A UEFA anunciou a sua intenção de mudar o atual formato das qualificações europeias de seleções para competições internacionais com o intuito de diminuir a discrepância existentes entre equipas, depois de se terem verificado 29 jogos com margem de sete golos ou mais de diferença entre setembro e novembro.
«Reconhecemos que não queremos ver isso de forma alguma. Não é bom para o desenvolvimento do futebol feminino, nem para as associações menores ou grandes, e vai mudar a partir de 2023», disse Nadine Kessler, chefe do futebol feminino da UEFA.
«Estamos a analisar todos os formatos que usámos antes. Estamos a analisar o que foi bom e o que não foi bom para então traçar o que, esperamos, seja o melhor formato para melhorar a competitividade ... Estamos a considerar muitas opções diferentes, como uma Liga das Nações, mas não apenas uma Liga das Nações, para ver como podemos fechar essa lacuna», acrescentou, desvendando qual poderá ser o novo formato.
Kessler considera, no entanto, que não será apenas necessário uma alteração dos formatos para acabar com esse desnivelamento: «Existem enormes níveis de inatividade em todo o mundo, nas ligas, na seleção de futebol, e se não jogares regularmente, num nível de elite, por uma seleção nacional, se a tua liga não estiver em atividade e precisar de ser cancelada. Esses são todos os fatores que explicam porque, agora, vemos resultados como nunca vimos antes.»
Estas declarações surgem depois de se terem verificado uma série de resultados históricos na última ronda de jogos de qualificação para o Mundial feminino de 2023, como foi o caso do Inglaterra 20x0 Letónia, Bélgica 19x0 Arménia ou República da Irlanda 11x0 Geórgia.