás. Mas, como a parte desportiva está a correr bem, isso dá-me alento e motivação para continuar. Acaba por ser um pouquinho mais fácil.

    zz: E como está a situação da pandemia?

    SS: Agora, com a Omicron, não sei bem. Às vezes acompanho os casos diários pelo Google, até porque não vejo muita televisão, e não sei até que ponto é que é fiável. Eles não se testam muito e não são cumpridores. Daí o governo colocar a quarentena… Têm receio que a situação fique incontrolável.

    zz: O mister Eduardo Almeida, para além de fundamental para a tua chegada, é alguém com muita experiência nestas andanças...

    SS: Já tinha treinado na Malásia, na Tailândia, em Hong Kong, onde foi campeão, e até aqui na Indonésia. Esteve na formação do Benfica, aceitou o convite do José Luís [antigo jogador dos encarnados] para treinar em Hong Kong e tomou-lhe o gosto de trabalhar fora de Portugal. Ele tem uma história que provavelmente poucos sabem quando treinou na Tanzânia. Foi ele que descobriu o Mbwana Samatta, grande figura da seleção que já jogou no Aston Villa e no Fenerbahçe. Agora creio que está emprestado ao Royal Antwerp. Acho que o mister queria levá-lo para Portugal para o adotar porque ele é órfão, mas, como já tinha uma certa idade, o processo acabou por não avançar. Foi ele que o convidou a ir treinar com a equipa [African Lyon]. Agora é um jogador conceituado, a grande estrela da Tanzânia.

    Eduardo Almeida é o treinador do Arema FC ©Arema FC

    «Se os ‘profissionalizares’ demasiado e em tão pouco tempo eles viram-se contra ti»

    zz: Já dás uns toques em indonésio?

    SS: É difícil… Na vertente desportiva, ainda tento. Verbos ‘subir’ e ‘descer’, cores… Tudo básico, claro. Não sou capitão, mas tenho o papel de, durante o jogo, coordenar a linha defensiva.

    zz: Então e dás dois berros para eles ficarem em sentido? 

    SS: [Risos] Antes dizia em inglês e às vezes ainda me sai. ‘Naik’ [subir], por exemplo, é uma palavra que utilizo. Mas é um desafio gigante porque dentro do indonésio há vários dialetos. Por exemplo, na zona de Jacarta, eles falam a língua javanesa porque pertence a Java, a principal ilha do país. Para acalmar o jogo grito ‘sabar!’ [risos]. Porque quando ele começa a partir… Eles perdem um bocadinho o discernimento e correm como maluquinhos para trás e para a frente. No geral, não tenho grande razão de queixa. A nossa equipa é das mais compactas. O mister Eduardo tem muita experiência nestas andanças. Mais do que a vertente técnico-tática, a gestão humana é fundamental e ele, nesse aspeto, é vital.

    zz: E o campeonato? O que tens achado?

    SS: O campeonato na Indonésia só foi reconhecido pela FIFA em 2017 porque antes não era homologado. Não era um campeonato profissional e só a partir desse momento é que tudo mudou. Com a situação da pandemia, o campeonato foi transformado para o ‘formato bolha’. Não há casa-fora. Durante seis ou sete dias jogamos numa cidade, depois noutra e assim consecutivamente. Agora estamos em Bali. Não sei até quando vamos ficar porque há poucos campos e a Liga ainda vai efetuar a análise final. O problema é só quando as decisões são em cima do joelho. Mas se a pandemia na Europa veio dificultar tudo em termos organizacionais, aqui era expectável que fosse pior. Às vezes a uma/duas semanas do jogo não sabemos onde vai ser a sede. A nível logístico não é o ideal, mas uma pessoa habitua-se.

    zz: E jogadores conhecidos internacionalmente? 

    SS: Desde 2017, quando o campeonato passou a ser reconhecido pela FIFA, eles foram buscar alguns jogadores com peso. Casos como o Essien [ex-Chelsea e Real Madrid], o Peter Odemwingie, ex-internacional nigeriano, o Danny Guthrie [ex-Liverpool e Newcastle]… São jogadores com maior estaleca. Atualmente o que tem mais nome é capaz de ser o Marco Motta, internacional italiano e que jogou na Juventus, que joga no Persiya Jakarta, um dos nossos rivais. Tem 35 anos, mas aqui está quase na flor da idade! Na II Liga há um ponta-de-lança com 45 anos e ainda fez muitos golos. Na I Liga há um outro com 41 e os centrais, por norma, também são veteranos. Eu, como central, normalmente enfrento um avançado estrangeiro porque, devido à limitação, eles apostam sempre em um por setor – defesa, meio-campo e ataque. No nosso caso, somos quatro estrangeiros, sendo que uma das vagas é para um asiático.

    Carlos Fortes é o goleador da equipa ©Arema FC
    zz: Há uma discrepância de qualidades demasiado evidente?

    SS: Em alguns casos, os estrangeiros vêm com um determinado estatuto e acabam por tratar mal os locais por causa do tal complexo de superioridade. Nós viemos sempre com o intuito de ajudar a equipa e de nos adaptarmos. Estamos completamente integrados por esta altura e o mister sabe levá-los, até porque algumas situações são um pouco impensáveis. Neste caso, em relação ao futebol português. Quando estamos em estágio, o mister permite que as famílias dos jogadores estejam com eles ou até mesmo se os jogadores forem naturais das cidades em que estamos a estagiar acabam por ter uma certa liberdade nesse sentido. Em Portugal isso não acontece e é extremamente estranho. No fim das contas, o que importa é que eles sejam rigorosos. A verdade é que eles nunca vão ser muito profissionais. Mesmo a nível de alimentação, que é à base dos fritos. Outra situação curiosa foi o tabaco. Aqui praticamente todos fumam. Quando cheguei até me ofereceram um cigarro [risos]. Para eles é perfeitamente normal. A nível de treino, tenho a dizer-te fiquei surpreendido pela positiva. Individualmente há jogadores muito bons. O problema é que aqui eles não têm futebol de formação. Começam a jogar com 16, 17 ou 18 anos.  

    zz: Mas há um certo choque de culturas e costumes?

    SS: Eles aqui têm alguns costumes diferentes. Na II Liga sempre me habituei a ser profissional ao máximo. Uns clubes com mais condições, outros com menos… Mas tens sempre que o ser. Na Indonésia acabas por te deparar com determinadas situações que acabam por ser estranhas. Por exemplo, os jogadores antes não comiam juntos e só tinham basicamente de cumprir com o horário do treino. Daí te ter falado na gestão humana. O mister Eduardo, com a experiência que tem, faz questão de delinear planos diários para que a equipa cumpra, mas sem prender demasiado os jogadores. Se os ‘profissionalizares’ demasiado e em tão pouco tempo eles não aceitam e viram-se contra ti [treinador] e, sobretudo, contra os estrangeiros. Eles são muito desconfiados em relação aos estrangeiros. Nós não vencemos os primeiros quatro jogos – três empates e uma derrota – e sentimos essa desconfiança.

    qA nível de treino fiquei surpreendido pela positiva. Individualmente há jogadores muito bons
    Sérgio Silva
    zz: Quem destacas da tua equipa?

    SS: A nossa equipa tem jogadores bons. Fomos buscar mais quatro jogadores e temos bastantes opções com qualidade. Um que eu aprecio bastante é o [Kushedya] Yudo, que é extremo. Três jogadores do nosso plantel foram chamados à seleção recentemente e antes tinham ido mais. Temos um ou dois dos sub-23, também. O que lhes falta é mesmo o momento da decisão. Passam por dois ou três com uma facilidade brutal, mas erram no último capítulo. Por isso é que muitos também falham no futebol europeu. Ao mesmo tempo demonstram muitas debilidades táticas e distraem-se com facilidade. Agora estamos muito melhores, mas a minha função também é ajudá-los. Por outro lado, a qualidade dos árbitros é muito duvidosa… Nem vale a pena entrar muito por aí.

    zz: E mais?

    SS: Outro que destaco, até porque falámos de jogadores profissionais, é o [Renshi] Yamaguchi, que é japonês. Nunca vi algo assim. O Yama[guchi] é impressionante em termos de profissionalismo. Privo de perto com e ele é extremamente dedicado no que toca ao seu físico. Está sempre a alongar, sempre a fazer algo para relaxar o corpo… É muito disciplinado. E as chuteiras? Incrível [risos]. Há uns jogos reparei nele, ao intervalo, a limpar as chuteiras. Repara: ao intervalo. As chuteiras dele parecem novas em folha, acabadas de comprar. No fim de cada treino e cada jogo, ele lava as chuteiras, coloca-as a secar e mete um produto. É um contraste engraçado.

    Sérgio Silva é peça fulcral na equipa indonésia ©Arema FC

    «Aqui sou famoso... [risos] Em Portugal era apenas mais um»

    zz: E a nível de infraestruturas? Superior a Portugal?

    SS: Pelo menos a nível de estádios, sim. Há estádios aqui com condições brutais e que levam sempre 30 ou 40 mil adeptos. Agora não por causa da Covid-19, obviamente. Infelizmente não estamos a ter essa sorte, mas o Arema é fortíssimo em casa, e vence grande parte dos jogos, porque tem sempre 40/50 mil adeptos a puxar pela equipa. Agora, a nível de condições de treino… É diferente. Treinamos em sítios diferentes, os relvados não são os melhores, algumas vezes não temos sítio para tomar banho por serem campos militares... Sinceramente pensei que fosse pior. Até fiquei bastante surpreendido. 

    zz: Vocês estão na luta com várias equipas no topo da tabela. Tarefa difícil, mas pelos resultados...

    SS: Sim, o mister tem um grande dedo. Somos das equipas mais equilibradas. Jogamos em 4x2x3x1 e a defesa, juntamente com os médios, consegue formar um bloco coeso. Por norma somos organizados a defender e a atacar, mesmo em transição. Por norma marcamos primeiro e seguramos bem o jogo. Em 20 jornadas não sofremos golos em 10 e aqui é muito difícil disso acontecer. O mister privilegia a organização tática e a gestão humana, isto é, a parte psicológica.

    zz: Em algum momento pensaste que o título era uma utopia?

    SS: No início, o Bhayangkara e o Persib Bandung estavam com sete/oito pontos de avanço e, pelo que tinha visto, pensei que iam disparar. Ainda por cima, o Persib Bandung procedeu ao processo de naturalização de alguns jogadores que já estavam cá há alguns anos. Ou seja, o clube tem os quatro estrangeiros mais esses. Parecendo que não, isso dá uma enorme vantagem, além de serem uma equipa bem oleada. Mas no nosso caso… Já que nos deixaram sonhar, vamos continuar a viver esse sonho. Claro que agora acreditamos que é possível. Temos uma derrota e estamos há 16 jogos sem perder.

    zz: Espera... O Persib Bandung tem um jogador chamado Mario Jardel!?

    SS: Sim [risos]. É normal. Temos um jogador aqui que é o [Achmad] Figo [risos]. Os pais tiveram-nos por volta da altura do Euro 2004 e quando a seleção portuguesa tinha nomes fortíssimos como o Rui Costa, o Figo… Além disso seguiam os principais nomes do nosso campeonato.

    zz: Passas o tempo a saltar de cidade em cidade... Mas o clube é de Malang, que fica bastante longe de Jakarta. Como é viver lá?

    SS: Para viver é tranquilo. Tenho casa em Malang [cidade do Arema FC] e fico lá uma ou outra semana, dependendo da altura. É bastante tranquila, tem bons restaurantes… A alimentação era algo que me assustava inicialmente. Via aquelas barracas na rua a fritar insetos e não me apelava muito [risos]. É uma cidade mais pequena, mas tem bastante oferta. Jakarta é outro mundo. Gigante, mesmo. No geral é um país seguro, paradisíaco, bom tempo… Mesmo em termos de religião. Há várias, mas a predominante é a muçulmana. 

    ©Arema FC
    zz: Pois, tínhamos de falar da gastronomia...

    SS: Comem larvas, vários tipos de insetos, carne de pombo… Não que tenha visto diretamente [risos], mas…

    zz: E situações insólitas?

    SS: Na rua não há regras. Estamos habituados a ser civilizados nesse aspeto, mas aqui é um mundo diferente em todos os sentidos. Conduz-se do lado direito, linhas contínuas é para esquecer, sentidos proibidos também [risos]… Já me enganei umas quantas vezes e pensei sempre ‘segue, homem!’. O trânsito consegue ser caótico. Em Portugal estamos habituados a que nos ultrapassem pela esquerda, mas aqui não! Desvias um bocado o olhar e já tens uma mota a ultrapassar-te pela direita. O meio de transporte mais comum é a mota. Há imensas! Já vi uma família inteira em cima de uma mota e com bebés ao colo [risos]. Coisas que nunca imaginei ver nem viver.

    zz: Suponho que a adaptação esteja a ser mais fácil pelo núcleo de brasileiros e portugueses que há na equipa...

    SS: Sou eu, o Carlos Fortes [ex-Vilafranquense], o Maringá [ex-Vilafranquense], o Yamaguchi e o Beltrame, que chegou agora por empréstimo do Persis Solo, da II Liga. O campeonato acabou e, para não estar parado, veio por empréstimo. Mas com 38 anos tem uma condição física invejável [risos]. O meu parceiro habitual da defesa é o Bagas [Nugroho]. Tenho uma relação espetacular com todos. Somos uma pequena família. Passamos o natal e o ano novo todos juntos. Até mesmo com o mister… Em Portugal era quase impossível termos algo assim porque, por norma, esse grupo fica mal visto. Aqui eles percebem o porquê de estarmos constantemente juntos, apoiamo-nos uns aos outros.

    zz: E agora és uma estrela! Em Portugal eras apenas mais um...

    SS: Pois, aqui somos famosos. Jogamos na I Liga, aparecemos na televisão… E as pessoas pedem-nos autógrafos com frequência, sobretudo ao [Carlos] Fortes. Ele tem aquela aparência que já é imagem de marca. Não que fosse algo que me metesse muita confusão anteriormente, mas agora estou mais habituado. Há dias pediram-me para tirar uma foto com um bebé [risos]. Mas é curioso. No nosso país poucos me conheciam e aqui é quase o oposto. E podia dar para o torto: fama, redes sociais, reconhecimento, bom rendimento… Tudo isso é um cocktail explosivo. Além disso, eles são incríveis nas redes sociais. Fotos, vídeos… O instagram do Arema é muito bom e é seguido por milhões de pessoas. Eu às vezes até penso: ‘Foi neste campo que eu treinei?’ [risos]. Fazem um excelente trabalho de edição.

    Portugal
    Sérgio Silva
    NomeSérgio Domingos Reis Silva
    Nascimento/Idade1994-02-26(30 anos)
    Nacionalidade
    Portugal
    Portugal
    PosiçãoDefesa (Defesa Central)

    Fotografias(15)

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