Não foi tudo rosas na Lituânia. Apesar do título mundial conquistado na Lituânia, houve momentos duros para os jogadores da equipa portuguesa, nomeadamente ao nível mental e psicológico. Algo que João Matos, em entrevista à TVI, abordou sem quaisquer tabus...
Fator mental: «Nesta medalha em específico houve um momento em que o Braz me perguntou mesmo se eu estava saturado de ali estar. E eu respondi que sim, custou-me muito estar ali. Não quero dizer que me tenha desviado do foco. Às vezes desviei-me e o Braz, o adjunto e os colegas chamaram-me à atenção, porque não foi fácil, mas não foi só para mim, foi para muitos de nós também»
Sofrimento: «Braz sempre avisou que a preparação era para outros voos, mas até esses momentos foram extremamente complicados. Por isso para mim foi muito duro. Não ter aquele apoio familiar, o simples de sair do treino e me sentar na esplanada ou num café e não pensar em nada, agarrar no telemóvel e fazer qualquer coisa. Esses momentos fazem bem à saúde mental e houve ali momentos em que entrei em pânico»
Recorreu à hipnose: «No dia da final, estive uma hora e 10 deitado no chão da sala de reuniões, porque temos quartos duplos, com o meu mental coach em Zoom a fazer uma sessão de hipnose a preparar-me mentalmente para a final. Ainda é muito tabu mas temos dois ou três jogadores na Seleção que já têm os seus mental coach e que são acompanhados e não tenho dúvida alguma de que faz toda a diferença»