Sentença blanca no clássico dos mortais

Já tinha saído Cristiano Ronaldo, saiu também Lionel Messi e o clássico espanhol perdeu encanto nos nomes... ficaram os mortais, ainda que muitos com esperança e talento para virem a atingir o Olimpo. E neste primeiro clássico de uma nova era foram os merengues que levaram a melhor em pleno Camp Nou.

Ainda que nenhuma das equipas tenha feito uma exibição para os livros de história, a equipa de Carlo Ancelotti foi de longe a mais pragmática, aproveitando claras debilidades da formação de Ronald Koeman, e teve David Alaba em plano de destaque com um grande golo no primeiro tempo, estreando-se a marcar pelo Real.

A reta final trouxe o 0x2 por Lucas Vázquez, num contra-ataque quando o Barcelona estava todo balanceado para o ataque, e o primeiro golo de Agüero com a camisola catalã, em cima do apito final, de nada serviu... a sentença estava dada.

Vinícius foi pesadelo de Mingueza... e Alaba brilhou

A jogar em casa, o Barcelona começou por ser a equipa com mais iniciativa contra um Real Madrid que se mostrava confortável em baixar o bloco para depois sair em velocidade. Funcionava a favor dos merengues, com qualidade no processo defensivo e com as setas Vinícius e Rodrygo apontadas à baliza de Ter Stegen e apoiadas por Benzema ao centro.

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Era em particular pelo lado esquerdo do ataque merengue que surgiam os problemas para o Barcelona. Nessa faixa Mingueza fazia de lateral e Dest de extremo... nem uma coisa funcionava nem outra. Mingueza acumulava duelos perdidos com o virtuoso Vinícius, Dest teve a primeira ocasião soberana do jogo mas mostrou, no coração da grande área, que não é avançado: tremeu na hora H, não acertou na baliza de Courtois.

Já o Real Madrid não precisou de muitos ataques para abrir o marcador no primeiro tempo... bastou um ataque acutilante conduzido por Alaba. Mingueza falhou claramente (para não variar), ao subir muito e falhar uma interceção, abriu-se uma cratera naquela zona da defesa catalã, Alaba foi por ali fora, desde a posição de central até um lugar em que pôde finalizar... e fez um grande remate para o 0x1, o único golo do primeiro tempo.

Pragmatismo máximo do Real

Também no segundo tempo o Barcelona não conseguiu encontrar soluções ofensivas... Ansu Fati ainda surgiu na grande área com algum perigo mas rematou contra um adversário, Dest tentou de meia distância sem sucesso e pouco mais. Um infeliz Mingueza tinha saído ao intervalo para dar lugar a Coutinho, com Dest a recuar para o lugar de lateral.

O Real manteve-se concentrado e pragmático, poderia bem ter marcado o 0x2 mais cedo do que o fez, mas Benzema não estava com a pontaria afinada e, na melhor ocasião de que dispôs depois de um toque virtuoso de Modric, rematou para defesa de Ter Stegen.

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Valverde foi infeliz, entrou aos 72' e saiu lesionado aos 90+2', e coube a Lucas Vázquez fazer o 0x2 que, para todos os efeitos e apesar de não ter sido o último golo do jogo, sentenciou-o. Nasceu de um contra-ataque rápido, com Ter Stegen a defender o remate de Asensio mas a nada poder fazer perante a finalização de Lucas.

Em cima do apito final ainda chegou o primeiro golo de Agüero pela equipa da Catalunha, a cruzamento de Dest, mas os três pontos viajaram até à capital e o Real Madrid voltou à liderança em igualdade pontual com Sevilha e Real Sociedad. O Barcelona adensa a crise, é 9º com 15 pontos.