O ano de 2021 foi, provavelmente, um dos melhores da vida Matheus Nunes. Além das conquistas alcançadas ao serviço do Sporting, o médio de 23 anos teve ainda a oportunidade de se tornar internacional por Portugal.
Em entrevista ao jornal Record, o jogador do Sporting, nascido no Brasil, explicou porque optou pela equipa das Quinas em detrimento da seleção do Brasil, depois de ter sido contactado pelos dois selecionadores.
«Lembro-me que o Tite [selecionador do Brasil] ligou no dia dos meus anos [27 de agosto] para saber a minha disponibilidade para representar o Brasil. Eu disse gostaria muito, como é óbvio, pois era um sonho de criança. Acho que tomei essa decisão a quente no meio das emoções originadas de poder representar o meu país, e foi por isso que disse logo que estava disponível. Mas depois ponderei toda a situação em conjunto, aqui na Academia, e achei que era melhor não ir pois iria perder os jogos com o Ajax e FC Porto, foi por esse motivo que não viajei. Entretanto, recebi a convocatória de Portugal e fiquei muito contente. Aceitei da mesma forma, pois queria representar o meu país, quer fosse Portugal ou o Brasil, e acabei por optar por Portugal», começou por dizer, recordando a chamada de Fernando Santos.
«Ligaram-me a dizer exatamente o mesmo que o Tite, que tinham interesse e gostavam que representasse a Seleção Nacional. Eu fiquei muito feliz, pois não tinha nada a perder uma vez que são duas grandes seleções. Não me tentaram convencer de nada, o Fernando Santos e o Tite telefonaram só para mostrar interesse. A decisão foi minha após também ter ouvido a família», explicou o agora internacional português.
Passados quase dois meses da estreia, a 9 de setembro frente ao Catar, Matheus Nunes recordou também as emoções que viveu nesse dia tão marcante na sua carreira.
«Foi um sentimento de realização muito grande, pois era um sonho de criança representar o meu país – e já me sinto português, pois vim para a Ericeira quando tinha 13 anos. Estava muito contente, e lembro-me que o Cristiano Ronaldo falou comigo para me ajudar a relaxar e acalmar. Sentia-me ansioso, não tanto como frente ao Vitória de Guimarães como sucedeu na estreia pelo Sporting, mas estava nervoso e acalmei com as palavras dele. Depois tentei desfrutar do jogo, o que foi o que não fiz frente ao Vitória, e tentei aproveitar aquele momento ao lado de jogadores que competem ao mais alto nível. Diverti-me!», explicou.