Os destaque da partida entre o Vitória SC e o Benfica, que terminou empatado a três bolas e adiou as decisões do Grupo A da Taça da Liga para a derradeira jornada.
Não é novidade que o criativo do Vitória SC tem a capacidade de mexer com qualquer jogo em noite inspirada e esta foi uma delas. Numa primeira parte pouco conseguida em termos coletivos, foi ele o mais inconformado, à procura de situações ofensivas, quase sempre sem grande apoio. No segundo tempo, colocou a equipa às costas e foi o principal responsável pelo ascendente exibicional. Não marcou nem assistiu, mas deixou a sua marca no jogo.
É verdade que tem tido menos tempo de jogo quando comparado com as últimas temporadas, mas nem por isso deixa de mostrar serviço quando é chamado. A repetir a titularidade da partida na Taça de Portugal, esteve envolvido de forma direta em dois dos três golos. Marcou ao quarto de hora, a fugir nas costas da defesa, depois serviu Radonjić para o terceiro. Autor de várias situações de perigo, apareceu um pouco por todo o lado numa boa exibição da sua autoria.
Não foi a estreia com a camisola do Benfica, mas foi como opção principal de Jorge Jesus. Na ala direita, posição que não lhe é desconhecida, soube quando atacar e fê-lo com qualidade. O melhor exemplo foi aos 28 minutos, quando recebeu de Pizzi e atirou um autêntico míssil para o terceiro golo das águias. Acabou substituído aos 73' já em défice físico, mas deixou boas indicações ao técnico.
Que o colombiano é sempre uma dor de cabeça para as defesas não há dúvidas, mas nem sempre o golo aparece. Para satisfação dos adeptos vitorianos, esta noite foi de golo para Estupíñan, que teve de trabalhar para isso, oferecendo várias alternativas aos colegas. Várias vezes solicitado nas costas da defesa, acabou por ser no jogo aéreo que fez a diferença, num gesto de qualidade entre os centrais encarnados.
Não foi a melhor exibição da defesa do Benfica, que sofreu três golos, mas o jovem brasileiro acabou por se destacar no meio dos habituais titulares. Para além do perigo nas bolas paradas ofensivas, com uma oportunidade da sua autoria, mostrou segurança no momento defensivo, ao somar 13 cortes e quatro desarmes. Outro que aproveitou a oportunidade concedida.
Agradável surpresa da noite para o Vitória SC. O lateral esquerdo tem apenas 18 anos e vem dividindo o tempo nesta temporada entre equipa A e equipa B. Pepa voltou a confiar nas suas capacidades, como já tinha feito na última jornada da I Liga e o jovem não desiludiu. Sem medo de subir no terreno para ajudar no ataque, só pecou no terceiro golo do adversário, com a equipa a ser apanhada em transição.
Não foi a melhor noite de Meité, que tem tido dificuldade em entrar nas opções do treinador. O francês foi chamado a fazer de Weigl, mas nunca foi capaz de oferecer a tranquilidade que o alemão dá ao meio campo do Benfica. Perdeu a bola várias vezes de forma desnecessária e foi apanhado fora de posição em outras ocasiões, deixando a equipa em situações apertadas. Já mostrou serviço, mas não esteve no seu melhor.
O médio do Vitória tem tido um arranque de temporada complicado e, depois de um par de expulsões nas primeiras jornadas da Liga, eis que surge um autogolo. É verdade que o lance é um infortúnio e que até melhorou em termos exibicionais, mas ficou, de forma direta, ligado ao desfecho da partida. Melhores dias virão.
3-3 | ||
Alfa Semedo 7' (p.b.) André André 21' Óscar Estupiñán 45' Bruno Duarte 83' | Pizzi 15' Nemanja Radonjić 28' |